Brasil conclui Jogos Mundiais Universitários com três medalhas e fica em oitavo lugar

Resultado na Alemanha reafirma a força da nova geração © Salomée Michon-Vinçont / FISU

Beatriz Freitas (78kg) conquista a prata, Henrique Gusmão (66kg) leva o bronze e equipe mista encerra campanha com mais um pódio para o país.

Fonte Camila Dantas / CBJ
Curitiba, 27 de julho de 2025

O judô brasileiro encerrou sua participação nos Jogos Mundiais Universitários, realizados em Rhine-Ruhr, na Alemanha, com três medalhas — uma de prata e duas de bronze — e a oitava colocação no quadro geral da modalidade. As disputas individuais das 14 categorias de peso, além da competição por equipes mistas, ocorreram ao longo de quatro dias intensos de combates.

Medalha no individual

A primeira medalha brasileira veio na quarta-feira (23), com Henrique Gusmão (-66kg), representante da UNAMA (PA). O gaúcho de 21 anos disputou cinco lutas até subir ao pódio. Estreou vencendo Somnang Chanta, do Camboja, por ippon, e depois superou o húngaro Bence Mathe, também por ippon. Nas quartas de final, sofreu seu único revés, diante do russo Abrek Naguchev — que ficaria com a prata. Na repescagem, mostrou garra e venceu o francês Simon Lesauvage, somando um yuko e um wazari, contra dois yukos do adversário. Na disputa pelo bronze, derrotou Petros Christodoulides, do Chipre, com um wazari decisivo.

As disputas individuais e por equipes mistas, ocorreram ao longo de quatro dias de combates © FISU

Na sexta-feira (25), foi a vez de Beatriz Freitas (-78kg), da UNIP (SP), brilhar. A brasileira estreou com vitória por ippon sobre a russa Polina Iudina e, nas quartas, repetiu o feito contra a húngara Nikolett Sagi. Na semifinal, enfrentou a coreana Minju Kim, atual número 10 do mundo, e venceu ao forçar três punições à adversária (3-1). Na grande final, Beatriz foi superada pela alemã Anna Monta Olek — medalhista de prata no último Mundial Sênior — após receber dois wazaris.

Equipe técnica e árbitros que atuaram nos Jogos Mundiais Universitários 2025, com destaque para o brasiliense André Mariano dos Santos, árbitro FIJ A que é supervisor de arbitragem da Federação Internacional de Judô © FISU

Além das medalhas, o Brasil ainda obteve o quinto lugar com Luana Carvalho (-70kg) e dois sétimos lugares com Guilherme de Oliveira (-73kg) e Gabriela Conceição (-52kg), mostrando um desempenho consistente também entre os finalistas.

Brasil mantém tradição vencedora por equipes

Encerrando a campanha brasileira em Rhine-Ruhr neste sábado (26), a equipe mista garantiu a terceira medalha ao derrotar o Cazaquistão por 4×2 na disputa do bronze. Os pontos foram marcados por Luana Carvalho (-70kg), Thauana Silva (+70kg), Beatriz Comanche (-57kg) e Guilherme de Oliveira (-73kg).

http://www.shihan.com.br

O Brasil estreou vencendo a Ucrânia por 4×2 nas oitavas de final, com vitórias de Beatriz Comanche, Guilherme, Luana e Beatriz Freitas. Nas quartas, a equipe caiu diante da Coreia do Sul por 4×1, mas se recuperou na repescagem ao vencer o Uzbequistão em confronto emocionante. Após abrir 3×0, os brasileiros viram o adversário empatar, mas Luana Carvalho voltou ao tatami no combate de desempate e selou a vitória com um ippon sobre Shirinjon Yuldoshova.

Resultado reafirma a força da nova geração

Com três pódios e atuações expressivas tanto no individual quanto nas equipes, o Brasil encerrou sua participação nos Jogos Mundiais Universitários de Rhine-Ruhr com a oitava colocação entre os 56 países participantes na competição de judô. O resultado reafirma a força da nova geração brasileira e, especialmente, a tradição da Seleção nas disputas por equipes mistas, modalidade na qual o país se mantém entre os mais competitivos do mundo.

https://www.originaltatamis.com.br/