Japão soma seis ouros e o Brasil nem passa perto do pódio nos dois primeiros dias em Dusseldorf

O ushiro-goshi espetacular que o georgiano Tato Grigalashvili aplicou no russo Khasan Khalmurzaev, na final do meio-médio

Com apenas o 7º lugar de Daniel Cargnin, o Brasil aposta suas últimas fichas nos oito judocas dos pesos médio, meio-pesado e pesado que representarão o País neste domingo

Grand Slam de Dusseldorf 2020
23 de fevereiro de 2020
Por PAULO PINTO I Fotos GABRIELA SABAU e MARINA MAYOROVA
Curitiba – PR

A seleção brasileira de judô foi à Alemanha com força máxima e desembarcou em Dusseldorf com os seus principais nomes da equipe sênior na atualidade. A gestão de alto rendimento da CBJ inscreveu 23 judocas na competição que marca a estreia da medalhista olímpica e atual número 2 do mundo Mayra Aguiar (78kg) na temporada 2020. A gaúcha meio-pesado chegou à Alemanha para defender a medalha de ouro conquistada na última edição do torneio, em 2019.

O Grand Slam de Dusseldorf 2020 recebeu 664 judocas de 115 países e cinco continentes. Os anfitriões inscreveram 53 atletas. A Coreia do Sul levou 24 judocas e foi a segunda maior delegação, seguida pelo Brasil. A terceira maior, porém, fechou o primeiro dia de disputa na 19ª colocação. No segundo dia, caiu para a 23ª.

Na sexta-feira (21) oito atletas representaram o Brasil, e quase todos ficaram pelo caminho já nas preliminares, com exceção do peso meio-leve Daniel Cargnin, que venceu seus três primeiros adversários por ippon.

Nas quartas, Cargnin caiu diante de um dos melhores judocas do mundo na atualidade, o japonês Hifume Abe, duas vezes campeão mundial. Na repescagem, Cargnin foi superado pelo georgiano Bagrati Niniashvili e ficou em sétimo lugar. Melhor resultado do Brasil até aqui no Grand Slam de Dusseldorf.

O ushiro-goshi do georgiano Tato Grigalashvili visto por outro ângulo

Brasil zera também no segundo dia de disputa

Neste sábado (22) sete judocas brasileiros entraram em ação e, mesmo com esse número elevado, o Brasil passou em branco. Para piorar o quadro, nenhum judoca brasileiro ficou entre os sete primeiros colocados.

Alexia Castilhos (63kg), Maria Portela (70kg) e Eduardo Yudy Santos (81kg) foram eliminados já no primeiro combate. Ketleyn Quadros (63kg), Ellen Santana (70kg) e Eduardo Barbosa (73kg) fizeram duas lutas e voltaram para casa, enquanto o veterano Charles Chibana (73kg) foi o único brasileiro que chegou a fazer três combates.

É importante lembrar o dinheiro que o Brasil está gastando para manter uma equipe com cerca de 60 pessoas na Europa, desde o Grand Slam de Paris, treinando para Dusseldorf. E dos 15 atletas que lutaram nos dois primeiros dias de disputa, obtivemos apenas um sétimo lugar.

O Canadá foi à Alemanha com nove atletas, já conquistou um ouro e figura na quarta colocação. A Bélgica, com apenas oito judocas, acumula uma medalha de prata e um quinto lugar, enquanto o Brasil, com 23 atletas e uma comissão técnica gigantesca, está na 23ª colocação.

Japão acumula seis ouros e uma de prata e lidera a competição

A seleção japonesa subiu seis vezes ao lugar mais alto do pódio em Dusseldorf, com NaohisaTakato (60kg), os irmãos Uta Abe (52kg) e Hifumi Abe (66kg), Shohei Ono (73kg), Miku Tashiro (63kg) e Chizuru Arai (70kg). De quebra, a peso ligeiro Funa Tonaki conquistou a medalha de prata.

A francesa Shirine Boukli, que na final superou a japonesa Funa Tonaki, foi a grande campeã do peso ligeiro, enquanto a canadense Jessica Klimkait venceu a francesa Sarah Leonie Cysique na final e sagrou-se campeã do peso leve. Na final do (81kg), o georgiano Tato Grigalashvili venceu o russo Khasan Khalmurzaev e sagrou-se campeão dos meio-médios.