Com 102 medalhas, Mato Grosso do Sul firma-se como a principal força da Região IV

Shiai-jo do Ginásio Newton de Faria

Distrito Federal é vice-campeão, Goiás fica em terceiro lugar e Mato Grosso mantém-se em quarto, seguido de Rondônia em quinto e Tocantins em sexto

Judô Nacional
24/04/2018
Por PAULO PINTO I Fotos ARQUIVO/FEGOJU
Anápolis – GO

Com o apoio da Secretaria Municipal de Esportes de Anápolis, da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), da UniEvangélica e do SESC Goiás, a Federação Goiana de Judô (FEGOJU) realizou de 20 a 22 de abril o Campeonato Brasileiro de Judô da Região IV. A competição reuniu 705 atletas e 42 técnicos de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins.

Sob a chancela da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), o certame realizou-se no Ginásio Internacional Newton de Faria, em Anápolis (GO), e envolveu disputas das classes sub 13, sub 15, sub 18, sub 21 e sênior, contando pontos para o ranking nacional de todas elas.

Árbitros que atuaram na competição

Assistiram à cerimônia de abertura autoridades políticas e esportivas, entre as quais Roberto Naves, prefeito de Anápolis; Josmar Amaral Gonçalves, presidente da FEGOJU; Antônio Roberto Gomide, ex-prefeito de Anápolis; Demóstenes Torres, ex-senador goiano; Amilton Filho, presidente da Câmara Municipal de Anápolis; Claudnei de Souza Nunes, coronel do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar; Leandro Ribeiro, secretário de Desenvolvimento Econômico de Goiás; Karin Abraão, secretário de Esportes de Anápolis; Gerson Santana Cintra, chefe do gabinete do prefeito; Luiz Gonzaga Filho, presidente da Federação Metropolitana de Judô; Giovana Piloto, delegada de polícia da cidade de Itapuranga; delegado Álvaro Cássio dos Santos, ex-diretor geral da polícia do Estado de Goiás; e Edison Koshi Minakawa, coordenador Nacional de Arbitragem que comandou a arbitragem do brasileiro regional.

Gerson Santana Cintra, Karin Abraão, Claudnei de Souza Nunes, Demóstenes Torres, Roberto Naves, Amilton Filho e Leandro Ribeiro

Josmar Amaral Gonçalves, presidente da FEGOJU, destacou a importância da realização de competições regionais no fomento da modalidade nos Estados.

“Agradeço à diretoria da CBJ pela grande oportunidade e pela confiança depositada em nossa entidade na realização desta importante competição. Faço também um agradecimento especial aos presidentes Ton Pacheco, César Paschoal, Fernando Moimaz, Luiz Gonzaga e Antônio Carlos Tenório pelo empenho na organização e o envio das equipes que representaram seus Estados na competição. Nossa diretoria e a equipe de colaboradores não mediram esforços para realizar um grande evento, pois entendemos que este certame em Anápolis dará enorme contribuição ao desenvolvimento do judô de Goiás e em toda a região”, disse o dirigente.

Parte da equipe formada pelos alunos da UniEvangélica

Antônio Roberto Gomide, ex-prefeito de Anápolis e grande incentivador do esporte em Goiás, destacou a importância do fomento da prática esportiva.

“Como profissional da área da saúde lembro que, além de socializar, a prática esportiva assegura melhor qualidade de vida e inúmeros benefícios aos praticantes. O esporte proporciona transformações nos jovens e esportistas como um todo, e eu não poderia deixar de prestigiar um evento nacional realizado pela FEGOJU, em nossa cidade. Parabenizo o presidente Josmar, todos professores e atletas que estão protagonizando esta grande festa em Anápolis”, disse Gomide.

Antônio Roberto Gomide e Josmar Amaral Gonçalves

Falando da emoção de participar um evento realizado pela FEGOJU, em seu depoimento na cerimônia de abertura, o delegado Álvaro Cássio destacou a importância social do esporte.

“Todos vocês sabem dos benefícios dos esportes e de sua importância na formação das crianças e jovens. Mas é relevante ressaltarmos o poder que ele possui de tirar crianças das ruas, da marginalidade e até mesmo de impedir que elas cheguem ao mundo do crime e convivam com más companhias. A prática de algum esporte está associada a respeito, disciplina e regras, e o judô em especial possui esta importante característica”, disse o delegado goiano.

Árbitros na cerimônia de abertura

Em seu depoimento, Karin Abraão, secretário de Esportes de Anápolis, comemorou a realização do certame na cidade e reiterou a necessidade de haver mais apoio ao judô.

