Esporte Clube Pinheiros é bicampeão da Copa São Paulo de Judô

O pódio com as dez primeiras equipes classificadas

Mais de 250 clubes e associações participaram da primeira fase da competição, que reuniu 2.538 judocas de 17 Estados e do Chile

12ª Copa São Paulo de Judô
21 de março 2019
Por PAULO PINTO I Fotos MARCELO LOPES/FPJUDÔ e CRISTIANE ISHIZAVA
São Bernardo do Campo – SP

Reafirmando o vanguardismo e o gigantismo do judô de São Paulo, a Federação Paulista de Judô (FPJudô) realizou de 15 a 17 de março a primeira fase da Copa São Paulo de Judô, que anualmente abre o calendário esportivo do judô paulista.

O pódio com as dez primeiras equipes classificadas

O evento, que proporciona às principais equipes do País a oportunidade de avaliar e aprimorar o trabalho de suas comissões técnicas na pré-temporada, teve apoio da Prefeitura de São Bernardo do Campo em sua 12ª edição.

Participaram desta primeira fase do certame agremiações vindas do Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

A competição, classificatória para o Campeonato Brasileiro da Região V e para o Combat Games, realizou-se no Ginásio Poliesportivo Adib Moysés Dib e reuniu 2.538 judocas das classes sub 11, sub 13, sub 15, sub 18, sub 21 e sênior.

Alessandro Puglia entrega o troféu de campeão a Sumiu Tsujimoto do Esporte Clube Pinheiros

Mais de 250 agremiações desenvolveram esforços para participar do evento que abre oficialmente o calendário esportivo do judô verde e amarelo, e neste sentido todas as equipes têm papel preponderante quando falamos em desenvolvimento da base e da consolidação técnica do alto rendimento.

Como não podemos dar visibilidade a todos os professores e clubes que foram a São Bernardo do Campo, focamos as cinco primeiras equipes, mostrando o trabalho que cada uma delas desenvolve na busca por vagas nos pódios e medalhas nos certames estaduais, nacionais e continentais. Além disso, contamos como é a estrutura de cada uma delas e como avaliam a Copa São Paulo.

Com base nisso ouvimos os técnicos das cinco equipes com melhor desempenho nesta edição da Copa São Paulo: Esporte Clube Pinheiros, Associação Namie de Judô, Clube Paineiras do Morumby, Instituto Reação e SESI-SP.

O presidente da FPJudô entrega troféu a Carlos Kira Yamazaki do Clube Paineiras do Morumbi

Competindo apenas no juvenil, júnior e sênior, Esporte Clube Pinheiros conquista o bicampeonato

Totalizando 13 medalhas de ouro, três de prata e oito de bronze, o Esporte Clube Pinheiros somou 82 pontos e conquistou o bicampeonato da Copa São Paulo de Judô.

Com uma medalha de ouro no sub 18, sete no sub 21 e cinco no sênior, mais uma vez o Pinheiros se garantiu no topo do quadro geral de medalhas e conquistou o título de uma das maiores competições interclubes do mundo.

A única medalha de ouro do clube no sub 18 foi conquistada pela peso pesado Beatriz Furtado de Freitas. No sub 21 os ouros vieram com Willian de Sousa Lima (66kg), Pietro Marmorato Muhlfar (73kg), Igor da Silva Morishigue (90kg), Lucas Antônio Martins Lima (100kg), Laura Louise Nunes Ferreira (48kg), Vitória Siqueira Andrade (57kg) e Meire Elen Cornélio Souza (70kg).

Gabriela Shinobu Chibana do ECP, foi a campeã do peso ligeiro

As medalhas de ouro da classe sênior foram conquistadas por Gabriel Rusca de Oliveira (90kg), Henrique Abreu Francini (100kg), Gabriela Shinobu Chibana (48kg), Ketelyn Araújo Nascimento (57kg) e Ellen Froner Santana (79kg).

Para Douglas Eduardo de Brito Vieira, coordenador de alto rendimento do ECP, o resultado obtido em São Bernardo espelha o bom momento de uma equipe que vem sendo preparada para os Jogos de Paris 2024.

