A 200 dias de Tóquio, judocas se apresentam para concentração visando ao World Masters de Doha

Maria Suelen Altheman, atual número 2 do mundo, foi bronze no Masters de Guangzhow de 2018 © Gabriela Sabau/IJF

Competição é uma das mais importantes do Circuito Mundial e abre o ano olímpico do Judô. Disputa acontece entre os dias 11 e 13 de janeiro

Word Tour FIJ
5 de janeiro de 2021
Por LARA MONSORES
Curitiba – PR

O ano olímpico começou com tudo para o judô brasileiro. Na semana que marca os 200 dias para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, a seleção apresentou-se em Pindamonhangaba (SP), para período de concentração visando ao World Masters de Doha, no Catar. A competição, que acontecerá entre os dias 11 e 13 de janeiro, abrirá o calendário do Circuito Mundial da Federação Internacional de Judô e é uma das mais importantes do ano, distribuindo até 1.800 pontos (campeões) no ranking mundial classificatório para os Jogos. Apenas os 36 melhores do mundo em cada categoria de peso são convidados para lutar neste evento.

Normalmente, o Masters acontece no final de cada temporada. Mas, por conta da pandemia do novo coronavírus, a disputa foi realocada para o início do ano, o que exigiu uma nova estratégia de preparação da seleção e cuidados redobrados com os atletas no período de festas de fim de ano.

O peso pesado David Moura na disputa de bronze do Masters de Guangzhow de 2019 © Di Feliciantonio Emanuele /IJF

“O evento é de extrema importância, porque é de pontuação muito alta. Só a participação já vale 200 pontos. E é o único 100% confirmado para 2021 até agora. Todos os atletas estão bem conscientes disso. A gente começou a trabalhar para o Masters tão logo acabou o Pan-Americano, em novembro. Fizemos um treino em dezembro até onde conseguimos levar e orientamos os atletas para o período de festas de fim de ano. Eles se apresentaram em Pinda muito bem, no peso, tranquilos. Cumpriram o treinamento no período de festas na medida em que entenderam a importância do evento”, explica Ney Wilson Pereira, gestor de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Judô.

A concentração da equipe inteira no interior de São Paulo foi uma das estratégias da CBJ para dar continuidade aos treinos, minimizar os riscos de infecção dos atletas e facilitar a logística dos protocolos de segurança exigidos pela Federação Internacional de Judô.

Para embarcar, todos os membros da equipe precisam de dois testes (RT-PCR) negativos para Covid-19. Chegando ao evento, a delegação é testada novamente, cumpre o isolamento de 24h e os atletas testam uma quarta vez, na véspera da luta.

Ano olímpico pode ter Pan, Grand Slam e Mundial até Tóquio

Além do Masters, a expectativa é de que o Circuito Mundial de 2021 conte ainda com outras grandes competições: Grand Slam de Tel Aviv (1000 pontos), Grand Slam de Paris (1000 pontos), Campeonato Pan-Americano (700 pontos) e o Campeonato Mundial de Budapeste (2000 pontos), todos classificatórios para Tóquio. Seriam, portanto, mais 4.700 pontos em jogo para quem sonha com a vaga olímpica em Tóquio.

“Esperamos que o calendário se confirme. Mas, é de degrau a degrau. O que temos na mão é o World Masters. Temos que fazer o melhor nessa competição”, conclui Ney Wilson.

Confira abaixo os atletas e membros da comissão técnica do Brasil no World Judo Masters de Doha 2021