CBK exibe as primeiras conquistas para este ciclo olímpico em assembleia geral

Luiz Carlos Cardoso do Nascimento, presidente da Confederação Brasileira de Karatê

Entre as principais novidades estão as parcerias firmadas com o Ministério do Esporte, o Comitê Olímpico do Brasil e as Forças Armadas

Gestão Esportiva
31/03/2018
Por PAULO PINTO I Fotos BUDOPRESS
Belo Horizonte – MG

Com a participação dos representantes de 21 Estados, a Confederação Brasileira de Karatê (CBK) realizou a Assembleia Geral Ordinária de 2018.

O encontro realizado em Belo Horizonte (MG) reuniu dirigentes das federações de Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Pará, Espírito Santo, Distrito Federal, Pernambuco, Mato Grosso, Paraná, Goiás, Rio de Janeiro, Sâo Paulo, Rio Grande do Sul, Roraima, Rondônia, Amazonas, Rio Grande do Norte e Ceará.

Após a aprovação das contas do exercício de 2017, Luiz Carlos Cardoso do Nascimento, presidente da CBK, apresentou as projeções para 2018, ano em que o karatê passa a ser contemplado com os recursos provenientes do Ministério do Esporte e são repassados pelo Comitê Olímpico do Brasil. E, após a AGO, o dirigente detalhou para a Revista Budô os principais pontos da primeira assembleia da entidade neste ciclo olímpico.

Dirigentes presentes na AGO

“Em minha avaliação, o ponto alto da assembleia foi constatar a empolgação dos presidentes estaduais pelo momento que o karatê vive atualmente. Em especial, cito a grande expectativa de expansão dentro e fora da modalidade. Vemos cada vez mais praticantes filiados a outras entidades migrando para as federações ligadas à CBK, da mesma forma que percebemos o grande contingente de novos praticantes matriculando-se nas escolas de karatê de Norte a Sul do Brasil. A exposição midiática que o karatê obteve a partir 2017 vem promovendo esta grande massificação da modalidade em todo o País”, disse o dirigente que também detalhou a importância do processo de massificação.

“É muito importante compreender que a massificação da modalidade deve acontecer antes mesmo que a consolidação das equipes do alto rendimento. Se não houver uma massificação significativa na expansão da base, não haverá renovação e, no curto espaço de tempo, o alto rendimento se tornará precário. Cito como exemplo o automobilismo e a Fórmula 1, que viveram uma explosão com Emerson Fittipaldi, que foi bicampeão mundial. Depois, a modalidade se consolidou com Nélson Piquet e atingiu o auge com Airton Senna da Silva. Após isso, e sem conquistas de pilotos brasileiros o esporte perdeu o espaço que possuía no cenário esportivo. A base é uma de nossas prioridades e isto passa prioritariamente pela gestão do karatê nos Estados e pelo trabalho desenvolvido pelos professores em cada dojô e escola de karatê do Brasil. Na medida em que temos um contingente maior, o nível técnico aumenta pelo simples fato de que a competitividade é maior”, explicou o dirigente.

Luiz Carlos Cardoso, Sebastião Hermes e Luiz Carlos Júnior

William Cardoso, diretor técnico da CBK, destacou os principais pontos do que foi abordado na AGO sobre o novo momento do karatê no cenário olímpico.

“Para a área técnica especificamente, o mais importante neste novo momento são as parcerias que estamos desenvolvendo com o Ministério do Esporte (ME), o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e as Forças Armadas. Estar entre as principais modalidades do rendimento do País sempre foi a principal meta de nossa gestão. Com a estrutura que o COB e o Exército e a Aeronáutica estão nos disponibilizando, acredito que nossa modalidade atingirá níveis jamais imaginados”, disse o diretor técnico que falou sobre os novos desafios.

“O maior desafio agora é conseguir planejar e adequar toda esta estrutura gigantesca que está sendo criada, pois tudo isto é muito novo. Será que estamos fazendo as escolhas certas? E não falo apenas em nível de Brasil. Falo em nível do karatê mundial, pois estas possibilidades existem há muitos anos, mas nós karatecas estamos chegando agora e temos de admitir que tudo isso demanda muita organização e capacidade de gestão”, explicou William Cardoso.