“Minha avaliação é que este ano fomos muito melhores do que no ano passado. Tivemos mais campeões no sub 21 e sub 18, com as duas meninas que agora estão conosco. Esse é o começo da nossa renovação para 2024. Os judocas que estão disputando vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio não compareceram porque estavam na Rússia. Mas os mais jovens foram muito bem, inclusive a Elen e a Ketelyn que agora defendem as nossas cores. A Camila Ponce, o Rafael Bodezan de Freitas e a Yanka se comportaram muito bem e melhoraram em muitos fundamentos. Sem dúvida alguma, este foi um grande resultado”, disse o coordenador.

Alessandro Puglia entrega o troféu a Marinho Esteves do SESI-SP

 

“Fomos a São Bernardo com 22 judocas apenas: duas no sub 18, 12 no sub 21 e dez no sênior. Mas notei grande progresso na equipe como um todo, principalmente no sub 18 e sub 21. Tecnicamente, nossos atletas estão muito melhores. Todos se apresentaram muito bem fisicamente e mostrando bastante vontade, e isto é determinante nos esportes individuais”, acrescentou Vieira.

Ao avaliar a importância da Copa São Paulo para o desenvolvimento da base, o coordenador de alto rendimento valorizou o certame e cobrou uma agenda de horários menos desgastante.

“Se a Copa São Paulo tivesse um desmembramento do sub 21 e do adulto, dividindo os grupos em dois dias, ou se melhorasse a distribuição das lutas, a competição poderia ser muito mais forte. Mas sei que existem as limitações do calendário, que impediram a presença de muitas pessoas que poderiam ter vindo. Além disso, falta organizar melhor a agenda do evento e resolver questões importantes, como o horário. Qualquer árbitro que chegue às 8 da manhã já estará vendo outras coisas às 18 horas, e os atletas também. Eles chegam às 8 da manhã, vindos de viagem, se concentram, e no final da tarde já estão muito cansados. Por ser um campeonato muito bom e importante, acho que falta melhorar a integração de horários. Penso que seria muito melhor separar em dois turnos, e ainda estaríamos inovando e melhorando a qualidade”, disse Douglas Vieira.

A comissão técnica do Esporte Clube Pinheiros é formada por Sergio Baldijão, supervisor de judô; Sumio Tsujimoto, supervisor do alto rendimento; Douglas Vieira, coordenador de alto rendimento; Andréa Oguma, técnica de judô; Adriano Santos, estagiário do judô; Breno Alves, representante dos atletas; e Giovane Marcon, estrategista do judô.

Mantendo a excelência na base

Assíduo frequentador dos pódios da base, sensei Paulino Tohoru Namie (6° dan), presidente da Associação Namie de Judô, avaliou o desempenho de sua equipe e falou sobre a saga da família nos tatamis. Sem dúvida alguma, uma narrativa que contém páginas importantes da história do judô bandeirante.

 

Na temporada passada a escola de Mogi das Cruzes (SP) terminou a competição no terceiro lugar. Neste ano, subiu mais um degrau e foi vice-campeã geral, superando importantes instituições do País.

Michiharu Sogabe entre o troféu de vice-campeão para o professor Carlos Modesto da Associação Namie de Judô

“Meu trabalho e minha dedicação são eminentemente voltados para as crianças. Somos formadores por tradição. A maioria dos atletas de nossa equipe que conquistaram medalhas começou no judô comigo. No sábado já tínhamos garantido o vice-campeonato. Graças a Deus tive ótimos senseis, e tento aplicar e aperfeiçoar os ensinamentos dos antigos mestres. É lógico que temos de nos atualizar constantemente, mas o judô é dedicação e fundamento”, disse sensei Namie, que é filho do mestre Sethiro Namie (6° dan).

“Comecei no judô na Sociedade dos Agricultores de Cocuera, com meu pai, em 1968. Quando me formei em educação física na Universidade de Mogi das Cruzes, eu e meu pai começamos um projeto de judô social mantido pela prefeitura da cidade em 1982”, contou Paulino, que tentou explicar a origem de tantos títulos.

“É difícil explicar tantos bons resultados, porque todos almejam a mesma coisa. Ninguém gosta de perder. Mas acredito que a receita seja bem simples: primeiro, é preciso gostar muito de judô e depois, conseguir muita dedicação de todos que estão envolvidos no processo. A nossa equipe é praticamente a mesma do ano passado e, se subimos um degrau na classificação geral, é sinal de que as crianças e o nosso trabalho estão numa melhora constante”, disse Namie.

