19 de dezembro de 2024
Governador paulista prestigia workshop de aikidô do Instituto Takemussu no Festival do Japão
Tarcísio de Freitas cumprimentou os integrantes do instituto ao visitar a mais tradicional festa japonesa do Brasil, que está na 24ª edição.
Por Paulo Pinto / Global Sports
13 de julho de 2023 / São Paulo (SP)
O Festival do Japão, que faz parte do calendário oficial de eventos de São Paulo, destaca-se por divulgar valores daquele país, abordando temas como educação, trabalho comunitário e serviço voluntário beneficente e assistencial, além da consciência ambiental, sustentabilidade e responsabilidade social como parte do intercâmbio com o Brasil.
Não poderiam faltar nas festividades, portanto, artes marciais como o aikidô, judô, karatê-dô, kendô e o sumô, entre outras, que a cada ano são mostradas por diversas escolas. Entretanto, desde as primeiras edições, o aikidô é sempre exibido por professores do Instituto Takemussu, uma das mais antigas instrituições dedicadas à arte em São Paulo e no Brasil.
O Instituto Takemussu, escola de aikidô tradicional, foi criada pelo shihan shichi-dan (7º dan) Wagner Bull, que há mais de 50 anos pratica e estuda profundamente a arte criada por O-sensei Morihei Ueshiba. Bull é hoje o professor mais longevo do Takemussu Aiki.
No Festival do Japão deste ano apresentou um workshop ministrado por um grupo liderado pelo sensei ruku-dan (6º dan) Alexandre Sallum Bull e integrado pelos aikidocas Edgar Büll (go-dan 5º dan), Cláudia Osawa (yon-dan 4º dan), Felipe Arakaki (san-dan 3º kyu), Washington Watanabe (ni-dan 2º dan), Camilo Masuko (ni-dan 2º dan), Cristina Godoy (san-dan 3º dan) e Carina Burri (sho-dan 1º dan), todos graduados pelo Aikikai.
Edgar Büll lembrou que desde início do Festival do Japão o Instituto Takemussu é convidado para mostrar o aikidô tradicional. “Ainda somos uma das poucas modalidades tradicionais que se apresentam no festival, que cresceu demais e reduziu os espaços de algumas atrações. O mais curioso é que, mesmo não sendo uma modalidade competitiva, nós sempre somos muito aplaudidos e conseguimos contagiar o público com a energia altamente positiva que emanamos nos worshops ou demonstrações”, explicou o professor go-dan.
A apresentação durou cerca de 20 minutos e teve como objetivo mostrar ao público um pouco do aikidô tradicional e convidar a plateia a conhecer melhor essa exótica e consistente arte marcial japonesa.
“Fizemos uma demonstração de ukemi-waza, depois mostramos as técnicas de kihon-waza, que são os katas do aikidô, além de exercícios com armas brancas como o boken e o tanto e do desarme de armas de fogo, mas alertando as pessoas para não tentarem fazê-lo em casa. Mostramos ainda a parte de waza, que são técnicas livres, e demos ênfase à terceira idade: a professora Cristina, com quase 80 anos, mostrou técnicas de defesa pessoal em situações de queda sem tatami, ou seja, sem nenhuma proteção. Ela também mostrou como se defender em casos de assédio sexual, causando forte reação do público, que a aplaudiou muito.”
Professor Edgar Büll concluiu falando sobre a surpresa de ser aplaudido pelo chefe do Executivo paulista. “Nossa apresentação foi coroada com os aplausos carinhosos de um público seleto, e tivemos a grata surpresa de sermos cumprimentados pelo governador Tarcísio de Freitas, que tirou uma foto com o grupo do Instituto Takemussu.”
Tarcísio de Freitas parabenizou a organização do Festival do Japão e destacou a importância de um evento que faz parte do calendário oficial do Estado, mostrando a integração dos mais os dois milhões de descendentes de japoneses que vivem no Brasil.
“É uma alegria enorme participar pela primeira vez deste evento, lembrando que há 115 anos os japoneses estavam desembarcando em Santos para se estabelecerem em São Paulo, no Paraná e no Pará, e que sempre com disciplina e muita cultura fizeram a diferença, integrando-se a nossa sociedade de forma especial”, afirmou. “Temos muito orgulho de tê-los entre nós, trazendo sua cultura tão rica e gerando riquezas e possibilidades. Nós sempre estamos aprendendo com vocês. Eu mesmo cresci vendo desenhos japoneses na TV e praticando artes marciais que promovem educação e respeito.”