Novo dirigente da FPJudô prioriza ética e gestão baseada em governança e compliance

Arnaldo Luiz de Queiroz Pereira, secretário geral da Federação Paulista de Judô © Budopress

Para Arnaldo Luiz de Queiroz, a meta é readequar valores e objetivos da entidade para atuar em conformidade com as leis e as normas externas e estatutárias

Por Paulo Pinto / Global Sports
28 de agosto de 2021 / Curitiba (PR)

Na segunda-feira da semana passada a Federação Paulista de Judô (FPJudô) restabeleceu as atividades administrativas, técnicas e esportivas que estavam paralisadas desde abril, por decisão judicial. Vencidos os obstáculos que lhe tentaram impor, a nova gestão finalmente deu o pontapé inicial para o mandato de quatro anos. Para quem não se lembra, a juíza Renata Mota Maciel reconheceu os erros cometidos pelo STJD da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) em sua investida contra a federação paulista.

Uma das principais inovações administrativa da FPJudô foi criação da figura do secretário geral, cargo usado por grande número de entidades e organizações para designar a liderança ou chefia administrativa. Arnaldo Luiz de Queiroz Pereira foi o nome escolhido para exercer esta importante função. Vice-presidente de relações institucionais da Liga Nacional de Basquete (NBB), durante quase uma década ele esteve à frente do departamento de esportes olímpicos e formação do Esporte Clube Pinheiros (ECP).

“Nós precisamos dar visibilidade a todas informações financeiras da federação; todas receitas e despesas, não importando a origem, devem ser informadas com exatidão mês a mês. Terei o compromisso de publicar todas as entradas e saídas, mostrando um plano de contas visível e claro para todas as associações, todos os judocas e praticantes de judô do Estado de São Paulo, além das organizações que fazem parte do ecossistema do esporte brasileiro”, explica o secretário geral.

Segundo Arnaldo, a principal ideia é manter os pontos positivos e que vêm dando resultado na gestão da federação, como os eventos, toda a parte técnica e a essência do judô paulista, que é a locomotiva da modalidade no Brasil. Contudo, é necessário melhorar e evoluir em todas as áreas da administração, na gestão de recursos e na transparência para a comunidade que apoia e acompanha o judô em âmbito nacional.

“Nós temos de ajustar os ordenamentos da federação à realidade das principais organizações esportivas do País. Temos bons exemplos de entidades com os estatutos, regimentos e ordenamentos com o Comitê Olímpico do Brasil e com algumas confederações nacionais, que já adotam regulamentos voltados para uma boa governança. Então, essa será a prioridade no trabalho que vou coordenar aqui na federação, dando suporte à diretoria do professor Alessandro Panitz Puglia.”

Atual conselheiro do ECP, o judoca san-dan, Arnaldo Queiroz pretende projetar a gestão Puglia a um nível jamais alcançado por uma entidade de administração esportiva estadual, fundamentando a gestão em cinco pilares:

  • Marketing – Captação de recursos de patrocínios e receitas alternativas;
  • Projetos Incentivados – LIE;
  • Comunicação Integrada – Revista digital, website, APP, TV FPJudô;
  • Governança e Compliance – Portal com contas abertas, RAM – Relatórios de acompanhamento mensal;
  • Criação do Conselho Consultivo – Membros voluntários para desenvolvimento das melhores práticas de gestão.