22 de novembro de 2024
Números da Copa São Paulo esboçam nova configuração para a maior competição de judô das Américas
Na segunda fase, a Associação Namie de Judô venceu a divisão aspirante, o ICI foi campeão dos veteranos e o Judô Alto da Lapa faturou a disputa de kata. Esta edição do certame fechou com 4.118 competidores
Por Paulo Pinto / FPJCOM
10 de abril de 2023 / São Paulo (SP)
Com o apoio da Prefeitura e Secretaria de Esporte e Lazer de São Bernardo do Campo, a Federação Paulista de Judô (FPJudô) realizou nos dias 25 e 26 de março a segunda fase da 13ª edição da Copa São Paulo de Judô. Em dois fins de semana, o certame reuniu exatos 4.118 judocas nas divisões especial, aspirante, veterano e kata.
Como ocorre tradicionalmente, a competição realizou-se no Ginásio Poliesportivo Adib Moysés Dib, em São Bernardo do Campo, e a cerimônia de abertura reuniu autoridades esportivas e políticas, medalhistas olímpicos, membros da diretoria do CREF4/SP, delegados regionais, dirigentes e renomados professores kodanshas do Estado de São Paulo, com destaque especial para o professor Estevan Rodrigues da Silva, chefe de gabinete da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo.
Em seu pronunciamento inicial, o professor Alessandro Panitz Puglia, presidente da FPJudô, fez um agradecimento especial ao prefeito Orlando Morando e ao secretário de Esportes Alex Mognon, que mais uma vez não mediram esforços no apoio incondicional ao maior evento de judô das Américas. Na sequência o dirigente avaliou os números expressivos do certame que teve sua primeira edição em 2008.
“Nesta edição da Copa São Paulo superamos 4 mil participantes e para receber este contingente de atletas tivemos de readequar o projeto que a cada ano demanda nova estratégia. Estamos desenvolvendo políticas de intercâmbio técnico com algumas entidades estaduais e já prevemos receber 5 mil atletas em 2024. Contudo, nossa prioridade é receber competidores de mais Estados e promover maior intercâmbio técnico, sem abrir mão da qualidade da competição. Não comprometeremos a qualidade atingida nesta 13ª edição em favor de um número maior de atletas.”
Associação Namie é campeã da divisão aspirante
A disputa começou com as lutas da divisão iniciante, que reuniram judocas de 130 agremiações. A Associação Namie de Judô, de Mogi das Cruzes (SP), foi campeã, conquistando quatro medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze e totalizando 28 pontos.
Capitaneada pelo laureado professor kodansha Paulino Teruo Namie, a Associação Namie de Judô dispõe de grandes nomes em seu quadro docente, entre os quais os técnicos Carlos Eduardo Modesto, o Cadu, Jefferson Takeshi, Fernando Tomé, Edson de Souza Marques Filho e Giovana Monteiro.
Uma das escolas mais fortes da base no Estado, a equipe mogiana foi a São Bernardo com 14 atletas e, com oito medalhas, sagrou-se campeã da divisão aspirante pela primeira vez.
“Já havíamos vencido a Copa São Paulo, mas não nesta classe, que é relativamente nova”, afirmou Carlos Eduardo Modesto. As medalhas de ouro da Associação Namie foram conquistadas por Isabella Pereira Zielk, peso médio, e Heloísa Lucherine Pereira, peso pesado, ambas no sub 9, enquanto Klara Fernandes Ribeiro, peso ligeiro, venceu no sub 11 e Felipe Andrade Lopes Rodrigues, peso médio, no sub 15. As de prata vieram com Isabella Ferrari Moreira e Arthur Yukio Maia Ikenoue, ambos pesos ligeiro do sub 9. As medalhas de bronze foram conquistadas por Marina Gomes Costa Ponciano, peso superligeiro do sub 11, e Ana Júlia Reis, peso meio-pesado do sub 15.
“Nos últimos anos a Copa São Paulo vem apresentando crescimento expressivo no número de atletas, mas mesmo assim a organização consegue fazer com que o evento ande muito bem”, acrescentou o técnico. “Houve evolução também no dimensionamento das áreas e na movimentação dos atletas. O respeito que caracteriza nossa arte marcial, mesmo nas disputas, ainda é mantido e cultuado nesta competição, e isso é o que mais me agrada.”