Daniel de Aquino Loureiro, técnico do Instituto Reação

 

O professor de Mogi das Cruzes reverenciou um mestre que veio do Japão especialmente para transmitir os segredos da arte de formar bons judocas.

“Tive vários mestres, mas quero destacar o sensei Seiya Kuroda, que nos orientou durante dois anos. Ele veio do Japão graças aos professores da região de Mogi das Cruzes em 1977. Vários deles, inclusive o meu pai, se uniram para custear a vinda dele para melhorar o nível técnico dos alunos da 10ª DRJ Central.”

Sensei Namie concluiu avaliando a importância de eventos como a Copa São Paulo para o desenvolvimento da base.

“Acredito que o mais importante da Copa São Paulo para as crianças é a vivência que um grande evento proporciona, além da troca de experiências com adversários de estilos e escolas diferentes. Neste ano competimos com 49 atletas apenas, a grande da base. Anualmente perdemos vários alunos, que mudam para clubes que oferecem maior incentivo e dispõem melhor estrutura. Cito como exemplo William Lima, que foi campeão da Copa São Paulo pelo Pinheiros, e Aine Schmidt, que hoje defende a Sogipa (RS). O atual delegado da 10ª DRJ Central, professor Leandro Tomé Corrêa (yon-dan), foi meu primeiro aluno no projeto da Prefeitura de Mogi das Cruzes.”

Alexandre Lee, Carlos Honorato e Carlos Kira, membros da comissão técnica do Clube Paineiras do Morumby

Até a comissão técnica da Associação Namie de Judô é constituída por pratas da casa. O professor Paulino Namie é auxiliado pelos professores Edson Marque (ni-dan), Carlos Omezo (ni-dan), Takeshi Redondo (ni-dan), Carlos Modesto Silva (ni-dan), Edson Marques Filho (sho-dan), Leonardo Cruz (sho-dan) e Roberto Kato (sho-dan).

Cada temporada mais perto do topo

Ao analisar o retrospecto das equipes na competição, a que deu maior salto de qualidade foi o Clube Paineiras do Morumby, que subiu da sétima para a terceira colocação.

Formado em administração de empresas e marketing, e certificado em cursos como o de fundamentos da administração esportiva pelo Comitê Olímpico do Brasil e o de capacitação de técnicos promovido pela CBJ, o professor Alexandre Dae Jin Lee (ni-dan) está à frente do grande projeto esportivo do Paineiras. Ele avaliou positivamente a campanha de toda equipe na Copa São Paulo.

“Fomos a São Bernardo com 66 atletas, e consideramos nosso desempenho excelente. Conquistamos medalhas em todas as classes. O nível técnico dos nossos atletas estava alinhado com nossa visão de judô positivo e ofensivo”, disse o coordenador, que explicou o avanço da equipe.

“Nossa evolução em relação ao ano anterior ocorreu devido ao desenvolvimento da base (sub 13 e sub 15), mas vale destacar que tivemos medalhas em todas as classes que estavam em disputa, o que comprova a abrangência de nossa atuação. Acreditamos que trabalhar em todas as classes com qualidade e dedicação é um caminho promissor.”

 

“Na verdade”, prosseguiu o coordenador, “o trabalho com objetivo de abrangência de atuação e qualidade, no sentido de construir uma escola de judô com destaque e protagonismo, começou em 2011; então, são oito anos de trabalho intenso. Estou convencido de que os resultados positivos estão diretamente ligados a uma gestão técnica eficiente e uma diretoria engajada e determinada em estabelecer um marco histórico no cenário judoísta. Prova disso é que no início do ano nosso clube trocou de comando, mas o projeto do judô continua a todo vapor. Houve mudança da diretoria executiva, porém permanece a política de investir no crescimento e desenvolvimento do judô paineirense.”

O carioca Lorenzo Strasbourg é bicampeão peso pesado sub 15 da Copa São Paulo

Alexandre Lee também avaliou a importância de eventos como a Copa São Paulo para o desenvolvimento da base.

“A Copa São Paulo é muito importante para termos parâmetros do nível de nossos atletas e detectarmos aspectos para correção ou manutenção de nossos métodos, principalmente quando se está à frente de equipes que atuam em todas as classes”, enfatizou Lee.

