11 de novembro de 2024
Comitê Olímpico do Brasil anuncia premiação recorde para os medalhistas olímpicos de Tóquio 2020
Os valores das bonificações dos atletas são até sete vezes maiores do que os distribuídos no Rio em 2016
Por Helena Sbrissia / Budopress
24 de junho de 2021 / Curitiba (PR)
Foi definida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) a premiação a ser recebida pelos atletas que subirem ao pódio nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. De acordo com Paulo Wanderley Teixeira, presidente da entidade, em esportes individuais a bonificação será de R$ 250 mil para os medalhistas de ouro, R$ 150 mil para os de prata e R$ 100 mil para os de bronze. O anúncio foi feito numa reunião virtual com toda a delegação que representará o País no Japão.
Já nos esportes coletivos, equipes com até seis atletas serão bonificadas com R$ 500 mil para medalhistas de ouro, R$ 300 mil de prata e R$ 200 mil de bronze. Demais equipes – ou seja, que integrarem mais atletas do que o estipulado – receberão R$ 750 mil, R$ 450 mil e R$ 300 mil para ouro, prata e bronze, respectivamente.
Titulares e reservas receberão o mesmo valor, segundo declaração feita por Paulo Wanderley. “A premiação vem como um reconhecimento do esforço, comprometimento e a disciplina colocados em prática para a conquista de uma medalha olímpica. Essa premiação é oriunda de recursos privados do COB e é fundamentada em um dos nossos pilares: a meritocracia.”
Em comparação com a edição anterior dos Jogos Olímpicos, Rio 2016, a premiação oferecida pelo COB aumentou sete vezes para os medalhistas de ouro – há cinco anos, era de R$ 35 mil, sem distinção entre as cores das medalhas e o prêmio em dinheiro.
Para os atletas que acumularem medalhas, o valor é cumulativo e será entregue ainda em 2021, quando houver a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico ou alguma outra cerimônia oficial de encerramento realizada pelo COB. Todo o incentivo que está sendo dado vale também para os atletas que disputarem os Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022.
“Mesmo diante de um cenário inédito e desafiador, fechamos novos e inéditos contratos de patrocínio, que foram fundamentais para colocarmos em prática esta justa ação em prol dos nossos futuros heróis olímpicos”, foram as palavras de Rogério Sampaio, diretor geral do COB e campeão olímpico de judô em Barcelona 1992.
A meta do comitê é que a quantidade de medalhas conquistadas pela delegação brasileira seja superior à de 2016, quando o país ficou na 13ª colocação geral, com19 pódios: sete de ouro, seis de prata e seis de bronze. É esperado que o Time Brasil tenha cerca de 300 atletas competindo.
A verba que destinada ao pagamento da premiação dos atletas vem de recursos privados do COB. No Rio 2016, diferentemente, a bonificação foi paga diretamente por empresas patrocinadoras das Olimpíadas e do COB.
“A premiação aos atletas só foi possível graças à contenção de gastos e ao saneamento financeiro implementados pelo COB”, explicou Sampaio. Segundo ele, apesar da pandemia, o cenário mostrou-se muito favorável para a realização dos Jogos Olímpicos, porque diversos contratos de patrocínio foram fechados – o que possibilitou o aumento do valor das premiações.
Segundo o COB, um investimento de R$ 60 milhões está sendo feito somente na parte logística referente à viagem ao Japão. Mais R$ 150 milhões foram destinados, em 2021, para as confederações se engajarem em projetos de preparação e treinamento, além de R$ 12 milhões para as categorias de base em desenvolvimento e R$ 30 milhões para as modalidades que apresentaram mais chances de chegarem ao pódio.
“Estamos na fase final do nosso planejamento operacional, nos últimos ajustes em relação aos protocolos de segurança para o envio dos atletas ao Japão. A perspectiva é de que o Brasil tenha uma boa representação nessa edição de Jogos Olímpicos, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas”, destacou Jorge Bichara, diretor de esportes do COB.
“E, nesta fase final, a gente trabalha para oferecer condições para trabalharmos os detalhes, que fazem a diferença nesse momento. É importante que os atletas cheguem seguros de que fizeram o melhor. A confiança é grande nessa boa representação.”
De acordo com ele, as boas colocações atingidas pelo Brasil nos últimos campeonatos mundiais dos esportes olímpicos destacam a relevância que o País está mostrando, com desempenhos cada vez mais significativos.