O professor sho-dan sugeriu, porém, que as áreas de identificação dos atletas e onde os técnicos esperarem seus alunos sejam melhoradas nos próximos eventos. Já o resultado obtido pela sua escola foi considerado satisfatório.
“Tínhamos ainda muitos atletas começando a vida competitiva e mesmo assim o nosso índice de aproveitamento foi muito bom”, disse Cadu. Os resultados são importantes, pois dão um feed-back do nosso trabalho, mas não podemos nos apegar somente a isso. Continuaremos buscando estar sempre entre os melhores nas competições, mas principalmente objetivando formar cidadãos de bem, com bons princípios e caráter.”
Para o sensei Cadu, cada vitória e cada derrota representem o início de uma nova jornada. “As conquistas têm um significado especial, mas são as derrotas que nos ensinam mais. Desejo para os milhares de judocas que foram a São Bernardo do Campo que esta experiência signifique o início de um novo ciclo, no qual espero que todos se saiam bem e que almejem conquistas maiores, tanto no shiai-jô quanto na vida e no dia a dia. Como o professor Kano nos ensina, o judoca não se aperfeiçoa para lutar, ele luta para se aperfeiçoar.”
SMEL de Itaquaquecetuba, a vice-campeã
A segunda colocada da divisão aspirante foi a equipe da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de Itaquaquecetuba que, disputando seis finais, totalizou 14 medalhas, sendo uma de ouro, cinco de prata e oito de bronze, que garantiram 28 pontos e o título de vice-campeã geral do certame. O professor Cláudio Campelo Leitão informou que Itaquaquecetuba inscreveu 31 atletas.
Nesta primeira experiência na Copa São Paulo, o faixa-preta ni-dan contou com o apoio da professora Juliana Rosa, auxiliar técnica da equipe. “Estreamos no certame após muito preparo. Sabíamos que seria um evento grandioso, mas nos surpreendemos com a qualidade técnica e a organização. Todas as áreas mantiveram-se ativas durante a competição, sem interrupções”
Cláudio Leitão considera expressivo o resultado de sua equipe. “O nosso trabalho na base já está mostrando resultados, e sou muito grato por isso, pois fazemos tudo com muito amor, comprometimento e profissionalismo. Nossa equipe é uma superfamília e temos total apoio do prefeito Eduardo Boigues e do secretário de Esportes Fabiano Novais. Nosso principal foco nesse projeto é criar oportunidade para que todas as crianças e adolescentes consigam melhor qualidade de vida. Esperamos que os resultados obtidos em São Bernardo motivem todos os jovens a seguirem no caminho do esporte e do judô.”
A medalhista de ouro de Itaquaquecetuba foi Laura da Silva Coelho, campeã no peso médio do sub 11, seguida pelos vice-campeões Felipe Radiante Pardo, meio-pesado do sub 9, Luísa Sousa dos Santos, peso médio do sub 9, Paulo Gabriel de Oliveira, superligeiro do sub 18, Tharik Lima da Silva, peso médio do sub 18, e Beatriz Figueiredo de Lima, meio-médio sub 18.
Conquistaram medalhas de bronze Lorenzo Mendonça Eugênio, peso leve do sub 9; Isabelly Santos Diniz, peso meio-médio do sub 9; Manuella Ruggera Rocha Oliveira, peso médio do sub 9; Melissa Oliveira Santos da Rocha, peso ligeiro do sub 9; Davi Lucas Silva Peixoto, peso ligeiro do sub 11; Samuel Galvão Máximo da Silva, peso superligeiro do sub 11; Matheus Galvão Máximo da Silva, peso meio-pesado do sub 15; e Anthony da Silva Barbosa, peso médio do sub 18.
O Esporte Clube Praia Grande assegurou a terceira colocação depois de disputar seis finais e conquistar sete medalhas, sendo três de ouro, três de prata e uma de bronze, que totalizaram 25 pontos. A equipe do litoral é comandada pelo experiente professor e coordenador Alberto Bittencourt, que é auxiliado pelos técnicos Rodrigo de Matos e Daniel Marques Loto e ainda conta com a supervisão de Daniel de Lima Melo, diretor de Departamento Esportivo de Alto Rendimento da equipe filiada pela 11ª Delegacia Regional Litoral da FPJudô.
