17 de outubro de 2025

Em 2026, o 23º Campeonato Mundial da ITKF Global deverá ser sediado em um dos três países candidatos: Egito, Polônia ou Romênia. Segundo avalia Gilberto Gaertner, o chairman da entidade, a disputa pela sede ocorre em clima de ética e respeito, refletindo o espírito de cooperação que norteia o Karatê Tradicional.
Dirigentes da ITKF já realizaram visitas técnicas aos três países, avaliando aspectos fundamentais como arenas esportivas, rede hoteleira, transporte e logística. As cidades candidatas — Cairo (Egito), Cracóvia (Polônia) e Brăila (Romênia) — apresentaram excelentes condições para receber o evento.
Visita técnica ao grandioso ginásio multiesportivo do Cairo, uma das principais estruturas avaliadas para o Mundial de 2026 © ITKF Global
Durante as inspeções, foram visitados o Cairo International Stadium, a Tauron Arena em Cracóvia e o Danubius Gym em Brăila. Segundo a direção da ITKF, todas as propostas demonstraram plena capacidade de sediar o campeonato com excelência, confirmando que a competição poderá ocorrer em qualquer uma das três nações sem prejuízos à qualidade técnica ou organizacional.
Gilberto Gaertner, Pawel Janusz e dirigentes da ITKF em frente à Tauron Arena, em Cracóvia — marco da candidatura da Polônia à sede do Mundial de 2026 © ITKF Global
Agora, inicia-se a fase final do processo seletivo, com o envio dos projetos detalhados por cada país e a definição da sede oficial do Mundial de 2026. A decisão deverá ser anunciada oficialmente em novembro, após criteriosa análise da ITKF Global.
O chairman da ITKF, Gilberto Gaertner, e o icônico octacampeão mundial Cornel Musat durante visita à Danubius Arena, em Brăila — parte da avaliação técnica da candidatura da Romênia ao Mundial de 2026 © ITKF Global
Nesse contexto, a definição da sede não se resume apenas à escolha de arenas modernas ou de estruturas de hospedagem adequadas, mas envolve a construção de um compromisso institucional que garanta a segurança, a excelência e a visibilidade internacional do karatê tradicional.
Ramy El Mekawy, Gilberto Gaertner e dirigentes da ETKF inspecionam a arena esportiva do Sports City, no Cairo — uma das candidaturas ao Mundial de 2026 avaliadas © ITKF Global
É com esse olhar estratégico que a ITKF Global avalia cada proposta, consciente de que o Campeonato Mundial de 2026 será mais do que um torneio: será a continuidade de um legado iniciado pelo shihan Hidetaka Nishiyama e mantido pelas novas gerações que preservam a tradição e projetam o futuro da modalidade.
O professor doutor Gilberto Gaertner destacou que todas as propostas apresentadas deverão detalhar de forma minuciosa as dimensões do apoio institucional previsto para o evento. Segundo ele, esse aspecto é decisivo para garantir a viabilidade e o sucesso do Mundial.
“Até mesmo para salvaguardar os interesses e o bem-estar dos nossos filiados, precisamos que as candidaturas deixem claro quais serão os aportes das iniciativas pública e privada. Esse comprometimento é de enorme relevância para que possamos tomar uma decisão segura, responsável e orientada pela equidade, preservando também a sustentabilidade das ações”, afirmou o chairman da ITKF. “Transparência nos mecanismos de apoio garante acesso justo e continuidade dos nossos programas.”
Gilberto Gaertner destaca a importância de decisões orientadas pela equidade e pela isonomia entre as nações candidatas © ITKF Global
As três últimas edições da principal competição mundial da ITKF ocorreram em Portugal (2024), Eslovênia (2022) e Brasil (2019), consolidando o caráter bienal do evento e a alternância geográfica que amplia o alcance da modalidade.
Professores Gilberto Gaertner, Justo Gómez e Pawel Janusz durante visita técnica à Tauron Arena, em Cracóvia — etapa decisiva na avaliação da candidatura da Polônia © ITKF Global
Em 2024, na Vila do Conde (Portugal), a seleção do Egito sagrou-se campeã-geral, o Brasil foi vice-campeão e a Polônia ficou em terceiro lugar, seguida por Romênia e Portugal. Em 2022, na Eslovênia, o Brasil conquistou o título, o Egito foi vice e a Romênia ocupou a terceira posição, deixando Itália e Polônia em quarto e quinto lugares, respectivamente.
Vista externa da Danubius Arena, em Brăila — estrutura que simboliza o avanço da Romênia como candidata à sede do Mundial de 2026 © ITKF Global
O revezamento recente no topo do pódio — com Egito e Brasil alternando protagonismo e países europeus constantes no bloco principal — evidencia alto nível técnico, paridade competitiva e uma distribuição madura de resultados entre nações que hoje disputam a sede do Mundial. Esse cenário também reflete a evolução dos programas de formação, o investimento em arbitragem qualificada e a consolidação das principais modalidades do Karatê Tradicional (como kata, kumite e enbu), fatores que elevam o padrão do evento e fortalecem seu prestígio internacional.
Pawel Janusz, Gilberto Gaertner e Justo Gómez com membros da diretoria da Federação Polonesa de Karatê Tradicional na Tauron Arena, em Cracóvia © ITKF Global
A candidatura do Egito conta com o histórico recente de conquistas esportivas e a força simbólica do Cairo como polo cultural do Oriente Médio. A Polônia aposta em sua tradição de grandes campeonatos e na modernidade da Tauron Arena, em Cracóvia. Já a Romênia, com o projeto em Brăila, apresenta-se como exemplo de organização, com forte apoio governamental e comunitário, além de um histórico consistente de participação em mundiais.
A disputa pela sede confirma o nível de maturidade e comprometimento das nações envolvidas. Egito, Polônia e Romênia não apenas apresentaram arenas modernas e infraestrutura sólida, mas também demonstraram o desejo de acolher mais de mil karatecas de 50 países que participarão da XXIIIª edição do Mundial da ITKF Global.
Interior da Danubius Arena, em Brăila — infraestrutura avaliada na candidatura da Romênia ao Mundial de 2026 © ITKF Global
Ao longo de mais de meio século, a ITKF permanece fiel ao legado de seu fundador, shihan Hidetaka Nishiyama, que sempre defendeu o Karatê Tradicional como um caminho de disciplina, respeito e desenvolvimento humano. O Mundial, realizado de forma bienal, é a materialização desse legado: um espaço em que gerações de atletas se encontram em torno dos mesmos valores, ultrapassando fronteiras e diferenças culturais.
Independentemente da escolha final, o processo seletivo já se consolida como exemplo de transparência e respeito entre as nações candidatas. O próximo Mundial reafirmará que a tradição iniciada por Nishiyama continua viva, sólida e inspiradora — um testemunho da continuidade de um caminho construído sobre ética, cooperação e a busca incessante pela excelência.
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