Federação Alagoana de Judô realiza segundo módulo de arbitragem em Maceió

Laedson Lopes Gonçalves e Edison Minakawa

Curso apresentado por Edison Minakawa e Laedson Lopes Gonçalves atingiu as metas traçados e foi acompanhado por técnicos e árbitros de Alagoas, Pernambuco e Sergipe

Cursos e Palestras
15 de outubro de 2018
Por PAULO PINTO I Fotos ARQUIVO/FAJU
Maceió – AL

Com apoio da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Federação Paulista de Judô (FPJudô), Colégio Marista e Uniodonto Maceió, o departamento de arbitragem da Federação Alagoana de Judô (FAJU) realizou o segundo módulo do Curso para Formação de Árbitro do Estado de Alagoas.

Os palestrantes do curso foram os renomados professores kodanshas Edison Koshi Minakawa, gestor nacional de arbitragem, e Laedson Lopes Gonçalves, árbitro potiguar FIJ A com larga experiência internacional.

Duval Américo Correa Machado, José Nilson Gama de Lima, Edison Minakawa, António Luiz Milhazes Filho, Laedson Lopes Gonçalves, Gilmar Camerino e Charles da Silva Guimarães

O evento realizou-se nos dias 28 e 29 de setembro no Colégio Marista de Maceió, paralelamente ao 2º Open Nordeste Sicredi de Seleções promovido pela FAJU.

Várias autoridades esportivas participaram da cerimônia de abertura do curso, entre as quais Antônio Luiz Milhazes Filho, presidente da Federação Alagoana de Judô; Durval Américo Corra Machado, presidente da Federação Sergipana de Judô; José Nilson Gama de Lima, primeiro vice-presidente da CBJ; Edison Minakawa, gestor nacional de arbitragem da CBJ; Laedson Lopes Gonçalves, árbitro FIJ A; Gilmar Camerino, presidente do conselho fiscal da CBJ; Charles da Silva Guimarães, coordenador de arbitragem adjunto da FAJU; e Edgardo Rodrigo Guedes, vice-presidente FAJU.

Professor Minakawa fazendo suas considerações

Antônio Luiz Milhazes Filho detalhou as ações que envolveram o segundo módulo estadual de arbitragem.

“Na sexta-feira (28 de setembro), tivemos a aula teórica, bastante concorrida, com a presença de pouco mais de 100 participantes. Estiveram presentes autoridades esportivas, árbitros, técnicos alagoanos e árbitros dos Estados de Pernambuco e Sergipe, além dos candidatos do nosso Estado. No sábado, houve aula prática abordando a postura dos árbitros e a medição dos judogis, durante a realização do Open Sicredi de Seleções”, explicou.

António Luiz Milhazes e Edison Minakawa no dojô da FAJU

Ao avaliar as atividades o dirigente alagoano elogiou a palestra apresentada pelos árbitros internacionais.

“No domingo o professor Minakawa visitou a Federação Alagoana de Judô e apresentou suas considerações finais sobre as ações desenvolvidas nos dias anteriores. Minha avaliação geral é altamente positiva, pois o curso foi ministrado por dois ícones da arbitragem internacional, exaltados pelos nossos filiados que tiveram a oportunidade de aprender com ambos”, disse o presidente da FAJU. Ele encerrou agradecendo o apoio recebido da entidade coirmã.

“Reafirmo meu agradecimento especial à CBJ e à FPJudô, nas pessoas dos professores Alessandro Panitiz Puglia e Francisco de Carvalho Filho, que mesmo realizando um evento importante em São Paulo tiveram a grandeza de liberar o professor Minakawa, que é o coordenador estadual de arbitragem daquele Estado. Estou certo de que o trabalho apresentado pelos professores Edison e Laedson dará enorme contribuição ao crescimento da arbitragem alagoana, assim como dos professores e técnicos do nosso Estado que participaram deste módulo”, concluiu o dirigente.

Edison Minakawa aprovou o formato do curso de árbitros desenvolvido pela coordenação de arbitragem da FAJU

Em sua avaliação do curso, Edison Minakawa parabenizou o presidente da Federação Alagoana de Judô pela iniciativa e o pioneirismo na formação de novos árbitros.

“Entendo que a iniciativa do professor Milhazes foi extremamente complexa, e digo isto por vários motivos: o curso foi gratuito e ele não pretende formar árbitros num único fim de semana. Ele busca fazer a preparação dos candidatos ao longo de um ano, e a nossa ida a Maceió foi o segundo módulo. Tivemos um bate-papo informal com professores, técnicos e árbitros”, explicou Minakawa, que completou falando dobre o conteúdo programático da palestra apresentada.

“O tema da nossa palestra fundamentou-se num trabalho que venho formulando e abrange os mais variados itens do universo da arbitragem. Fazendo uma análise da realidade do nosso judô, percebo que estamos muito fortes competitivamente, só que a formação do atleta demanda conhecimento mais amplo e profundo da arbitragem, e nesse sentido há um desequilíbrio. Formamos bons atletas, mas não formamos árbitros na mesma escala e proporção, e nós estamos sendo vistos como os malvados da história”, expôs o gestor nacional de arbitragem.

Laedson Lopes e Edison Minakawa com alguns árbitros que atuaram no 2º Open Nordeste Sicredi de Seleções

Minakawa apontou a necessidade de maior interlocução entre professores, atletas, árbitros e dirigentes, buscando melhor resultado para os atletas no circuito internacional.

“No dia a dia o professor ou o técnico faz as devidas correções técnicas de seu aluno, mas não os orienta sobre a arbitragem, e isto acaba vindo à tona nas competições. Eu entendo que esta seja a pior forma de aprender. Temos de estabelecer uma fórmula que nos permita transmitir os detalhes que envolvem a arbitragem aos técnicos, professores e atletas, para que eles saibam como proceder numa competição. As regras são parte intrínseca da disputa, e os atletas precisam compreender a importância que têm dentro desta enorme estrutura que é o judô competitivo”, disse.

Cerimônia de abertura do 2º Open Nordeste Sicredi de Seleções

Em seus comentários finais o coordenador estadual de arbitragem paulista voltou a parabenizar a postura do dirigente alagoano e frisou que, além de árduo, o processo de formação de bons árbitros demanda tempo.

“No sábado tivemos uma oficina prática, na qual abordamos fundamentos básicos como gestos, segurança, postura, vestimenta e atitude, que proporcionaram maior embasamento aos candidatos. Meu balanço final é que o curso foi extremamente gratificante, principalmente pelo contato com esta nova mentalidade que eu espero que predomine em nosso País. As pessoas precisam entender que, da mesma forma que não se forma um atleta num estalar de dedos, também não formamos árbitros de forma tão simples”, concluiu o professor Edison Minakawa.

Dirigentes na cerimônia de abertura do 2º Open Nordeste Sicredi de Seleções