Rogério Sampaio assume a Secretaria Nacional de Alto Rendimento

Recém-nomeado para o novo cargo no Ministério do Esporte, o campeão olímpico recebe apoio incondicional dos diversos segmentos da gestão esportiva

O campeão olímpico Rogério Sampaio vai assumir a Secretaria Nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, substituindo o ex-atleta olímpico Luiz Lima, que pediu demissão na quinta-feira (29 de junho), alegando motivos pessoais.

Rogério Sampaio, que chefia a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), continuará interinamente no cargo, comandando as duas secretarias

Vivendo um grande momento, Sampaio afirmou que conta agora com a participação e o empenho de toda a equipe ministerial para atingir metas e objetivos.

“Na verdade, fiquei surpreso com o pedido de demissão do secretário Luiz Lima, que foi meu companheiro como atleta e como dirigente no ministério. Mais surpreso ainda – e orgulhoso – fiquei com o convite feito por Leonardo Picciani. Sei que estar à frente da Secretaria Nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte é um desafio enorme, da mesma forma que foi assumir a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). Estou no momento ideal e me sinto capaz de assumir este novo desafio, contando, é claro, com o compromisso e o esforço de toda a equipe de colaboradores do Ministério do Esporte, visando a atingir todos os objetivos traçados”, disse.

Paulo Wanderley Teixeira, vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil

Sobre a possibilidade de permanecer interinamente no comando da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), o campeão olímpico explicou que aguarda a decisão do ministério.

“Nesta terça-feira terei uma reunião com o ministro, e a partir deste encontro conhecerei detalhes do processo de transição. Minha grande preocupação recai sobre a ABCD. A entidade precisa atender às diversas especificidades da Agência Mundial Antidoping (Wada) e a execução de todas as metas previstas é de suma importância, até mesmo para que o processo de transição seja feito de forma equilibrada e para que o esporte brasileiro não sofra nenhum tipo de sanção da agência mundial. Hoje, a equipe que está à frente da ABCD é extremamente capacitada e certamente dará continuidade ao trabalho feito neste último ano”, detalhou o novo secretário.

Numa avaliação rápida sobre o período em que esteve à frente da ABCD, Rogério Sampaio destacou que a interação com as demais secretarias do Ministério do Esporte foi decisiva.

“Quando assumi a ABCD procurei interagir com quase todas as secretarias. Contei com grande apoio da consultoria jurídica do ministério. Mesmo muitas vezes não sendo responsabilidade de outras secretarias, todos me ajudaram. Tivemos alguns desafios, como criar o Tribunal de Justiça de Dopagem, que está pronto e começa a julgar os primeiros casos ainda este mês. Acho até que, por conta de trabalhar sempre conversando e escutando todos os departamentos e áreas do ministério e da ABCD, atingimos nossos objetivos. Tudo isso faz com que eu tenha certeza de que meu período à frente da ABCD foi de grande êxito, e acredito que tenha sido isto que levou o ministro a me convidar para assumir o novo cargo.”

Leonardo Picciani, ministro do Esporte

Olhando para a frente, o campeão olímpico em Barcelona 1992 afirmou que pretende manter a proposta de ouvir todos setores do Ministério do Esporte e dividir com eles a responsabilidade da gestão.

“Agora é procurar manter a mesma forma de atuar, interagindo com todas as áreas do ministério, escutando muito todos os segmentos do esporte nacional, porque todos têm muito a dizer e colaborar. Mas, acima de tudo, procurando tomar as decisões com equilíbrio, tendo em mente a responsabilidade e a importância de promover o crescimento do esporte de alto rendimento do Brasil”, disse Sampaio, que falou ainda sobre a expectativa da nova pasta.

“Primeiro preciso saber quais serão as atribuições do cargo que ocuparei. Embora trabalhasse e me encontrasse diariamente com o Luiz Lima, o trabalho na ABCD consumia todo tempo de que dispunha. Preciso saber quais são realmente as responsabilidades e prerrogativas da Secretaria de Alto Rendimento. Sei que existem os programas Bolsa Atleta e Bolsa Pódio, os convênios com as confederações e o Comitê Olímpico do Brasil. Entendo que a responsabilidade e a abrangência de atuação da secretaria são muito maiores do que os pontos citados, mas só depois de conhecer o campo de atuação é que poderemos definir nosso plano. A primeira medida é conhecer as responsabilidades, para depois estabelecermos os desafios que iremos assumir. Temos de colocar duas ou três metas factíveis que possam contribuir efetivamente para o desenvolvimento do esporte de competição do Brasil”, adiantou Sampaio.

João Derly, líder da Rede no Congresso Nacional, presidente da Frente Parlamentar do Esporte e membro do Conselho Nacional do Esporte

Cargos ocupados na gestão esportiva

Em Santos, sua cidade natal, Rogério Sampaio esteve à frente da Fundação Pró-Esporte da Prefeitura Municipal, autarquia que tem a incumbência de desenvolver o esporte de competição e alto rendimento, de 2004 a 2012. Posteriormente assumiu a Coordenadoria de Gestão de Esportes de Alto Rendimento da prefeitura de São Paulo, de março de 2013 a março de 2015. A partir de 1º de julho de 2016, poucos dias antes do início dos jogos do Rio 2016, o judoca assumiu a ABCD, em que atuou até 30 de junho, completando um ano à frente da entidade.

