Prática de judô contribui para melhorar a saúde física e cognitiva de idosas

Aos 66 anos Elsa Ikeda treina e participa de competições de judô. É tricampeã brasileira e campeã pan-americana e sul-americana © Boletim Osotogari

Estudo publicado na revista Ciencias de la Actividad Física mostra que o judô, aliado a outros exercícios, é capaz de prevenir fraturas e melhorar diversos pontos na saúde

Por Helena Sbrissia / Budopress
23 de junho de 2021 / Curitiba (PR)

Neste ano, foi publicado na revista Ciencias de la Actividad Física UCM um artigo intitulado Efeitos de um programa de treinamento multicomponente sobre indicadores de saúde física e cognitiva de mulheres de idade avançada, que analisa autonomia funcional, força muscular, composição corporal, capacidade cognitiva e perfil glicêmico entre idosas.

Conduzida por Alan Pantoja Cardoso, Zainovan Serrão Pereira, Doriedson Barbosa Lopes Júnior, Rafaela Cristina Araújo-Gomes, Paula Danielle Palheta Carvalho, Luís Felipe Sarmiento Rivera, Alexandre Janotta Drigo e Cláudio Joaquim Borba Pinheiro, a pesquisa explica o programa de treinamento multicomponente (TMC) em todos os pontos selecionados referentes à saúde de mulheres em idade avançada.

As professoras Cristina Amorim (yon-dan) e Nádia Hori (san-dan) fazem apresentação de ju-no-kata © Arquivo

Para que a análise fosse feita, 13 mulheres com idade entre 61 e 67 anos participaram de atividades – entre elas, Treinamento Resistido (TR), Treinamento Funcional (TF) e Treinamento de Judô Adaptado (TJA) – ao longo de 12 semanas.

Segundo os autores, o TJA é um método inovador que vem ganhando espaço na literatura porque auxilia na prevenção de danos graves causados pela queda de mulheres idosas. Isso porque o judô usa técnicas para o amortecimento de quedas e sua prática leva à proteção constante de algumas regiões do corpo.

Diante disso, há necessidade de adaptação da modalidade para mulheres de idade avançada, que sofrem com o declínio do envelhecimento, principalmente na coluna lombar e no pescoço do fêmur, podendo prevenir quedas e fraturas devido à osteoporose.

Professor Alex Kendy Yamasihita e Elsa Ikeda treinam kata-guruma © Arquivo

Os pesquisadores aplicaram o protocolo de autonomia funcional (GDLAM), o miniexame do estado mental (MEEM), teste de predição de 1RM, índices glicêmico e de massa corporal, relação cintura/quadril (IRCQ), relação cintura/altura (RCQ) e sete dobras cutâneas.

A partir da realização dos exercícios com as voluntárias quatro vezes por semana, observou-se que houve melhora para todos os testes do protocolo GDLAM, melhora no escore geral do MEEM e melhora nos exercícios resistidos, entre outros resultados positivos.

A conclusão tomada desse estudo é que o programa TMC realizado com as voluntárias foi eficaz para melhorar autonomia corporal, força muscular, função cognitiva e as porcentagens variáveis de massa magra e gordura.

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