17 de novembro de 2024
Associação de Judô Mauá, Clube Paineiras do Morumby e Dojô Otto Judô faturam 16 medalhas no Québec Open
Superando as expectativas, a equipe mauaense subiu 12 vezes ao pódio, enquanto o time paineirense conquistou três medalhas e o Otto Judô obteve uma
Québec Open2019
5 de outubro de 2019
Por PAULO PINTO I Fotos ARQUIVO
Montreal – Canadá
Tradicionalmente o Brasil marca forte presença no Québec Open, competição que se realiza todos os anos no Complexe Sportif Claude-Robillard, em Montreal, no mês de novembro.
Diante do momento difícil da economia brasileira, neste ano apenas três entidades participaram da competição: Associação de Judô Mauá (SP), Clube Paineiras do Morumby, de São Paulo (SP), e Dojô Otto Judô, de Curitiba (PR). Compareceram 1.100 judocas dos Estados Unidos, França, Brasil, República do Congo e Canadá
Surpreendendo até mesmo o chefe da deleção mauaense, a equipe do ABC paulista obteve 12 medalhas, sendo nove de ouro, duas de prata e uma de bronze.
As medalhas de ouro da Associação de Judô Mauá foram conquistadas por Murilo de Andrade Zanateli, 52kg, do sub 14; Ana Rosa de Menezes, 52kg, do sub 14; Gustavo Reis, 69kg, do sub 14; Quésia Leme da Silva, 45kg, do ne-waza; Isabella Botine de Andrade, 60kg, do sub 14; Helena Martins de Oliveira, 46kg, do sub 14; Rogério Valeriano, 90kg, do M2; Jéssica Amaral, 70kg, do F2; e Rogério Valeriano, no ne-waza.
Os vice-campeões do time mauaense são Suzana do Nascimento Gobo, 44kg, do ne-waza; e Mayara Lisboa, 63kg, do ne-waza; enquanto a peso médio Lilyan Kauany de Castro Pereira conquistou o bronze no sub 18.
Os medalhistas do Clube Paineiras do Morumby são Lucas Dell’Aquila, prata no 60kg do sub 14; Júlia Rodrigues, prata no 52kg do sub 16; e Caio de Lima, bronze no 53kg do sub 14. Já o paranaense Gustavo Pacini, do Dojô Otto Judô, conquistou a medalha de bronze do 50kg do sub 14.
Ao todo o Clube Paineiras do Morumbi levou oito atletas para o Canadá, e além do técnico Carlos Honorato foram Ricardo Lara Julianetti, técnico e Daniel Dell’Aquila, chefe da delegação.
Técnicos avaliam o desempenho dos judocas da base
A Associação de Judô Mauá inscreveu 17 atletas no certame, obteve 12 medalhas e alcançoua expressiva marca dos 70% de aproveitamento em Montreal. Os professores Jéssica do Amaral, Mayara Lisboa e Rogério Valeriano, que também competiram na classe veteranos, avaliaram o desempenho da garotada positivamente.
Jéssica do Amaral destacou um diferencial do certame canadense. “A estrutura da competição é espetacular. Havia sete áreas de luta com tamanho oficial, atletas muito fortes, principalmente em ne-waza, e judocas dos Estados Unidos, França, Canadá, República do Congo e Brasil. Nossos atletas exibiram excelente performance e deram show em suas categorias. De quebra, tiveram a oportunidade de lutar também numa categoria acima, para avaliar seu desempenho. Naturalmente, nenhum medalhou, mas ficamos felizes e orgulhosos pela evolução e pela segurança exibida por todos.”
“Participamos ainda da competição de ne-waza, o que foi uma grande novidade, e apesar do ineditismo da disputa tivemos excelente desempenho, conquistando duas medalhas de ouro e uma de prata. Agradeço a iniciativa do sensei Chico do Judô de nos proporcionar esta experiência maravilhosa”, concluiu a professora Jéssica.
Rogério Valeriano destacou a experiência e o intercâmbio técnico oferecidos aos jovens judocas. “A competição foi muito forte e ofereceu uma experiência única para os nossos atletas. É importante lembrar que todos, sem exceção, são da base, e vêm de núcleos interligados à Associação do Judô de Mauá nos bairros e comunidades de nossa cidade. Eles tiveram uma experiência única, que será lembrada para sempre e agregará valor a suas vidas. No tocante ao judô especificamente, estou certo que todos estão vivenciando um intercâmbio gigantesco com judocas de vários países e de excelentes escolas. Agradeço ao sensei Francisco de Carvalho Filho pela oportunidade oferecida aos atletas e à comissão técnica”, disse.
Mayara Lisboa enfatizou a vivência adquirida no certame fortíssimo. “Participar do Québec Open 2019 foi uma experiência muito boa, porque este é um campeonato muito forte, que agregou muito conhecimento ao meu judô. As crianças também tiveram a oportunidade de aprender muito, pois estão trocando experiência com judocas de vários países e origens. Primeiramente quero agradecer a todos os envolvidos por essa oportunidade de participar do torneio e dividir esta vivência com muitos dos meus alunos. Espero voltar a participar de uma viagem a Québec”, disse a professora Mayara.
Carlos Eduardo Honorato, vice-campeão olímpico em Sidney 2000 e técnico do Clube Paineiras do Morumby, destacou a vivência oferecida aos judocas da base.
“Entendo que esta é uma iniciativa muito importante porque estamos fazendo um investimento na base. O Québec Open é uma competição muito boa e fornece todos os ingredientes necessários para o desenvolvimento técnico dos jovens atletas. Em certames como este eles adquirem experiência técnica e vivência. Futuramente, quando forem representar o Brasil no exterior, saberão como é o judô fora do nosso País e conhecerão o formato das competições internacionais. Indiretamente isso acaba fortalecendo o nosso judô e até mesmo o nosso trabalho como técnicos”, detalhou Honorato.
Fazendo uma análise conjuntural da competição, sensei Chico do Judô lembrou que as medalhas conquistadas pelo Paineiras e por Mauá demonstram a qualidade do judô de São Paulo.
“Para fazermos uma análise real do desempenho dos nossos judocas no Québec Open 2019 é preciso ter em conta que esta é uma competição grande, importante, e que recebe excelentes atletas em fase de formação, procedentes de países e escolas distintos. Sinceramente eu não achava que iríamos fazer tantos resultados, embora viesse ao Canadá com a esperança de muitas medalhas, em função do histórico da garotada. São todos campeões paulistas e isso é uma referência importante devido à qualidade do judô de São Paulo. Todos se apresentaram e lutaram muito bem, inclusive os que não medalharam. O resultado reafirma a qualidade técnica e a importância do judô do nosso Estado”, disse Francisco de Carvalho, que foi ao Canadá como chefe da delegação mauaense.