A quarta colocada foi a Associação de Judô Hinode de Santo André, comandada pelos experientes professores kodanshas Celestino Seiti Shira, kyuu-dan (9º dan), e Paulo Ricardo Castellanos de Souza, shichi-dan (7º dan), diretor técnico da escola. A comissão técnica da Hinode conta ainda com a experiência dos professores Daniel Teles de Menezes, Renato Castellanos Souza, Raul Andrade e Helena Castellanos.
Um dos dojôs mais tradicionais do ABC, o Hinode conquistou seis medalhas, sendo três de ouro, duas de prata e uma de bronze, garantindo 22 pontos e a quarta colocação.
A equipe da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de Pindamonhangaba assegurou a quinta colocação conquistando nove medalhas, sendo duas de ouro, duas de prata e cinco de bronze, que lhe asseguraram 21 pontos. Comandada pelo sensei Rudnei Toledo, o time de Pinda conta ainda com uma excelente equipe multifuncional formada por Fabrício Evangelista e Felipe Guimarães, técnicos; Verônica Maely Salgado e Paulo Galeano Júnior, fisioterapeutas; e Márcio Henrique Ferreira, que faz o apoio técnico.
Clique AQUI e acesse todos os resultados da divisão iniciantes desta edição da Copa São Paulo.
ICI é campeão dos veteranos
A divisão veteranos é hoje uma das mais disputadas do judô brasileiro, e nesta edição da Copa São Paulo Veteranos 2023 não foi diferente, reunindo as principais escolas entre as 117 agremiações que competiram.
O campeão foi o Instituto Camaradas Incansáveis (ICI), de São Paulo, que conquistou 23 medalhas, sendo sete de ouro, dez de prata e seis de bronze, totalizando 71 pontos e assegurando o tricampeonato.
Capitaneada pelos professores Bahjet Rached Kassen Said El Hayek, Rodrigo Motta e Cristian Cesário, gestor nacional da classe veteranos da CBJ e membro do Conselho de Veteranos da Confederação Pan-Americana de Judô, apesar do pouco tempo da sua fundação a escola do bairro da Pompeia é uma das principais referências técnicas do judô máster do Brasil.
Segundo o professor Bahjet Hayek, diretor do ICI, o resultado obtido por sua equipe ratifica a qualidade do trabalho desenvolvido pelos professores e alunos da escola. “Viemos preparados e asseguramos o tricampeonato. O resultado numérico foi expressivo e nossa conquista foi bastante consistente, o que me deixa muito feliz e mostra que o nosso trabalho está sendo muito bem feito”, disse o dirigente que, no shiai-jô, manteve a tradição conquistando o ouro no peso leve do M4.
Flamengo é vice-campeão
A vice-campeã desta temporada foi outra equipe que mantém forte tradição na divisão veteranos, o Clube de Regatas do Flamengo, do Rio de Janeiro, que disputou sete finais e conquistou dez medalhas, sendo cinco de ouro, duas de prata e três de bronze, somando 34 pontos.
A equipe de veteranos rubronegra é comandada pelo professor pós-graduando Kleber Castellões Gallart (sho-dan), responsável pelo treinamento da base ao alto rendimento, apoiado pela comissão técnica formada por Murilo Gouveia, coordenador técnico; Rosicleia Campos, head coach; e os técnicos Marco Antônio Marcão, Rodrigo Domiciano, Vinicius Taz Morato e Walter Matheus.
O Flamengo participa da Copa São Paulo todos os anos e trouxe 15 atletas à 13ª. edição, dos quais dez conquistaram medalhas: Nicole Mitchell Ribeiro da Silva, Juarez de Jesus Costa, Helênio José de Sá Carvalho, Luiz Marcos Matarazzo Freire e Carlos Emílio Grosso Molinaro (ouro); Kleber Castellões Gallart e Camilo de Lelis Portugal Vieira (prata); e Luiz Virgílio Castro de Moura, José Renato Nunes Freitas e Walace da Silva Moyses (bronze). Murilo Gouveia Bezerra, Leonardo Nobre da Silva, Rodrigo Domiciano Silva, Leonardo Silva Nascimento e Pedro Henrique Aureliano Trepte completaram a equipe e também lutaram, mas não conseguiram medalhar.
