Rio no feminino e São Paulo no masculino dominam o Brasileiro Sênior de Judô 2025

O alto nível técnico marcou esta edição do Brasileiro Sênior © Anderson Neves / CBJ

No quadro de medalhas por entidade, São Paulo ficou em primeiro lugar totalizando 26 medalhas: 6 ouros, 5 pratas e 15 bronzes. Rio foi vice totalizando 10 medalhas, sendo 4 ouros, 3 pratas e 3 bronzes.

Por Paulo Pinto / Global Sports
Curitiba, 2 de dezembro de 2025

Após dois dias intensos de disputas, chegou ao fim, neste sábado (29), o Campeonato Brasileiro de Judô – Sênior 2025, a principal competição nacional e, sem dúvida, o torneio de maior prestígio do calendário brasileiro, reunindo tradição, simbolismo e a elite técnica da modalidade. O evento foi realizado pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) com o apoio da Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro (FEJERJ), reforçando a importância da parceria institucional para a execução de uma competição dessa magnitude.

Com a participação de 332 judocas de 25 estados, o evento ocorreu na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, palco que voltou a pulsar com a presença dos melhores atletas do país. Para além do título nacional, o campeonato ofereceu aos vencedores a chance de representar o Brasil em competições internacionais — sempre um divisor de águas na carreira de qualquer atleta sênior.

Comissão técnica do Estado do Rio de Janeiro © FJERJ

No quadro geral, o Rio de Janeiro brilhou no feminino, enquanto São Paulo dominou o masculino, consolidando uma rivalidade histórica que continua impulsionando o nível técnico do judô brasileiro.

Desempenho por categorias

Na sexta-feira (28), seis categorias abriram a disputa. No masculino, Diego Ismael (-60kg/MG), Ronald Lima (-66kg/SP) e Jeferson Santos Júnior (-73kg/SP) foram os campeões. No feminino, o topo do pódio foi ocupado por Sarah Mendes (-48kg/RS), Gabriela Conceição (-52kg/MG) e Sarah Souza (-57kg/SP).

O Brasileiro Sênior 2025 evidenciou equilíbrio técnico e renovação constante, com duelos intensos em quase todas as categorias © Anderson Neves / CBJ

No sábado, o encerramento teve mais oito categorias. No feminino, venceram Erika Ferreira (-63kg/RJ), Luana Carvalho (-70kg/SP), Karol Gimenes (-78kg/RJ) e Giovanna Santos (+78kg/RJ). No masculino, conquistaram o ouro Gabriel Falcão (-81kg/RJ), Guilherme Schmidt (-90kg/RS), Giovani Ferreira (-100kg/SP) e Rafael Buzacarini (+100kg/SP).

No feminino, o Rio de Janeiro foi o grande campeão, somando seis medalhas (3 ouros, 2 pratas e 1 bronze). O desempenho coroou a consistência técnica das atletas Erika Ferreira, Karol Gimenes, Giovanna Santos, Ana Soares, Beatriz Comanche e Luana Costa. São Paulo ficou em segundo, seguido por Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Ceará.

Pódio masculino evidencia a força competitiva da temporada, com São Paulo no topo, seguido por Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina © FPJudô

No masculino, São Paulo confirmou seu favoritismo com 11 medalhas — quatro ouros, duas pratas e cinco bronzes — em campanha marcada por profundidade técnica e amplitude competitiva. O Rio Grande do Sul foi vice, seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.

Análise 

O primeiro lugar no quadro geral por entidades, o título no masculino e o vice-campeonato no feminino refletem o excelente momento vivido pelo judô paulista, resultado direto do trabalho sólido desenvolvido pela atual comissão técnica, comandada pelo professor Marco Antônio da Costa, o Rato. Nesta temporada, São Paulo se posicionou com protagonismo em praticamente todas as competições nacionais, e o desempenho no Brasileiro Sênior consolida — de maneira inequívoca — a qualidade do projeto técnico implementado pela equipe liderada por Henrique Guimarães.

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Campeão do feminino, vice-campeão no quadro geral por entidades e terceiro colocado no masculino, o Rio de Janeiro mostra ter consolidado definitivamente seu processo de reposicionamento no ranking nacional. Essa retomada não aconteceu por acaso: foi resultado de um ciclo longo de reconstrução administrativa e técnica, que atingiu seu ápice nesta temporada sob a nova diretoria capitaneada pelos professores Leonardo Lara e Jeferson Vieira. Os resultados obtidos em 2025 e, em especial, no Brasileiro Sênior, evidenciam que o judô carioca ressurge como uma das principais forças do país, disputando protagonismo direto com o judô paulista.

Top 5 do Quadro Geral de Medalhas 

1º São Paulo (26 medalhas: 6 ouros, 5 pratas e 15 bronzes)

Representante máximo da Região Sudeste, São Paulo confirmou sua hegemonia técnica. A profundidade do elenco impressiona: atletas competitivos em praticamente todas as categorias, renovação consistente e uma estrutura técnica robusta. O desempenho paulista reforça o protagonismo do estado no cenário nacional e demonstra capacidade de manter alto rendimento mesmo em ciclos de transição.

