22 de dezembro de 2024
Com ouro de Érika Miranda, Brasil soma cinco medalhas no primeiro dia na Rússia
Disputando três finais com Érika Miranda (52kg), Charles Chibana (66kg) e Marcelo Contini (73kg), o Brasil encerra o primeiro dia de disputa em terceiro lugar.
Érika Miranda foi campeã, Charles Chibana e Marcelo Contini ficaram com a prata. Rafaela Silva e Mariana Silva conquistaram bronze neste sábado.
O judô brasileiro chegou a três finais e duas disputas de bronze neste sábado (20), primeiro dia de Grand Slam de Ecaterimburgo, na Rússia. Érika Miranda (52kg) levou o ouro, Charles Chibana (66kg) e Marcelo Contini (73kg), a prata, enquanto Rafaela Silva (57kg) e Mariana Silva (63kg) conquistaram bronze.
Número 7 do mundo, Miranda foi cabeça-de-chave e confirmou seu favoritismo na disputa, vencendo três russas e uma bielorrussa para garantir os mil pontos no ranking mundial. Ela passou por Olga Titova (RUS) e Darya Skrpynik (BLR) por ippon ainda nas fases preliminares.
Na semifinal, derrotou a medalhista de bronze do Rio, Natalia Kuziutina (RUS), com um wazari para avançar à decisão.
Na luta pelo ouro contra Alesya Kuznetsova, Érika ficou em desvantagem de um wazari, conseguiu sair de uma imobilização e empatar a luta no tempo regulamentar. No golden score, a brasileira buscou a pontuação e marcou o wazari que lhe garantiu o quarto título de Grand Slam em sete finais na carreira.
Na mesma categoria (52kg), Sarah Menezes caiu na primeira luta para a húngara Reka Pupp depois de uma penalidade no golden score.
Pratas para Chibana e Contini
O peso-meio-leve Charles Chibana passou bem pelas fases iniciais com duas vitórias por ippon e duas por wazari até chegar à final. Ele venceu Kestutis Vitkauskas (LTU), Kenneth Van Gansbeke (BEL), Dzmitry Minkou (BLR) e Yakub Shamilov (RUS) antes de enfrentar Abdula Abdulzhalilov (RUS) na decisão pelo ouro. O título escapou por um detalhe depois que o brasileiro usou a cabeça para defender-se de uma queda, ato proibido pela nova regra de arbitragem por colocar em risco a integridade física do atleta (pescoço e coluna vertebral).
Na mesma categoria, o novato Marcelo Fuzita parou na primeira luta para o russo Islam Khametov.
No peso Leve (73kg), Marcelo Contini fez três lutas até a final contra o japonês Soichi Hachimoto, campeão do Grand Slam de Paris neste ano. O brasileiro derrotou Arbi Khamkhoev (RUS), Benjamin Axus (FRA) e, na semifinal, Sam Van T Westend (NED). Na final, Hachimoto conseguiu pontuar com dois wazaris e o ippon, deixando a prata para Contini.
“Estou feliz demais pela conquista da medalha de prata nesse Grand Slam. Vamos em frente que este ano tem muito mais. Essa foi minha quarta medalha neste ano em cinco competições disputadas”, comemorou Contini.
Bronzes das Silva
A campeã olímpica Rafaela Silva seguia em busca de um título inédito de Grand Slam, mas acabou caindo de wazari nas quartas de final para a veterana japonesa Nae Udaka, campeã mundial em 2014. Antes disso, Rafaela havia vencido Sappho Coban (GER) por fusen-gachi, quando acontece a ausência do oponente. Na repescagem, superou Timna Levy (ISR) por um wazari e, na disputa pelo bronze, foi tática, forçando três punições à Enkhriilen Lkhagvatogoo (MGL).
A última medalha brasileira do dia veio com Mariana Silva. A peso-meio-médio chegou à semifinal depois de vencer Sanne Vermeer (NED) e Tserennadmid Tsend-Ayush (MGL), mas caiu para a russa Ekaterina Valkova, por ippon. Na luta pelo bronze, ela forçou três punições à canadense Stefanie Tremblay e ficou com a medalha, seu primeiro pódio em 2017.
“Fiquei muito feliz pela conquista, sabendo que tenho muito a evoluir para atingir voos mais altos”, projetou Mariana.
Mais cedo, Tremblay havia superado a medalhista olímpica de Pequim 2008, Ketleyn Quadros, na primeira rodada.
O ligeiro Phelipe Pelim também lutou neste sábado, mas não passou por Joaquin Gomis (ESP) na primeira luta.