O Dia Mundial do Judô e a inclusão

Mulheres inovadoras do comitê executivo da Federação Internacional de Judô © IJF

Neste ano a Federação Internacional de Judô (FIJ) dedica a mais importante data festiva da modalidade às muitas faces do acolhimento e da inclusão

Fonte IJF
28 de outubro de 2022 / Curitiba (PR)

Neste 28 de outubro, Dia Mundial do Judô, a Federação Internacional de Judô (FIJ), em seu editorial, sugere que façamos uma reflexão bastante ampla sobre as muitas faces da inclusão e reconheçamos quão longe chegamos e quão longe ainda temos de ir nesse caminho.

“Reserve um tempo nesta semana para refletir sobre a sua presença nela e para garantir que aqueles que estão ao seu redor se sintam bem-vindos, valorizados e acolhidos.

Respeitar a todos faz parte do nosso DNA e o Dia Mundial do Judô está aqui para nos cutucar e nos lembrar que a vida de judoca é uma vida boa, mas que todos temos a responsabilidade de continuar trabalhando para garantir que isso prospere, nos esforçando sempre para ser hoje melhor que ontem.

Podemos não vê-lo na transmissão ao vivo semanal ou na página inicial diária do site de todas as federações, mas sabemos que nosso esporte não apenas aceita, mas abraça todos os humanos que entram em sua atmosfera. Se você quiser fazer judô, nós o receberemos de braços abertos e nos regozijaremos com você no esplendor de cada aspecto que lhe traga alegria, conquista e confiança.

A mongol Sumiya Dorjsurené e Rafaela Silva na final dos 57kg nos Jogos Olímpicos de 2016, vencida pela brasileira © gogo Photo

Judô é para você! É para seu amigo tímido, seus amigos internacionais, seus vizinhos masculinos e femininos. É para pessoas em nossas comunidades que nasceram com desafios físicos, educacionais, geográficos ou econômicos. É para bandeiras nacionais, bandeiras do COI, bandeiras de arco-íris e brasões militares. É para aqueles que vencem, para aqueles que desejam vencer e para aqueles que estão apoiando os outros enquanto saltam sobre as dificuldades que ameaçam limitá-los.

O judô atravessa fronteiras e costura os abismos de separação que outras áreas da vida tentam estender. De Muki e Mollaei* às mulheres de nosso comitê executivo, de nossa academia à nossa comissão de crianças e o judô escolar, em comunidades de refugiados, plataformas digitais e além de tudo isso, o judô é um organismo que chega aos pontos mais distantes do globo com o único objetivo de tornar a vida melhor.

Segundo Jigoro Kano, seu fundador, como arte e ciência o judô deve ser livre de quaisquer influências externas, políticas, culturais, raciais e financeiras ou qualquer outra forma de opressão. E todas as coisas relacionadas a ele devem ser direcionadas ao seu objetivo final: o benefício da humanidade.”

*O israelense Sagi Muki e o iraniano Saeid Mollaei deram uma demonstração de civilidade e convivência ao se enfrentarem no mundial de judô de 2019, em Budapeste.

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