Federação Internacional de Judô confirma calendário 2021 com cinco Grand Slams e um Mundial até Tóquio

Tel Aviv agora é Grand Slam © Gabriela Sabau/IJF

Todas as etapas acontecerão no primeiro semestre do ano e distribuirão quase 10 mil pontos no ranking mundial classificatório para os Jogos Olímpicos

World Tour Judô 2021
7 de janeiro de 2021
Por Pedro Lasuen / IJF
Curitiba – PR

O judô mundial despertou com uma ótima notícia na manhã desta terça-feira (06). A Federação Internacional de Judô (FIJ) divulgou o calendário de eventos de 2021, confirmando a realização de cinco Grand Slams e o Campeonato Mundial até Tóquio. Além disso, a programação de competições prevê também a realização dos certames continentais e cinco Opens.

Todas essas etapas serão classificatórias para os Jogos Olímpicos, distribuindo quase 10 mil pontos no ranking mundial. Os 18 melhores de cada categoria de peso ao final da corrida olímpica carimbam o passaporte para Tóquio.

Este ano, o emblemático Grand Slam de Paris acontecerá em maio © Gabriela Sabau/IJF

Para começar o ano, os melhores judocas do mundo se enfrentarão no World Masters de Doha, no Catar, a partir de 11 de janeiro. Esta é a segunda competição mais importante na corrida olímpica em termos de pontos, valendo até 1.800 pontos, menos apenas do que o Campeonato Mundial, previsto para acontecer no mês de junho, em Budapeste, que dá até 2.000 pontos no ranking.

É uma situação inédita no judô a realização de um Campeonato Mundial no ano olímpico. Isso acontece porque o mundial previsto para 2020 foi cancelado em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

Grand Prix ganham status de Grand Slam

Para valorizar ainda mais as etapas de 2021 e ofertar maior número de pontos aos atletas que ainda buscam a classificação olímpica, a FIJ fez um upgrade em etapas que, até então, eram Grand Prix (700 pontos). Com isso, as disputas de Tel Aviv (Israel), Tashkent (Uzbequistão), Tbilisi (Geórgia) e Antalya (Turquia) receberam a chancela de Grand Slam e valerão até 1.000 pontos no ranking.

Além desses, o tradicional Grand Slam de Paris também está no calendário, sendo realocado de fevereiro para maio e promete ser o mais concorrido na véspera do mundial.

Em nota, a Federação Internacional deixou aberta a possibilidade de realizar outros eventos ainda em 2021 até os Jogos.

“Estes são só os eventos confirmados. Ainda há espaço e tempo para mais, se a situação da saúde global melhorar”, projetou a entidade.

Para o judô brasileiro, o novo calendário chega em boa hora e oferece mais oportunidades de pontuação para atletas que se recuperam de lesões, que buscam ser cabeças-de-chave nos Jogos ou que ainda não estão dentro da zona de ranqueamento olímpico, como é o caso do peso leve feminino (57kg). Em todas as outras 13 categorias o Brasil tem representantes dentro da zona de classificação.

O fechamento do ranking olímpico acontece em 28 de junho, data em que serão conhecidos todos os classificados para os Jogos de Tóquio. E, de 24 a 31 de julho, eles lutarão pela glória olímpica na Nippon Budokan Arena.