Carlos Zegarra assume presidência da CPJ e propõe integração e modernização no judô das Américas

Carlos Zegarra Presser, novo presidente da Confederação Pan-Americana de Judô, eleito por aclamação no Congresso realizado em Lima © CPJ

Eleito por aclamação, dirigente peruano inicia seu mandato à frente da CPJ com discurso de continuidade, transformação social e liderança compartilhada, em Congresso que contou com a presença ativa da delegação brasileira liderada por Paulo Wanderley.

Por Paulo Pinto / Global Sports
Curitiba, 20 de abril de 2025

Em congresso realizado na última quinta-feira (17), em Lima, no Peru, Carlos Zegarra Presser foi eleito por aclamação como novo presidente da Confederação Pan-Americana de Judô (CPJ). Com 36 anos, o ex-atleta peruano e ex-presidente da Federação Peruana de Judô assume o comando do judô continental com mandato de quatro anos e, assume automaticamente, também a vice-presidência da Federação Internacional de Judô (FIJ).

Paulo Wanderley ao lado de Carlos Zegarra e de outro dirigente durante o Congresso da CPJ © CBJ

Representando o Brasil no Congresso, o presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Paulo Wanderley Teixeira, participou ativamente das discussões e destacou a importância de uma atuação coesa entre os países do continente.

“A realização desse Congresso em um momento tão importante para o judô pan-americano demonstra o comprometimento da CPJ com a evolução do nosso esporte. As pautas discutidas, os reconhecimentos prestados e a eleição de uma nova diretoria mostram um continente unido por uma mesma visão. O Brasil seguirá contribuindo ativamente para o desenvolvimento do judô nas Américas, em diálogo constante com os demais países”, afirmou Wanderley.

Dirigentes no Congresso da Confederação Pan-Americana de Judô 2025, realizado em Lima, no Peru © CPJ

Durante o encontro, também foram aprovadas moções de reconhecimento a importantes líderes do judô pan-americano. O mexicano Manuel Larrañaga Bonavides, que ocupava a presidência da CPJ, foi nomeado presidente Emérito, enquanto o argentino Ovidio Juan Tomás Garnero tornou-se membro emérito do Conselho Diretor da entidade. Outro ponto relevante foi a aprovação da entrada da Guiana Francesa como associada da CPJ, com direito a voz, mas sem voto.

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Em seu discurso de posse, Carlos Zegarra defendeu uma visão de continuidade com inovação, destacando a força do judô como ferramenta de transformação social. “Ser eleito presidente da CPJ não é uma vitória pessoal; é a reafirmação de um projeto coletivo. Reflete a confiança de um continente que acredita no valor da transparência, da unidade e do trabalho sério. O judô é mais do que um esporte; é uma escola de vida, uma ponte entre culturas e um farol para as novas gerações.”

Representantes das federações nacionais participam do Congresso Pan-Americano de Judô 2025 © CPJ

Zegarra também reiterou o compromisso da nova gestão com governança moderna, liderança ética e integração continental. “As Américas estão unidas, organizadas e prontas para contribuir com o desenvolvimento global do judô. Nosso judô tem identidade própria e muito a oferecer ao mundo. Fortaleceremos nossas alianças e promoveremos oportunidades para atletas, técnicos e dirigentes de todas as regiões.”

Espírito plural da entidade

A nova diretoria da CPJ é composta por nomes de diferentes países, simbolizando o espírito plural da entidade. O canadense Mike Tamura assume como secretário-geral, o porto-riquenho José Porfirio é o novo tesoureiro, e o brasileiro Amadeus Dias de Moura Júnior, exercerá a função de diretor de esportes. Integram ainda o comitê executivo o argentino Ovidio Garnero (diretor de referência), a venezuelana Katiuska Santaella (diretora de educação), o cubano Rafael Manso (diretor de desenvolvimento) e o norte-americano Jose Rodriguez (diretor administrativo).

Com judogi branco, Carlos Zegarra em ação nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, na categoria +100kg © Getty Images

Com esse novo ciclo, a CPJ se compromete com uma atuação mais integrada, transparente e voltada ao fortalecimento técnico e institucional do judô pan-americano. O Brasil, sob a liderança de Paulo Wanderley, segue como protagonista ativo nesse processo de construção coletiva.

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