Ney Wilson vê Mundial de Judô como ‘termômetro’ para novo ciclo olímpico

Na final do Grand Prix de Tbilisi contra a ucraniana Maryna Cherniak, a peso-ligeiro Stefannie Arissa Koyama conquistou o ouro

Equipe brasileira mesclará juventude e experiência na competição que acontecerá em Budapeste, em agosto

Com a combinação de medalhistas olímpicos e estreantes, a Confederação Brasileira de Judô anunciou o nome de 18 judocas – nove do feminino e nove do masculino – que representarão o País no Campeonato Mundial, de 28 de agosto a 3 de setembro, em Budapeste. Para Ney Wilson, gestor de Alto Rendimento da CBJ, a competição servirá como parâmetro para a sequência do trabalho no novo ciclo olímpico.

“Todos os países estão passando por um processo de renovação, experimentando novos atletas. O primeiro Mundial depois do ciclo olímpico é uma incógnita. Essa mescla de jovens e experientes acaba sendo um bom termômetro para a gente avaliar como será o ciclo (olímpico). Mas nossa equipe está muito bem preparada para esse Campeonato Mundial”, afirma.

Foram convocados os nove melhores judocas brasileiros no ranking mundial da Federação Internacional de Judô (FIJ). A partir desse processo de seleção, a CBJ reforça cinco categorias com mais de um representante e, por outro lado, deixa uma lacuna no peso médio masculino (até 90 kg). Além disso, cria um ambiente mais competitivo com a entrada dos novatos Stefannie Arissa Koyama (48kg), Samanta Soares (78kg), Phelipe Pelim (60kg) e Eduardo Yudi Santos (81kg).

“Teoricamente, a gente tem mais chance de medalha em algumas categorias com dois atletas que estão entre os nove melhores do que levando um judoca da categoria até 90 kg que está atrás. O que estamos fazendo é trabalhando melhor para resgatar essa categoria para ter boas performances internacionais”, justifica Ney.

Ney Wilson pontuou que o primeiro Campeonato Mundial de cada ciclo olímpico é sempre uma incógnita

O critério também deixa Sarah Menezes fora do Mundial de Budapeste. A judoca, que foi campeã olímpica em Londres-2012 na categoria ligeiro (até 48 kg), iniciou o ciclo olímpico até os Jogos de Tóquio-2020 no peso-meio-leve (até 52 kg) e tem lutado para se firmar na nova categoria de peso.

O gestor minimiza a ausência da judoca na competição em Budapeste. “Ela mudou de categoria e está se adaptando, vem evoluindo muito bem. Mas era de se esperar que ainda tivesse dificuldade de estar no Mundial. Precisa ganhar um pouco mais de autoconfiança, entender um pouco melhor a categoria. A gente encara de uma forma muito natural, temos certeza que ela será uma candidata a brigar por essa vaga futuramente.”

Nesta quinta-feira, a seleção feminina embarcou para a Espanha, onde fará a fase final de preparação para o Mundial. Já a seleção masculina treinará em Houlgate, na França, de 17 a 27 de julho. A equipe completa se concentrará de 6 a 12 de agosto, em Pindamonhangaba, para mais um período de treinos e, no dia 19 do próximo mês, terá início a aclimatação em Paris, antes do embarque para a Hungria.

SELEÇÃO BRASILEIRA FEMININA

48kg – Stefannie Arissa Koyama

52kg – Érika Miranda

57kg – Rafaela Silva

63kg – Mariana Silva

63kg – Ketleyn Quadros

70kg – Maria Portela

78kg – Mayra Aguiar

78kg – Samanta Soares

+78kg – Maria Suelen Altheman

SELEÇÃO BRASILEIRA MASCULINA

60kg – Eric Takabatake

60kg – Phelipe Pelim

66kg – Charles Chibana

73kg – Marcelo Contini

81kg – Victor Penalber

81kg – Eduardo Yudi Santos

100kg – Luciano Corrêa

+100kg – David Moura

+100kg – Rafael Silva

CONVOCADOS PARA A COMPETIÇÃO POR EQUIPES

73kg – Eduardo Katsuhiro Barbosa

90kg – Eduardo Bettoni

+78kg – Beatriz Souza