Judocas paulistas entram na rotina de treinos com os alunos da Budo University

Caio Kenji Kiwada fazendo randori com judoca japonês

O treinamento físico ocorre em todas as manhãs e, no fim da tarde, é realizado intenso treino técnico com duração de duas horas e meia

Intercâmbio técnico no Japão
9 de outubro de 2019
Por ISABELA LEMOS I Fotos BUDOPRESS/FPJUDÔ
Katsuura – Japão

A semana de estágio no Japão começou de forma intensa para os judocas da seleção paulista sub 18. Como parte do treinamento físico, nesta terça-feira (8), na parte da manhã, as seleções masculina e feminina dedicaram-se a uma corrida pela cidade de Katsuura. Após o café da manhã, participaram de uma palestra sobre história e filosofia do judô, proferida pelo diretor do departamento de judô e professor na Budo University Kensuke Ishii.

Judocas do masculino em seiza no encerramento do treino

Os alunos da Budo University também assistiram à palestra. Durante uma hora e meia, o professor Kensuke Ishii discorreu sobre a história do shihan Jigoro Kano, seus princípios e filosofia que fundamentam o sistema e a doutrina ética-filosófica da modalidade. Segundo Ishii, para aqueles que querem ser atletas de judô, é essencial conhecer a modalidade desde seus primórdios.

Judocas brasileiros e japoneses assistem a palestra proferida pelo professor Kensuke Ishii

Na parte da tarde, das 16h30 às 19h, a categoria masculina treinou no Centro de Pesquisa Nippon Budokan. O aquecimento dividiu-se em uchi-komi parado e depois em linha. Em seguida, os atletas fizeram dez randoris com duração total de 50 minutos. “Nesse tempo, cada grupo de atletas ficava no centro dos tatamis, e trocava somente de parceiros. Foi um dia extremamente produtivo e cansativo para toda a equipe. Amanhã, faremos um treino técnico apenas com a equipe brasileira”, explicou o professor Paulo Pi.

Kensuke Ishii, diretor do departamento de judô e professor da Budo University

Para a professora Solange Pessoa, as meninas estão dedicando-se muito aos treinos e demonstrando bastante interesse em aprender. “Havia, em média, mais de 40 atletas, a maioria faixa-preta. Realizaram uchi-komi parado e em movimento, em seguida fizeram em média 20 randoris de diferentes formas, depois com golden score e, para finalizar, randori de ne-waza”, detalhou a sensei Solange.

Sensei Shimotsu explicou que a palestra proferida pelo professor Ishii foi fundamentada no livro Memórias de Jigoro Kano

O judoca Gabriel Anselmo acredita que o forte dos japoneses que estudam na Budo University é a rapidez na troca de kumi-kata. “Eles são muito mais rápidos que nós nesse aspecto, são mais fortes e por meio da pegada acabam controlando melhor a luta. Eles também trabalham muito bem o ashi. Os treinos são muito puxados; nos 50 minutos ininterruptos de randori de hoje conseguimos chegar ao nosso limite. Em apenas dois dias, já percebi uma evolução na velocidade, na troca de pegada e na intensidade da força que exerço contra eles. Estou me adaptando e aprendendo muito”, contou o peso ligeiro que defende o Clube Paineiras do Morumby.

Sensei Solange e a seleção paulista feminina sub 18 no treinamento físico da academia da Budo University

Treinamento técnico feminino

Professor Paulo Pi orientando a seleção paulista masculina sub 18

Os judocas brasileiros estão sentindo a diferença do treinamento do Japão

Treinamento técnico feminino

Treinamento técnico masculino

Treinamento físico feminino

Treinamento físico masculino

A intensidade do treinamento realizado no Japão é o grande diferencial do judô nipônico

Os professores Paulo Pi, Marcos Mercadante, Yoshiyuki Shimotsu, Cleber do Caro e Solange Pessoa