Em 2019, o Chile vai sediar o Campeonato Mundial de Karatê Cadete, Júnior e Sub 21

María Angélica Coronil em seu pronunciamento de boas-vindas a todas delegações na cerimônia de abertura do Campeonato Pan-Americano Sênior Santiago 2018

Após receber a 32ª edição do Campeonato Pan-Americano Sênior, a federação chilena trabalhou exaustivamente para conseguir realizar o Campeonato Mundial Júnior da próxima temporada.

Karatê Pan-Americano
20 de novembro de 2018
Por PAULO PINTO I Fotos Arquivo
Curitiba – PR

Nascida em Iquique, no Norte do Chile, de onde desde 1º de fevereiro 2016 comanda os destinos da Federación Deportiva Nacional de Karate de Chile, a advogada María Angélica Coronil Flores tem obtido anualmente conquistas cada vez mais significativas em sua gestão.

À frente de uma entidade com apenas 2.500 atletas filiados e uma modalidade com 10 mil praticantes, a dirigente sul-americana tem obtido conquistas expressivas que a colocam no seleto grupo dos principais dirigentes do karatê pan-americano.

Equipe sênior, atletas do parakaratê e membros da comissão técnica do Chile, com María Angélica e Antonio Espinós em Madri (ESP)

Eleita membro do Comitê Executivo da World Karate Federation (WKF) no congresso realizado em 5 de novembro em Madri, na Espanha, ao lado do argentino José García Maañón, presidente da Federação Pan-Americana de Karatê e membro do Comitê Executivo da WKF, María Angélica é hoje a dirigente dotada de maior autoridade e importância política do karatê pan-americano.

Após sediar em Santiago a 32ª edição do Campeonato Pan-Americano Sênior em julho, o Parakaratê Sênior Santiago 2018, o K1 Serie A Santiago 2018 e a Copa Ibero-Americana de Karatê 2018, a dirigente chilena focou maiores objetivos e trabalhou exaustivamente na realização do Campeonato Mundial Júnior de 2019.

Seleção do chile com atletas, comissão técnica e dirigentes no Pan-Americano Sênior Santiago 2018

Santiago, a capital continental do karatê pan-americano

No congresso da WKF a dirigente apresentou proposta para sediar o evento no Chile, e saiu vitoriosa. Além de sediar o campeonato mundial, a Federación Deportiva Nacional de Karate de Chile realizará mais uma edição do K1 Serie A Santiago 2019.

Lembrando que o último campeonato mundial de karatê realizado na América aconteceu em Monterrey, no México, em 2004, a presidente da FDNKCH explicou porque o Chile assumiu este importante desafio.

“Tínhamos grande interesse em trazer este evento para o Chile, mas o ponto crucial era resgatar eventos mundiais para a América. Há 15 anos o karatê pan-americano não sedia um campeonato mundial, e entendemos que a realização deste certame posicionará muito bem o Chile, e a América como um todo, no cenário mundial”, previu a dirigente chilena.

Premiação do mundial sênior Madrid 2018, classe parakaratê masculino e deficientes visuais

Na defesa da proposta apresentada para o Comitê Executivo da World Karate Federation, María Angélica destacou o princípio da universalidade que deve ocorrer também na gestão esportiva.

“Entendo que a aplicação do princípio da universalidade deva pautar a relação entre os povos de todos os continentes. A disposição e a preparação do Chile para realizar este evento ratifica este pensamento”, explicou a dirigente sul-americana.

María Angélica, Antonio Espinós e Kael Becerra, vice-ministro dos Esportes do Chile

A Federação Desportiva Nacional de Karate do Chile recebe apoio do Ministério do Esporte por meio do Instituto Nacional do Esporte e Comité Olímpico de Chile. Mas a presidente da FDNKCH também busca apoio na iniciativa privada.

“Existe o compromisso de algumas empresas da iniciativa privada interessadas em apoiar a difusão e a prática do karatê no Chile. Isto é muito importante, já que o aporte público não é suficiente”, disse a dirigente que concluiu discorrendo sobre a importância estratégica do certame mundial.

“Entendo que a realização desta competição criará um importante foco de desenvolvimento para a nossa modalidade interna e externamente. Principalmente quando pensamos na projeção que os Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 e o Parapan 2023 oferecerão. Creio que o mundial sub 21 fará parte do trabalho de desenvolvimento e projeção, como grande legado para os nossos atletas, e fortalecerá ainda mais a imagem do Chile como sede de grandes eventos esportivos”, concluiu a dirigente.

María Angélica Coronil Flores e Antonio Espinós, presidente da WKF em Santiago durante o Campeonato Pan-Americano Sênior 2018