Gestores e parlamentares avaliam indicação de Picciani

Paulo Wanderley Teixeira, vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil, entende que a indicação de Sampaio foi uma excelente escolha.

“Posso afirmar que a indicação do Rogério Sampaio para o cargo de secretário nacional de Alto Rendimento foi uma ótima escolha. O campeão olímpico já atua na vida pública há muito tempo e possui larga experiência em gestão esportiva. Dirigiu o Centro Olímpico de São Paulo, e por muitos anos esteve à frente da Fundação de Esporte. É uma pessoa comunicativa e entende o que está fazendo, e acho que a indicação do ministro Leonardo Picciani foi muito boa.”

Bernard Rajzman, medalhista olímpico do vôlei, diretor de relações institucionais do COB e membro do Comitê Olímpico Internacional

O Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, destacou a capacidade e a competência do campeão olímpico na gestão esportiva.

“O Rogério Sampaio teve uma carreira brilhante como atleta e provou sua capacidade como gestor na Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem. À frente da ABCD, conduziu com competência a criação do Tribunal de Justiça Antidopagem e promoveu a volta à conformidade do Brasil junto à Agência Mundial Antidoping (Wada). A experiência adquirida na atuação como atleta e na gestão esportiva o credencia para fazer um grande trabalho à frente da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento”, disse Picciani.

Na avaliação de João Derly, bicampeão mundial de judô e deputado federal pela Rede, o novo secretário de Alto Rendimento vai colaborar decisivamente para o desenvolvimento do esporte brasileiro.

“Recebemos a indicação do Rogério Sampaio para o cargo de secretário nacional de Alto Rendimento com grande alegria. Entendemos que foi uma excelente escolha por sua história olímpica, por sua vida como atleta e por toda experiência que acumula na gestão esportiva. Nosso desejo é que faça um belo trabalho na secretaria do alto rendimento, onde certamente vai contribuir decisivamente para o desenvolvimento do esporte brasileiro. Se for tão bom quanto foi nos tatamis, certamente terá muito êxito”, concluiu Derly.

João Paulo Tavares Papa, deputado Federal (PSDB/SP)

João Paulo Tavares Papa, deputado federal pelo PSDB/SP, destacou que o campeão olímpico se transformou num dirigente esportivo de muita competência e credibilidade.

“Assim como toda a comunidade santista, eu vejo a escolha do ministro Picciani com muita alegria, porque além de ter sido um atleta exemplar, que muito orgulhou os brasileiros, Rogério Sampaio transformou-se num dirigente esportivo de muita competência e credibilidade. Em Santos presidiu a Fundação Pró-Esporte onde fez uma gestão transformadora e realizadora. Depois continuou na trajetória de dirigente esportivo, conquistando a confiança da comunidade esportiva do Brasil. Para mim em particular é um enorme orgulho ver o Rogério trilhar esta carreira vitoriosa como dirigente, da mesma que foi um vencedor esportivo”, disse Papa

O ex-atleta e medalhista olímpico Bernard Rajzman, diretor de relações institucionais do Comitê Olímpico do Brasil e membro do Comitê Olímpico Internacional avaliou a indicação de Rogério Sampaio positivamente.

“Vejo esta indicação com muita alegria. O Rogério Sampaio é uma das pessoas mais íntegras que conheci no esporte. Participativo, ele está sempre nos movimentos olímpicos de promoção do esporte e participando ativamente de tudo. Além disso, já tem uma vida política considerada de grande expressão. Então eu vejo a indicação dele como um grande nome para ser o novo secretário nacional de esportes. Foi uma ideia fantástica do ministro Picciani e toda a comunidade esportiva com certeza o apoia incondicionalmente.”

Mauzler Paulinetti, membro do Conselho Nacional do Esporte

Mauzler Paulinetti, membro do Conselho Nacional do Esporte, destacou toda experiência acumulada pelo campeão olímpico como homem público.

Falar do Rogério Sampaio em poucas palavras é muito difícil porque ele escreveu uma história muito bonita como atleta, transformando-se no segundo campeão olímpico de judô do Brasil. Posteriormente, se destacou como dirigente esportivo, adquiriu muita experiência e felizmente, por meio de uma medida muito inteligente, o ministro Leonardo Picciani o indicou para ser o secretário nacional de alto rendimento, lugar esse em que vai trabalhar com muita tranquilidade, devido a toda experiência acumulada como homem público. Na direção da ABCD, superou corajosamente um período muito tenso, quando o Brasil estava descredenciado pela Wada. Ao lado do ministro Picciani e a equipe do ministério, conseguiu reverter e normalizar a situação. Rogério Sampaio tem um histórico de gestor público, a função dele é nesta área de atuação.”