Outros cariocas da delegação que medalharam: Simone Costa Vieira da Escola de Judô Keiko Fukuda foi a campeã do peso leve no F5; Antônio Júnior de Freitas do Judô Clube Ren Sei Kan foi vice-campeão do peso leve no M5; Maria de Jesus Correa da Gama da Academia RBN foi vice-campeã do peso médio no F6; Vitor Carvalho de Freitas da Associação Matsuda de Judô de Macaé conquistou o bronze do peso leve do M7; Mariza Mara dos Santos da Associaçao Liju de Judô conquistou o bronze do peso meio-médio do F6; Márcio da Costa Lessa do Judô Clube Ren Sei Kan conquistou o bronze do peso leve do M5.
Para Gallart, a Copa São Paulo de veteranos é o melhor e maior campeonato do Brasil na categoria. “Nele nunca faltam adversários para lutar. Fora isso, sempre somos muito bem recebidos pelos nossos colegas paulistas, que conduzem o judô máster com um cuidado especial. Neste ano voltamos para casa com um pequeno gesto, que para nós foi um ato grandioso, do presidente Puglia, que durante a cerimônia de abertura, homenageou nosso sempai Luiz Virgílio Castro de Moura, atleta olímpico em Moscou 1980, que com muita honra proferiu e comandou o juramento do atleta. Isso certamente fez com toda a equipe do Rio de Janeiro se sentisse acolhida e em casa.”
O dirigente lembrou que em 2022 o Flamengo ficou muito perto de conquistar vaga entre as cinco melhores equipes, e que neste ano houve um preparo específico para a competição, embora tenham ocorrido algumas baixas importantes na equipe. “Até o sensei Luiz Virgílio Castro de Moura lutou com uma lesão na coluna, mas não quis deixar o time na mão.”
Medalha de prata dos pesos-pesados do M7, Gallart destacou que o judô não é apenas um esporte, mas um estilo de vida. “O resultado foi surprendente. Tivemos vários desfalques, mas a equipe estava unida e focada, o que gerou uma energia muita bacana. O máster tem um clima diferente e, além do intercâmbio técnico propriamente dito, agrega respeito e amizade. No Rio, treinamos aos sábados com uma garotada da base do clube, e vendo toda a nossa movimentação e vibração, os jovens aprendem que judô é para a vida toda e não somente competição: é um estilo de vida.”
Escola Judô Giberti, a terceira colocada
Terceira colocada, a Escola de Judô Giberti é a que faz atualmente o maior investimento na classe veteranos no interior paulista. Capitaneada pelos professores Gilherme Correia Gilbert e Wesley Oliveira, a equipe de Assis disputou e venceu seis finais e ainda conseguiu um bronze, totalizando 31 pontos.
Sensei Guilherme destacou o importante apoio recebido da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Esportes de Assis. “Isso nos permite formar equipes verdadeiramente competitivas. Aliás, dedicamos esta terceira colocação ao prefeito José Fernandes e ao secretário César Nunes, gestores sensíveis à importância do judô e do esporte como um todo na formação de uma sociedade mais justa, saudável e harmoniosa.”
Conquistaram as medalhas de ouro e construíram o importante resultado da equipe de Assis os judocas Wilson Caldeira, o Farol, meio-pesado do M4; Márcio Cavinatti, peso pesado do M4; Emanuel Santos, meio-médio do M3; Priscila Almeida, meio-leve do F3; Bruno Silva, peso ligeiro do M2; e Andrey Ferreira, meio-médio do M1. Daniela Oliveira, peso médio do F3, conquistou a medalha de bronze.
Yanaguimori, a quarta colocada
A equipe quarta colocada da divisão veteranos foi a do Judô Yanaguimori, de Osasco, que também disputou e venceu seis finais e ainda conseguiu um bronze, totalizando 31 pontos. O tradicional dojô da Grande São Paulo sempre marca forte presença nesta divisão, e para tanto conta com o trabalho incansável de renomados professores que assessoram o professor kodansha hachi-dan (8º dan) Massanori Yanagimori. São eles Jiro Aoyama, roku-dan (6º dan); João David de Andrade, roku-dan (6º dan); José Camarotto, go-dan (5º dan); João Velloza, go-dan (5º dan); Daniel Hideki Kan, yon-dan (4º dan); Reinaldo Machado, yon-dan (4º dan); Renato Machado, yon-dan (4º dan); e Ângelo Berto, yon-dan (4º dan).
