18 de novembro de 2024
Em parceria com a FPJudô, Denarc faz curso sobre prevenção ao uso de drogas a jovens judocas
Os policiais da Divisão de Prevenção e Educação do Denarc estabeleceram excelente conexão com atletas das classes sub 13 e sub 15
Por Paulo Pinto / FPJudô
12 de setembro de 2022 / São Paulo (SP)
Em ação inédita paralela ao treinamento de campo que sucedeu ao campeonato paulista das classes sub 13 e sub 15 no domingo (4 de setembro), a Divisão de Prevenção e Educação do Denarc e a Federação Paulista de Judô (FPJudô) promoveram uma apresentação bastante interessante e oportuna aos jovens judocas que foram a Aguaí.
Eles participaram do principal curso da Divisão de Prevenção e Educação do Denarc, ministrado desde a criação do departamento, em 1987, e atualizado constantemente para acompanhar não apenas a evolução dos estudos sobre drogas, mas também o avanço das descobertas da ciência.
Conexão total
Com extrema habilidade, o palestrante Alexandre Prado Avilez estabeleceu rapidamente conexão com a garotada, usando elementos lúdicos para atrair totalmente a atenção dos judocas. Os jovens se posicionaram positivamente, respondendo aos estímulos do representante da Divisão de Prevenção e Educação do Denarc.
Foi uma iniciativa bastante oportuna e didática, que evidenciou a necessidade de as federações esportivas e a Polícia Civil atuarem de forma conjunta na difusão de boas práticas e ações socioeducativas de prevenção ao consumo de drogas ilícitas.
Alexandre Prado Avilez, o palestrante, é investigador de polícia e bacharel em direito pela USP (1997) e professor com licenciatura em história e geografia (1985). Trabalha com prevenção ao uso nocivo de drogas desde 1991 e criou o Projeto Alicerce, de apoio e resistência ao uso nocivo de drogas nas escolas, baseado na psicologia humanista e na educação emocional, a fim de formar uma mentalidade preventiva nos educandos.
Avilez aplica esse projeto em escolas da rede particular desde 2001, atuando como palestrante e consultor nas instituições educacionais, religiosas e empresariais, tendo atingido mais de 30 mil adolescentes e jovens em todo o Brasil. Em 30 anos de trabalho preventivo já ministrou mais de 7 mil palestras para todos os tipos de público.
Thiago Padovez Magno, outro dos participantes do evento em Aguaí, é investigador-chefe de polícia, graduado em ciências jurídicas pela Universidade Bandeirante de São Paulo (2003). Especialista em direitos humanos e segurança pública no Brasil pela Academia de Polícia Dr. Coriolano Nogueira Cobra (Acadepol) (2018), tornou-se professor dessa instituição na cadeira de investigação policial e professor da Escola de Administração Penitenciária Dr. Luiz Camargo Wolfmann (2020). Ensina também técnicas de entrevista e interrogatório policiais, com formação pelo Federal Bureau of Investigation (FBI, 2013). Autor de livros e artigos jurídicos, é membro do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas do Estado de São Paulo desde 2015 e coordenador do curso de capacitação de agentes multiplicadores de prevenção ao uso indevido de drogas.
Policial e judoca
Cleber Gomes Morete, o terceiro integrante da equipe, é formado em propaganda e marketing, direito, e está concluindo a faculdade de psicologia. Assim que se formar pretende dedicar um dia por semana à FPJudô para atender praticantes novatos e do alto nível, visando a retribuir ao judô tudo aquilo a modalidade lhe ofereceu. Morete foi campeão paulista do peso ligeiro e brasileiro sênior, quando ainda era júnior, defendendo o Esporte Clube Pinheiros. Foi vice-campeão do Open da Alemanha e campeão paulista universitário e da seletiva para o mundial, quando sofreu um trauma raquimedular c5c6 ficando paraplégico. Hoje Cleber atua na unidade de inteligência do Denarc, a UIP.
“Faço judô desde os 9 anos”, contou Morete, “e, além de sempre me dar coisas boas, o judô é a minha segunda família. Nada melhor do que eu contribuir um pouco, transmitindo e utilizando o que eu sei, em especial, aos novos judocas. Já falei com o sensei Alessandro Puglia que, quando me formar, vou doar parte do meu tempo à FPJudô, atendendo atletas de todos os níveis na área de psicologia.”
Morete falou também sobre sua intenção de aproximar a divisão Dip do Denarc, que dá palestras nas escolas e outras instituições, pois entende que os jovens praticantes do judô têm excelente formação, e o departamento da Polícia Civil pode reforçar algo que já muito bem trabalhado em suas casas e nos dojôs.
Faixa preta san-dan, Cleber Gomes Morete começou no judô com sensei Omar Miquinióti, em Guararapes, e depois treinou com sensei Walmir Shiraga, indo em seguida para Ribeirão Preto, onde treinou com o professor José Luiz. Posteriormente passou pela peneira do Clube Pinheiros, onde treinou com a lenda João Gonçalves e ficou até sofrer o acidente. “Estou retomando com força total e pretendo seguir até mesmo depois de pegar o meu kodansha”, avisou Morete.
Cerca de 300 judocas presentes
Alessandro Panitz Puglia, presidente da FPJudô, elogiou a palestra apresentada pela Divisão de Prevenção e Educação do Denarc e prometeu que a federação manterá a parceria que visa a blindar crianças e jovens dos malefícios causados pelo consumo de drogas.
“Foi uma grata surpresa conhecer a abrangência do trabalho realizado pela Polícia Civil que, de forma lúdica, atrai a atenção da criançada para um tema que geralmente é negligenciado por todos os setores da sociedade – e quando percebemos o caos já está instaurado nos lares e na sociedade.”
Cerca de 300 judocas participaram do treinamento de campo, e Puglia disse ter certeza de que a palestra proporcionou grande aprendizado a todos. “Em nome da diretoria da FPJudô agradeço aos policiais Avilez, Magno e Morete pela qualidade do conteúdo apresentado e pela dedicação na construção de uma sociedade mais justa e livre, no mais amplo sentido da palavra. Estamos agendando nova palestra e firmando assim parceria com uma das autarquias públicas mais importantes da nossa sociedade, a Polícia Civil do Estado de São Paulo.”
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