“Felizmente, desde 2013, vínhamos nos adequando e subindo um degrau por vez. Desta forma, formamos uma base forte, fundamentada muitas vezes na experiência de modalidades olímpicas coirmãs, e hoje podemos afirmar que o karatê do Brasil está pronto para enfrentar novos desafios. Por meio da parceria com a MCSports, agência de Marketing Esportivo da CBK, estamos conseguindo projetar o karatê no cenário midiático e, na medida em que o mercado conheça o nosso potencial, certamente cresceremos ainda mais com a vinda de novos apoiadores e parceiros. Sabemos que o crescimento demanda mais responsabilidade e maior estruturação, e esta é uma de nossas prioridades”, disse o dirigente, que finalizou mostrando os números da modalidade.

João Carlos Godoy, presidente da Federação Mineira de Karatê

“Os números de 2017 foram surpreendentes, da mesma forma que está sendo o apoio oficial que estamos recebendo este ano. No ano passado, contabilizamos mais de um milhão de praticantes, 2.085 associações e clubes filiados, 340 árbitros em atividade e mais de 250 mil atletas filiados nas 27 federações estaduais. Cada vez mais os nossos atletas estão viajando para disputar campeonatos mundiais, pan-americanos e até mesmo etapas do circuito mundial com as despesas pagas pelo Ministério do Esporte. É uma nova realidade para a CBK e para os atletas, que cada vez mais estarão inseridos no cenário competitivo mundial. Temos de trabalhar com seriedade para que o novo não nos pregue nenhuma peça e potencialize o nosso crescimento”, explicou William.

João Carlos Godoy, presidente da Federação Mineira de Karatê, mostrou-se surpreso com os avanços da modalidade e destacou a importância do novo momento que o karatê experimenta.

“É um grande prazer sediar eventos da CBK em Minas Gerais e, em especial, a assembleia anual da entidade. Fiquei surpreso com os avanços e as conquistas que a CBK obteve neste curto espaço de tempo, e tenho certeza de que em breve o karatê do Brasil estará entre as principais modalidades olímpicas na área da gestão.”

William Cardoso, diretor técnico da Confederação Brasileira de Karatê

Milton Francisco Coelho, membro do Conselho Deliberativo da CBK, enfatizou a qualidade da atual diretoria da confederação brasileira.

“Há décadas, militamos na administração do karatê e, neste período, tive a oportunidade de acompanhar o trabalho desenvolvido por vários presidentes da CBK. Em poucas palavras, não dá para detalhar as conquistas que a atual diretoria da entidade obteve, mas posso afirmar que, sob a gestão do professor Luiz Carlos Cardoso, em cinco anos, o karatê do Brasil cresceu muito mais do que nos 20 anos anteriores. É claro que houve uma mudança expressiva no cenário internacional com o advento do olimpismo, mas isso aconteceu apenas em 2016. Certamente, o legado da atual diretoria da CBK será a eficiência exponencial na gestão”, disse o dirigente que também é vice-presidente da Federação Mineira de Karatê.

A assembleia geral ordinária da CBK contou com a presença de vários dirigentes e gestores da modalidade, entre estes, Luiz Carlos Cardoso do Nascimento, João Carlos Godoy, Sebastião Hermes, Milton Francisco Coelho, William Cardoso, José Carlos de Oliveira, Durci Nascimento, Rodrigo Terra, Antonio Carlos Negreiro, Pedro Yamaguchi, João Espirito Santo, Antônio Gerardo Coelho, Ivomar Young de França, Gentil Apolinário de Souza, Aldo Lubes Filho, Wesley de Carlos Reis, Manuel Varella, Ronaldo Seraphico Patrício, Washington Luís Carneiro de Melo, Celso Piaseski, Luiz Carlos Nascimento Júnior, Oberlan Jones, Evilázio Jocas, Cristóvão José Bittencourt, Celso Rodrigues, Joílson Ferreira, Ivon Dedé, Hercules Queiróz, Helena Fregona, Celso Redes e Breno Ponte.

Dirigentes presentes na AGO

Milton Francisco Coelho, vice-presidente da Federação Mineira de Karatê