Atos de Caio Kanayama desmentem suas falas e cobranças de transparência

Segundo apuramos, Caio Kanayama foi avisado e estava ciente da impossibilidade de atuar na arbitragem © Arquivo

Acostumado a criticar toda e qualquer ação das diretorias da 1ª DR Capital e da FPJudô, o candidato a vice-presidente da chapa Renova Judô atuou indevidamente como árbitro. 

Por Paulo Pinto / Global Sports
21 de junho de 2024 / Curitiba (PR)

Crítico ferrenho de toda e qualquer ação de gestão da 1ª Delegacia Regional Capital e da Federação Paulista de Judô (FPJudô), o professor Caio Kanayama ainda não percebeu que hoje já não é pedra, e sim vidraça.

Mesmo sem a devida publicação do edital da eleição, no mês de abril todos os três candidatos a vice-presidentes da chapa Avança Judô se afastaram dos postos que ocupavam na federação – tanto na arbitragem quanto nas delegacias regionais e no setor de ensino do judô no Centro de Aperfeiçoamento Técnico (CAT) da FPJudô.

Por outro lado, e até mesmo por questões éticas, esperava-se que os membros da chapa Renova Judô fizessem o mesmo, mas, para surpresa de todos que militam na política esportiva, o professor Caio Kanayama atuou como árbitro no Campeonato Paulista Veterano, no dia 15 de junho, em Aguaí.

Material de campanha da chapa Renova Judô onde aprece o candidato Caio Kanayama © Divulgação

Segundo apuramos, o árbitro nacional Caio Kanayama foi avisado e estava ciente de que não poderia participar de nenhuma atividade remunerada, já que, como candidato, deveria desincompatibilizar-se e afastar-se de toda e qualquer atuação, assim como fizeram os professores kodanshas Takeshi Yokoti, Osvaldo Hatiro Ogawa e Raul Senra Bisneto.

Questões éticas

A atitude de Caio Kanayama não só revela flagrante falta de ética, mas também desprezo pelos princípios de imparcialidade e transparência que ele tanto cobra e proclama. É inaceitável que um candidato a um cargo tão relevante dentro da FPJudô se comporte de maneira imprudente e desrespeitosa em relação às normas que deveriam guiar todos os envolvidos no processo eleitoral.

A postura de Kanayama ao atuar como árbitro, mesmo após ser advertido sobre a inconveniências de tal participação, expõe uma contradição gritante entre suas falas e suas ações. Enquanto critica a gestão da FPJudô e da 1ª Delegacia Regional Capital por suas decisões e políticas, ele próprio fere os princípios básicos de ética e respeito à instituição e a seus filiados.

A atuação de Kanayama no Paulista Veteranos não deve ser vista como um desvio de conduta, mas como um reflexo das práticas de um grupo que, ao que tudo indica, não está preparado para liderar a FPJudô com a devida seriedade © Arquivo

Tal comportamento põe em dúvida a credibilidade de suas críticas e levanta questões sobre sua verdadeira motivação. Se um candidato não consegue seguir as regras básicas de conduta durante o período eleitoral, como se pode esperar que seja confiável e respeitável na gestão de uma das principais entidades de judô do País?

Péssimo exemplo

Os membros da comunidade do judô paulista merecem líderes que ajam com integridade e transparência, que cumpram as normas e que sirvam de exemplo para todos. O comportamento de Caio Kanayama é exatamente o oposto: um exemplo de como não se deve agir, de como a falta de ética e de pudor podem minar a confiança e a credibilidade de toda uma chapa.

Concluindo, a atuação de Caio Kanayama como árbitro no Campeonato Paulista Veteranos, apesar das advertências, não deve ser vista apenas como um desvio de conduta individual, mas como um reflexo das práticas de um grupo que, ao que tudo indica, não está preparado para liderar a FPJudô com a devida seriedade e o compromisso que a instituição e seus membros esperam.

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