A comissão técnica do Clube Paineiras do Morumby é formada por Alexandre Dae Jin Lee, coordenador técnico; Carlos Kira Yamazaki, técnico; Ricardo Julianetti, técnico; e Carlos Honorato, técnico. A equipe possui também profissionais de disciplinas de suporte, como preparador físico, nutricionista e psicólogo, entre outros.

Comissão técnica da Associação Namie de Judô

 

Líder no alto rendimento, Instituto Reação desponta entre as principais equipes da base

Vice-campeão da Copa São Paulo de 2018, o Instituto Reação (RJ) ficou em quarto lugar nesta edição, conquistando sete medalhas de ouro, uma de prata e cinco de bronze, totalizando 43 pontos.

Formado em educação física e sho-dan desde 1998, Daniel de Aquino Loureiro, que comanda a equipe ao lado do professor Geraldo Bernardes, começou no Grajaú Tênis Clube, e como atleta passou pelo Flamengo, Universidade Gama Filho e seleção brasileira. O técnico do Instituto Reação mais uma vez liderou a equipe considerada uma das maiores referências técnicas do judô brasileiro na atualidade.

Anderson Neves com seu filho e aluno Ernane Ferreira Neves, heptacampeão da Copa São Paulo de Judô

“Este ano tivemos uma queda no número de medalhas devido a nossa decisão de não levar trazer nenhum atleta do sub 21 e do sênior. Alguns vieram por conta própria. Focamos no sub 13, sub 15 e sub 18, mesmo tendo vários judocas do juvenil servindo a seleção brasileira, o que acabou tirando mais algumas medalhas nossas”, disse Loureiro, que avaliou o desempenho da equipe positivamente.

“Viemos a São Bernardo com 43 atletas e acho que construímos um excelente resultado, já que vários do sub 13 estavam estreando em competições e mesmo assim medalharam”, disse Loureiro, que finalizou analisando o certame paulista.

“A Copa São Paulo de Judô é uma competição de fundamental importância para o desenvolvimento técnico da base. Quem a vê de fora pode até achar tudo um pouco bagunçado, mas é uma correria que funciona de verdade. Ela reúne sempre grandes atletas em todas as categorias e todos têm oportunidade de lutar várias vezes, o que proporciona o intercâmbio que buscamos quando vamos a este tipo de competição. Fora isso, podemos testar e medir o desempenho dos atletas com maior experiência e ver como cada um deles se comporta durante os combates”, avaliou Loureiro.

Parte da equipe do SESI-SP na Copa São Paulo

A equipe carioca foi à Copa São Paulo sob comando técnico do professor Daniel de Aquino, auxiliado pelos técnicos Márcio Ramalho e Marcelo Almeida. O comando técnico do Instituto Reação é do professor Geraldo Bernardes, que, além dos professores que estiveram em São Bernardo, é auxiliado pelos técnicos André Silva, Rodrigo Rocha e Cristiano Campos. Os preparadores físicos são os professores Paulo Caruso e Renan Isquierdo.

SESI sobe mais um degrau no pódio e segue firme na busca por maior espaço

Na temporada passada o SESI-SP terminou a competição na sexta colocação. Neste ano conquistou três ouros, cinco pratas e 11 bronzes, que renderam 41 pontos e a quinta colocação geral do torneio. Capitaneada por Clóvis Aparecido Cavenaghi Pereira, diretor do SESI-SP da Região de Bauru, a equipe é hoje a terceira força do judô bandeirante no alto rendimento.

Mas na avaliação do técnico Marinho Esteves Moreira Júnior (yon-dan), que é graduado em educação física e técnicas desportivas e pós-graduado em musculação e condicionamento físico, o resultado em si não é o mais importante.

“No ano passado nós ficamos em sexto e neste ano chegamos em quinto, mas meu principal objetivo neste trabalho é observar a evolução do judô de cada atleta, analisar e pontuar as dificuldades dos que estão evoluindo. O resultado em si não é o mais importante, mas a gente sempre tenta chegar entre as melhores agremiações e neste ano deu certo. Subimos um degrau e tivemos um aumento significativo do número de medalhas. Isto quer dizer que tivemos mais atletas figurando entre os melhores de uma competição que é muito forte. E em paralelo a estes indicativos, concluímos que os nossos judocas tiveram uma evolução muito boa em relação ao que se vem desenvolvendo ao longo dos anos. Vencemos várias lutas por ippon e com pontuações expressivas, com um judô bastante ofensivo, que chamou bastante minha atenção, então o primeiro ponto é isso”, explicou Marinho Esteves, que destacou a força da equipe nas classes júnior e sênior.