Os medalhistas da Judô Yanaguimori de Osasco são: Rodolfo Massahico Yamayose, campeão do peso ligeiro do M6; Jefferson Brito Delgado, campeão do peso meio-médio do M6; João José da Silva Velloza, campeão do peso leve do M7; Sérgio Chicale, campeão do peso pesado do M7; Ziró Yanagimori, campeão do peso leve do M8; José Anastácio Pereira Camarotto, campeão do peso médio do M8; e Daniel Hideki Kan, bronze no peso pesado do M3.
Divino Budokan, o quinto colocado
O Instituto Sensei Divino Budokan, em quinto lugar, obteve 12 pódios e disputou sete finais, conquistando dois ouros, cinco pratas e cinco bronzes que lhe renderam 30 pontos. Comandado pelo professor Alex Russo, técnico responsável, e pelos auxiliares técnicos Vanessa kelly, César Moreal e Renata Moreal, o dojô da Zona Norte da capital tem como membros da sua comissão técnica os professores Júlio Costa e Anna Paula B. Magalhães.
Coordenador da classe veteranos da Federação Paulista de Judô, sensei Alex Russo avalia que sua equipe construiu um grande resultado nesta edição da Copa São Paulo.
“O Instituto Sensei Divino Budokan ficou em quinto lugar numa disputa direta com 120 agremiações, e todos nós ficamos muito felizes com o resultado, apesar de muitos atletas não terem participado. Dos 18 que vieram, 12 medalharam, o que é bastante satisfatório e mostra a nossa união, desde a faxineira do instituto até a equipe que atua nos tatamis do dojô ou no shiai-jô das competições.”
Os medalhistas do Instituto Sensei Divino Budokan foram: Ana Lúcia Moura, meio-médio do F5, e Alexandro de Freitas, meio-leve do M4 (ouro); Luís de Araújo Pereira, meio-pesado do M8, Douglas Bachega Pereira, peso leve do M2, Célia Izabel Vicentin, peso médio do F4, Juliana T. Kanashiro, meio-leve do F4, e Benjamim Fernando Filho, meio-pesado do M4 (prata); e Euclides Cândido Reiner de Souza, meio-médio do M6, Leandro Russo da Silva, peso leve do M3, Fernando Bruno Sinfrônio, peso pesado do M3, Jeferson Fernando Guardezi, meio-pesado do M1, e Luciana Azevedo de Souza, meio-pesado do F3 (bronze).
Alex Russo, coordenador da classe veteranos da FPJudô, acredita que esta edição da Copa São Paulo superou todas as expectativas.
“A Copa São Paulo de divisão veteranos foi um sucesso absoluto no que se refere ao número de atletas, ao público e à qualidade técnica, que evolui a cada temporada. Tivemos 500 competidores inscritos, apesar de tantas dificuldades, como atletas sem recursos para viajar ou machucados, e mesmo assim houve um crescimento expressivo. Havia muitos participantes novos e gente antiga voltando, uma coisa muito bacana. Quase todas as categorias de peso estavam fortes e com o nível técnico muito bom. Gostamos da organização e da dinâmica que proporcionou um evento descontraído, no qual muitos atletas antigos puderam se reencontrar e contar histórias. Foi bastante produtivo e ultrapassou as nossas expectativas.”
Clique AQUI e acesse todos os resultados da divisão veteranos desta edição da Copa São Paulo 2023.
Kata
A Copa São Paulo de Kata 2023 também surpreendeu e impôs novo marco na categoria, reunindo 198 judocas nas 99 duplas que participaram das disputas de ju-no-kata dangai, ju-no-kata yudan, katame-no-kata yudan, kime-no-kata yudan, kodokan goshin jutsu yudan, nage-no-kata dangai e nage-no-kata yudan.
Segundo o professor Luís Alberto dos Santos, coordenador de cursos da FPJudô, o alto nível técnico apresentado por duplas formadas por judocas cada vez mais novos foi o principal destaque desta divisão no evento.
Clique AQUI e acesse todos os resultados do kata desta edição da Copa São Paulo 2023.
Balanço geral
Em sua avaliação final desta edição da Copa São Paulo, o presidente Alessandro Puglia destacou a participação de marcantes personalidades do segmento esportivo.
