Presidente em exercício mostra os avanços promovidos no judô, em todos os níveis

José Nilson Gama de Lima e Sílvio Acácio Borges

Primeiro vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô na chapa eleita para o quadriênio 2017/2021, Nilson Gama assumiu a presidência interinamente no dia 22 de agosto, enquanto Sílvio Acácio acompanha o Campeonato Mundial Sênior que se realiza em Budapeste, na Hungria.

Ao avaliar o momento atual da modalidade e do esporte brasileiro como um todo, neste início de ciclo olímpico, o dirigente alagoano destacou o protagonismo da atual gestão que, apesar das dificuldades que assolam o País, mantém o judô na vanguarda do desporto nacional.

“Vivemos um momento inusitado no País e, consequentemente, no desporto, cuja pasta possui o menor orçamento entre os ministérios. E, na medida em que as dificuldades do Brasil aumentam, nossa receita diminui. O quadro econômico e social agora é tão diferente, que não permite comparação com o que vivemos no início do último ciclo olímpico, há quatro anos”, explicou o dirigente.

Ainda assim, foi possível avançar. “Nesta temporada o judô brasileiro exerceu enorme protagonismo no cenário midiático esportivo nacional e nas competições internacionais, já que por vários meses estivemos à frente no quadro geral de medalhas da Federação Internacional de Judô (FIJ). Nossos atletas participaram dos principais certames mundiais e nosso calendário interno cresceu, com mais torneios para as categorias de base. Criamos os meetings sub 18 e sub 21 e o ranking nacional das equipes de base, o que alavanca ainda mais a modalidade nos Estados. Prova disso é o número cada vez maior de atletas de diferentes origens nos pódios nacionais”, lembrou Nilson Gama.

Quanto à gestão, especificamente, ele destacou as inovações que o novo presidente vem promovendo desde o dia 31 de março, quando a nova diretoria tomou posse.

“Entre os numerosos avanços da atual gestão, em junho Silvio Acácio promoveu o Encontro dos Presidentes, no qual anunciou que o setor de marketing da CBJ passa a oferecer assessoria às federações estaduais no processo de captação de recursos por meio da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE), junto ao Ministério do Esporte”, disse o vice-presidente, que ainda destacou a habilidade do novo presidente em sensibilizar os dirigentes estaduais da necessidade de atualizarem seus estatutos para se enquadrar nas exigências da Lei Pelé.

O gestor alagoense lembrou que a Confederação Brasileira de Judô é uma das entidades pioneiras quando o tema é gestão e governança.

“Seguindo o modelo de administração do dirigente que o precedeu e com o apoio da competente equipe que o assessora, nosso presidente desenvolve esforços no sentido de manter o judô na vanguarda do segmento esportivo, tanto que fomos uma das primeiras entidades a adotar o modelo de gestão e governança sugerido pelo Ministério do Esporte e pelo Comitê Olímpico do Brasil.”

A consolidação da transparência na gestão

Nilson Gama encerrou enfatizando a transparência na gestão da CBJ e na recente criação de postos que foram ocupados por representantes de todos os segmentos da modalidade e que atuarão decisivamente nos processos eletivos e nas decisões

“Como sempre ocorreu, a CBJ mantém um sistema de gestão totalmente transparente e cumpre à risca todas as exigências dos organismos oficiais para obtenção de recursos proporcionados pela Lei Piva e pela Lei de Incentivo ao Esporte”, detalhou. “Recentemente fomos pioneiros em criar as várias comissões que elegeram seus representantes junto à entidade.”

O presidente em exercício lembrou ainda que o campeão mundial Luciano Correa votou como representante dos atletas na eleição da atual diretoria. Existem também conselhos de representantes dos clubes, dos presidentes e dos árbitros. “Apesar das dificuldades que o País enfrenta, a atual da gestão da CBJ tem conseguido manter o judô verde e amarelo no elevado patamar que alcançou.”

Nascido em 16 de junho de 1960 em União dos Palmares (AL), José Nilson Gama de Lima é graduado em Educação Física e Ciências Contábeis e pós-graduado em Fundamentos Socioculturais da Educação Física, Esporte e Lazer. Foi primeiro tenente do Exército e nos tatamis atuou como professor, técnico e árbitro. A partir de 1982 passou a trabalhar na área da gestão, na qual começou como secretário da Federação Alagoana de Judô (FAJU). Entre 1987 e 1991 alternou cargos como a vice-presidente e direção técnica da entidade, até que em 1998 foi eleito para seu primeiro mandato como presidente da FAJU, cargo que ocupou até o fim de 2016.