“A importância de sediarmos uma competição como esta é incomensurável. Recebemos em Anápolis mais de 700 atletas, seis Estados, e tudo isto é motivo de grande alegria para nossa secretaria, para Anápolis e principalmente para o prefeito Roberto Naves, que apoiou incondicionalmente a realização do campeonato brasileiro. Tivemos um evento de altíssimo nível técnico e parabenizamos o professor Josmar e toda a equipe da FEGOJU pela qualidade da competição”, disse o secretário de Esportes.

Álvaro Cássio dos Santos, Josmar Amaral Gonçalves e Karin Abraão

UniEvangélica realiza atendimento durante a competição

Por meio das faculdades de medicina, farmácia, educação física, enfermagem e fisioterapia, a UniEvangélica desenvolveu várias ações dirigidas ao público que lotou as arquibancadas e aos atletas que atuaram na competição.

Além do atendimento feito pelos fisioterapeutas aos judocas, os profissionais da área da saúde fizeram avaliações e testes de glicemia, HIV e sífilis.

Árbitros na cerimônia de abertura

Observatório Municipal de Segurança

Numa iniciativa inédita da Federação Goiana de Judô, em parceria com a Polícia Militar do Estado de Goiás, toda a área externa e o entorno do Ginásio Internacional Newton de Faria foi supervisionada pelo ônibus do vídeo monitoramento da corporação.

A unidade denominada Observatório Municipal de Segurança é fruto de uma ação conjunta entre Gabinete de Gestão Integrada de Anápolis, Polícia Civil e Polícia Militar do Estado de Goiás.

Ao lado de Igor Shiozawa, sensei Bunichi Matsubara presta homenagem a Lhofei Shiozawa

Lhofei Shiozawa foi homenageado

O professor kodansha Bunichi Matsubara, 6º dan, da cidade de Colorado do Oeste, que fica a 760 quilômetros de Porto Velho, a capital de Rondônia, prestou homenagem à família Shiozawa, pelos relevantes serviços prestados pelo sensei Lhofei Shiozawa ao judô goiano e brasileiro.

O ideograma pintado pelo sensei rondonense foi entregue a Igor Shiozawa, filho do querido e saudoso professor kodansha 9º dan. Nascido em São Paulo, Lhofei inicialmente se radicou em Salvador e posteriormente mudou-se para Goiás, onde viveu a maior parte de sua vida.

Joseph Guilherme e seu aluno Carlos Carvalho, campeão peso médio (-90kg) do sênior

A humildade deve prevalecer, sempre

Feliz por mais uma importante conquista de sua gestão, César Augusto Progetti Paschoal, presidente da Federação de Judô de Mato Grosso do Sul, destacou que todos os atletas e técnicos que foram a Anápolis são vencedores.

“Mais um Campeonato Brasileiro Regional que finda com grande empenho das delegações de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins. A experiência que cada um dos seus integrantes adquiriu ao longo dos dias que antecederam a competição e durante a própria participação deve servir para que cada vez mais o nosso judô seja motivo de honra e orgulho. Ganhadores e perdedores devem saber que o jogo é este, e que a humildade deve prevalecer, sempre”, disse o dirigente sul-mato-grossense.

Josmar Amaral e Luiz Gonzaga

“Todos são ganhadores e perdedores. Temos um quadro de medalhas, e ele reflete apenas o resultado e premia quem trabalhou muito. Contudo, a performance de cada atleta e de cada técnico deve sempre ser aprimorada, aperfeiçoada, e os treinamentos precisam ser cada vez mais fortes”, sugeriu Progetti.

O dirigente de Mato Grasso do Sul lembrou que o alto rendimento demanda muito treino, muita garra e enorme determinação.

“Meu Estado de coração obteve excelente performance e o mérito vai para os jovens técnicos que atuaram na competição, mas ainda estão em processo de formação. Isto nos dá enorme satisfação, pois comprova que nosso futuro está garantido, já que o alto rendimento exige muito mais do que um treino de segunda-quarta-sexta, e uma corridinha em volta da quadra”, disse.

Ônibus do vídeo monitoramento do Observatório Municipal de Segurança

“O empenho desses profissionais nos orgulha, e acredito que o mesmo esteja acontecendo também em outros Estados. É na capacitação dos profissionais de atuam em prol do alto rendimento que as federações e a Confederação Brasileira de Judô devem investir, e não apenas em viagens internacionais. O investimento deve ser feito nos Estados, dentro de cada dojô e academia que focam o alto rendimento, pois são eles que merecem um retorno das instituições”, disse César Paschoal.