Paulino Namie com uma aluna

“Acredito que chegamos entre os cinco primeiros na Copa São Paulo porque já temos atletas de ponta brigando nas seleções júnior e sênior. Na verdade, começamos a figurar há cinco ou seis anos, mas o nosso projeto foi iniciado em 2010, nossa caminhada não é tão longa quanto a de muitos clubes com décadas de experiência e fundação, mas este surgimento rápido é fruto da parceria que o SESI nos oferece. Temos um apoio fantástico, e a instituição nos proporciona uma estrutura de trabalho que poucos lugares possuem. Confia muito no trabalho da nossa comissão técnica, nos dá autonomia para fazer o planejamento das atividades, viagens, e a montagem de nosso plano anual de trabalho. Esta autonomia, aliada ao investimento e a estrutura que o SESI nos oferece, tem resultado nas conquistas importantíssimas que nossos atletas conseguem no Brasil e no exterior”, disse o head coach sesiano.

“A visão de gestão do SESI é fundamentada na pedagogia do exemplo, e é por isso que a nossa equipe do alto rendimento vem eminentemente de nossa base. Os atletas da classe sênior vieram da base do SESI, e esta é uma das principais características do nosso trabalho. Acreditamos que tudo isto motiva as crianças que estão em iniciação no programa Atleta do Futuro a sonharem que um dia chegarão à equipe principal. É todo este trabalho em conjunto que fomenta o sucesso do SESI hoje”, destacou Marinho Esteves, que ainda falou da realização pessoal por comandar a equipe sênior da instituição.

“Saber que o SESI é referência desde a base ao alto rendimento me deixa muito envaidecido e feliz, porque foi esta instituição que me valorizou e projetou no cenário esportivo. Comecei no SESI como atleta e fui gestor de esportes no município. Mas no alto rendimento o SESI me deu total condição para desenvolver o trabalho que eu vislumbrava, conquistar espaço, visibilidade e ser reconhecido.”

Para o head coach da equipe do Serviço Social da Indústria, hoje a Copa São Paulo é referência no judô brasileiro.

“Entendo que é um certame imprescindível. Hoje a copa é referência, e a utilizo como balizador das competições que virão pela frente. Aqui em Bauru, dentro do nosso planejamento, fazemos a Copa Mandalitti, uma competição de nível regional que anualmente insere os atletas na temporada. Mas a Copa São Paulo é referência pelo nível técnico das pessoas que participam. Não é preciso sair do Estado, pois aqui recebemos atletas de várias regiões, o que proporciona um parâmetro para o ajuste final da equipe para a temporada. Por meio dela conseguimos analisar o desempenho dos nossos atletas diante de competidores de nível nacional e internacional, e a partir daí fazemos os ajustes necessários. A Copa São Paulo é de fundamental importância devido ao alto nível técnico e à quantidade de atletas.”

Alexandre Lee orienta um atleta antes do combate

A comissão técnica do SESI-SP é composta por Marinho Esteves Moreira Júnior, head coach; Renata Schiaveto, técnica de esportes; Fernanda Assis, professora técnica de esporte; e Marcos Souza, preparador físico. O professor Marinho explicou o sincronismo das várias equipes sesianas.

“A professora Fernanda Assis é responsável pelo programa Atleta do Futuro, na iniciação esportiva com crianças e jovens de 6 até 17 anos. A professora Renata Schiaveto é responsável pelo programa Treinamento Esportivo, que abrange as idades entre 12 e 17 anos. A criança começa com 6 anos e quando chega aos 12, se possuir predisposição esportiva, parte para o projeto com a sensei Renata. Com 13 e 14 anos já estamos observando estes alunos e com 15 os que tiverem destaque são trazidos para treinar comigo. Eu trabalho com o rendimento esportivo do SESI São Paulo, sou responsável por todas as ações referentes ao judô.”

 

A Federação Paulista de Judô tem o apoio da Ajinomoto do Brasil, Original Tatamis, Shihan Kimonos e Adidas. O judô está presente em 482 municípios paulistas e anualmente a FPJudô credencia mais de 1.500 técnicos que atuam nas competições estaduais e nacionais.