“Nos dois fins de semana tivemos o prazer de receber dirigentes muito importantes da comunidade esportiva de São Paulo e do Brasil. Gestores como Rogério Cardoso Sampaio, diretor-geral do Comitê Olímpico do Brasil (COB); Nelson Leme da Silva Junior, presidente do Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo (CREF4/SP); Wlamir Leandro Motta Campos, presidente do Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt); Paulo Sérgio Merino, chefe de gabinete da Secretaria de Esporte e Lazer do Estado de São Paulo; Alex Mognon, secretário de Esportes de São Bernardo do Campo; Alexandre Araújo, prefeito da cidade de Aguaí, importante parceira da FPJudô; Estevan Rodrigues da Silva, chefe de gabinete da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo; Almir Mendes da Silva, conselheiro do CREF4/SP; além, é claro, dos sete judocas medalhistas olímpicos que nos deram a honra de abrilhantar nosso evento.”
O dirigente lembrou que esta edição da Copa São Paulo mostrou algumas mudanças extremamente positivas, como as disputas da divisão especial com todas as seis áreas no padrão oficial da FIJ. “Já no segundo fim de semana tivemos uma explosão no número de inscritos na divisão iniciante, o que nos obrigou a redimencionar a disputa com 12 áreas. Isso mostra a pujança e a força da base, bem como a importância de eventos como este no fomento e no aprimoramento técnico das categorias de entrada. Existe uma enorme carência de eventos para este segmento, e entendemos que devemos atender a esta importante demanda.”
Na avaliação de Alessandro Puglia, a classe veteranos se impôs como terceiro maior segmento da Copa São Paulo de Judô. “Os veteranos deram show e recebemos atletas de 12 Estados. Os cariocas e o Clube de Reagatas Flamengo mostraram o poderio do máster fluminense, e acabaram conquistando muitas medalhas. Outra grata surpresa foi a disputa do kata, que contou com cerca de 100 duplas extremamente técnicas e competitivas. Em suma, avalio que cumprimos a meta tanto na área operacional quanto no tocante às inovações. Acredito que encerramos um ciclo, ao ultrapassarmos com folga a barreira dos 4 mil judocas.”
Falando ainda sobre 2023, Puglia destacou a importante parceria que a FPJudô estabeleu na Copa São Paulo com as principais agremiações do País. “Há ainda dois pontos muito importantes a serem destacados. Um deles foi o alto nível técnico exibido em todas as classes das quatro divisões. Foi realmente empolgante ver tantos atlelas novos mostrando técnica apurada associada a muita vontade de crescer e conquistar espaço”, disse o dirigente paulista. “O outro ponto a ser destacado foi a presença de enorme quantidade de escolas e clubes do Brasil. Se somarmos as agremiações inscritas nas quatro divisões da copa atingiremos a expressiva marca de 408. E estamos falando das principais entidades clubisticas do País, que afiançam a qualidade do nosso evento. Além dos grandes clubes recebemos escolas de pequeno e médio portes, pulverizando e democratizando assim o evento para mais de 4 mil judocas brasileiros.”
Novo marco
Destacando que há anos se diz que a Copa São Paulo é o maior vento da modalidade nas Américas, mas pouco se fala sobre a estrutura necessária para realizar uma competição como esta, o presidente da FPJudô concluiu:
“Já iniciamos trativa com dirigentes de alguns Estados e de clubes, pois pretendemos realizar este evento com 5 mil judocas em 2024. Isso vai demandar novas logística e estratégia, mas estamos trabalhando com base nesta realidade. É importante considerar que fornecemos refeições para todo o staff que realiza o evento, bem como para árbitros e mesários. Todos os atletas recebem uma camiseta da competição e, somente em placas de tatamis, são necessárias cerca de 650 peças novas para as áreas de aquecimento e o shiai-jô. Para tanto contamos com o apoio da Prefeitura de São Bernardo do Campo, da Ajinomoto do Brasil, do CREF4/SP e da Shihan Kimonos. Esperamos poder realizar um evento ainda maior em 2024 e promover o avanço necessário na promoção da modalidade e no seu desenvolvimento técnico. Para tanto contamos com a parceria de todas as federações estaduais, clubes e dojôs do nosso País e até mesmo de fora”.
Clique AQUI e acesse a pasta de fotos desta edição da Copa São Paulo 2023 das divisões Aspirante, Veteranos e Kata.