O dirigente sul-mato-grossense concluiu parabenizando sua equipe e os demais Estados que compõem a Região IV.

“Os técnicos oficiais da delegação de MS receberam cinco diárias para o regional, num valor simbólico, e nossa ideia é valorizar cada vez mais este investimento. Planejamos criar um fundo específico para ser destinado ao pagamento justo a quem realmente trabalha pelo judô em nosso Estado, ou seja, o professor de judô. Parabéns a todos, e finalizo saudando os demais Estados participantes na pessoa de seus presidentes, os meus amigos Gonzaga, Moimaz, Tenório, Ton e Josmar, o grande anfitrião que realizou um grande evento.”

Josmar Amaral, Bunichi Matsubara e Emílio Massaki Matsubara

Mato Grosso do Sul impõe-se nos tatamis

Conquistando 102 medalhas, sendo 40 de ouro, 30 de prata e 32 de bronze, Mato Grosso do Sul manteve a escrita e foi campeão geral do Campeonato Brasileiro de Judô da Região IV, autenticando um resultado que se repete há mais de 10 anos.

Com uma equipe formada por 153 atletas, no masculino Mato Grosso do Sul conquistou 16 medalhas de ouro, 14 de prata e 18 de bronze. Seguindo a tradição que se impõe há muitos anos, foi a equipe feminina que nadou a braçadas e fez a diferença, conquistando 24 medalhas de ouro, 16 de prata e 14 de bronze.

Josmar Amaral, Amaurita Cássio, Álvaro Cássio e Giovana Piloto

Distrito Federal é vice-campeão

Com a tradição de força no judô do Centro-Oeste, o Distrito Federal desembarcou em Goiás com uma mão na taça, mas teve de resignar-se diante do excelente trabalho desenvolvido pelos professores e atletas do Mato Grosso do Sul.

Mas não podemos deixar de enaltecer o excelente trabalho feito pelos professores da capital federal, que se desdobram para manter a pujança e a tradição cinquentenária do judô candango nos cenários regional e nacional da modalidade.

O Distrito Federal inscreveu 161 judocas na plataforma Zempo e levou a Anápolis a segunda maior delegação. No feminino o Distrito Federal ficou na segunda colocação, conquistando dez medalhas de ouro, dez de prata e 16 de bronze.

No masculino os brasilienses mantiveram a excelente pegada, fizeram a lição de casa e foram campeões, conquistando 24 medalhas, sendo 17 de ouro, 12 de prata e 25 de bronze.

Anfitriões garantem o terceiro lugar

Goiás inscreveu 168 atletas na competição. Com a maior equipe do certame a FEGOJU conquistou 47 pódios que garantiram a terceira colocação geral no quadro de medalhas.

No masculino os goianos somaram 25 medalhas, sendo quatro de ouro, sete de prata e 14 de bronze. No feminino as anfitriãs tiveram melhor desempenho que os homens, totalizando 22 medalhas: cinco de ouro, cinco de prata e 12 de bronze.

Inscrevendo 114 judocas na disputa, Mato Grosso ficou em quarto lugar na classificação geral, disputando 14 finais e totalizando 37 medalhas: quatro de ouro, dez de prata e 23 de bronze.

No masculino os mato-grossenses asseguraram a quarta colocação, obtendo três medalhas de ouro, seis de prata e oito de bronze. Já no feminino obtiveram apenas uma medalha de ouro, quatro de prata e 15 de bronze, terminado na quinta colocação.

Rondônia registrou 66 atletas na plataforma Zempo e ficou em quinto lugar no quadro geral de medalhas, totalizando 21 pódios.

No masculino os rondonienses acumularam oito medalhas, sendo duas de ouro, duas de prata e quatro de bronze, que os manteve em quinto lugar. No feminino as judocas de Rondônia conquistaram 13 medalhas, sendo duas de ouro, cinco de prata e seis de bronze, que asseguraram a quarta colocação.

Inscrevendo 43 atletas na disputa, Tocantins obteve 11 medalhas e terminou a competição na sexta colocação. No masculino os judocas tocantinenses conseguiram uma medalha de prata e quatro de bronze. No feminino, o Estado criado em 1988 totalizou seis medalhas, sendo uma de prata e cinco de bronze.

Parte da delegação sul-mato-grossense em Anápolis