Marius Vizer fará parte do grupo de trabalho do COI que coordenará o boxe após a suspensão da AIBA

Marius Vizer, presidente da FIJ nos Jogos Rio 2016

O presidente da Federação Internacional de Judô, Marius Vizer, fará parte da força-tarefa que organizará e realizará os eventos classificatórios do boxe para os Jogos de Tóquio 2020

Jogos Olímpicos
20 de junho de 2019
Por LIAM MORGANI Fotos IOC/GREG MARTIN e PRESS FIJ
Lausanne – Suíça

Após o período no exílio iniciado em 2015, depois de ter lançado um ataque contundente contra o COI e seu presidente Thomas Bach na convenção SportAccord, Marius Vizer junta-se a Willi Kaltschmitt Luján (Guatemala), William Blick (Uganda) e à representante dos atletas Aya Mahmoud Medancy (Egito) como os novos membros o grupo de trabalho que coordenará a fase classificatória do boxe nos Jogos de Tóquio.

O grupo foi criado após o comitê executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) ter cancelado o reconhecimento da Associação Internacional de Boxe (AIBA) como órgão regulador da modalidade no cenário olímpico e ter despojado a entidade de qualquer envolvimento com Tóquio 2020. O comitê regulador do boxe é presidido por Morinari Watanabe, presidente da Federação Internacional de Ginástica.

Sessão do COI realizada ontem, em Lausanne, na qual foram aprovadas as medidas que definiram a participação do boxe em Tóquio 2020

Um grupo técnico de boxe auxiliará o comitê regulador, e o diretor esportivo do COI, Kit McConnell, disse que esta iniciativa garantirá que os requisitos técnicos sejam mantidos. “A AIBA definirá os comitês de arbitragem e dos demais segmentos que envolvem a competição”, acrescentou McConnell.

Willi Kaltschmitt era apontado como o principal elo entre o grupo de trabalho e o conselho executivo, mas ele perderá seu lugar no órgão governante, pois atingirá 80 anos, limite máximo de idade, em agosto.

Especialistas avaliam que a nomeação de Marius Vizer marca o início do degelo na relação entre o presidente da Federação Internacional de Judô (FIJ), o COI e Thomas Bach. A crise atingiu seu ponto mais crítico há quatro anos, durante a convenção da SportAccord, feita diante de uma plateia que incluía o presidente do Comitê Olímpico Internacional.