2º Rio de Janeiro (10 medalhas: 4 ouros, 3 pratas e 3 bronzes)

O Rio vive um momento de afirmação plena. O domínio no feminino e o crescimento no masculino demonstram equilíbrio e estratégia na formação. A nova gestão recompôs bases, redesenhou processos e recuperou o DNA competitivo do estado. Com apenas 10 medalhas, mostrou eficiência impressionante: qualidade acima da quantidade.

3º Rio Grande do Sul (10 medalhas: 2 ouros, 2 pratas e 6 bronzes)

O judô gaúcho segue como um centro técnico respeitado. O equilíbrio entre pódios e volume de medalhas confirma que o estado mantém um projeto sólido, capaz de revelar talentos enquanto sustenta atletas experientes no topo. A presença constante entre os três primeiros reafirma sua força histórica.

4º Minas Gerais (5 medalhas: 2 ouros, 2 pratas e 1 bronze)

Minas voltou a apresentar desempenho técnico de peso. O ouro duplo mostra que o estado tem atletas de alto nível prontos para competir internacionalmente. O desempenho mineiro reafirma que, quando bem estruturado, o judô local produz resultados expressivos mesmo com delegações enxutas.

5º Mato Grosso (1 prata)

Mato Grosso fecha o Top 5 graças a um pódio valioso. Embora o número de medalhas seja menor, a presença entre os cinco melhores evidencia um trabalho de base que começa a dar frutos e merece atenção. A ascensão mato-grossense reforça a expansão geográfica do judô brasileiro.

O pódio feminino destacou o Rio de Janeiro como campeão, São Paulo como vice, Rio Grande do Sul em terceiro, Minas Gerais em quarto e Ceará em quinto © FJERJ

Líderes absolutos

O vice-presidente da Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro (FJERJ), professor Jeferson Vieira, comemorou o desempenho da equipe carioca ao final do Brasileiro Sênior. Segundo ele, o resultado foi excelente, com o Rio de Janeiro conquistando o título no feminino e a terceira colocação no masculino, o que, em suas palavras, “mostra a consistência do judô carioca”.

Jeferson fez questão de destacar que a delegação não estava completa — além de Rafaela Silva, outros judocas estavam em compromissos internacionais —, o que reforça ainda mais o valor das conquistas obtidas. “Mesmo assim, os atletas que vieram responderam muito bem. Se estivéssemos com força máxima, certamente o resultado seria ainda mais expressivo. Estamos muito felizes com o desempenho de toda a equipe”, afirmou o dirigente. 

Gabriel Cardozo, diretor técnico da FJERJ e chefe da delegação, exibe os troféus de campeão do feminino e terceiro colocado no masculino © FJERJ

COMISSÃO TÉCNICA / RIO DE JANEIRO
Chefe da delegação: Gabriel Cardozo
Técnicos: Watheus Matheus, Murilo Gouveia, André Amorelli, Fabrício Amorelli, Rodrigo Rocha, André Silva, Ruan Isquerdo, Raquel Silva e Rosicleia Campos.

A Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro inscreveu 37 atletas na competição, reforçando sua presença e competitividade no Campeonato Brasileiro Sênior.

O professor Marco Antônio da Costa, o Rato, diretor técnico da FPJudô, destacou que o Campeonato Brasileiro Sênior 2025 foi marcado por combates de altíssimo nível. Segundo ele, São Paulo venceu o quadro geral, conquistou o título no masculino e foi vice no feminino, mas a equipe anfitriã mostrou excelente qualidade e um judô forte.

Entre os destaques da competição, o dirigente ressaltou o desempenho histórico dos paulistas no peso leve (-73kg) masculino, categoria em que o pódio foi inteiramente paulista — ouro com Jeferson Santos Junior, prata com Guilherme de Oliveira e bronzes com Luis Rossetim e Michael Marcelino.

Rato reconheceu a força da equipe carioca, mas lembrou que a atual gestão técnica paulista está em atividade há apenas oito meses. Ele afirmou que, com o apoio da diretoria, dos clubes e dos professores paulistas, as perspectivas são extremamente positivas. “A temporada de 2025 tem sido extraordinária, com resultados sólidos em todas as frentes. Fechamos o ano com conquistas expressivas e perspectivas ainda maiores para a continuidade do trabalho técnico em São Paulo”, concluiu Rato.

Comissão técnica e atletas da seleção paulista posam com os troféus de campeão no masculino e vice no feminino, simbolizando a força e a regularidade do judô de São Paulo no cenário nacional © FPJudô

COMISSÃO TÉCNICA / SÃO PAULO
Chefe da delegação: Marco Antônio da Costa.
Técnicos: Denílson Lourenço (Esporte Clube Pinheiros), Alexandre Dae Jin Lee (SESI), Marcos Dagnino (Club Athlético Paulistano) e Eduardo Katsuhiro (Clube Paineiras do Morumbi).

A Federação Paulista de Judô levou ao Rio de Janeiro uma equipe composta por 63 judocas, reafirmando sua força numérica e técnica no cenário nacional.

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A Confederação Brasileira de Judô conta com o patrocínio do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

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