Brasil enfrentará o Japão na grande final do Mundial Por Equipes Mistas

Brasileiros venceram Polônia e Canadá por 5 a 1 nas preliminares. Na semifinal, seleção superou a Rússia por 4 a 2

Após conquistar quatro medalhas nas disputas individuais, o Brasil garantiu seu quinto pódio neste domingo, 03, ao chegar à final da inédita competição por equipes mistas do Mundial de Judô – Budapeste 2017. A decisão será contra o Japão, a partir das 11h, horário de Brasília.

Nas preliminares, os seis judocas escalados para os duelos iniciais perderam apenas duas lutas, vencendo Polônia e Canadá por cinco a um para avançar à semifinal. No penúltimo combate, o Brasil bateu a Rússia por 4 a 2 para chegar à primeira decisão do Mundial por Equipes

OITAVAS-DE-FINAL: BRASIL 5 X 1 POL

O primeiro adversário foi a Polônia em duelo válido pelas oitavas-de-final. Para este combate, a seleção foi escalada com: Rafaela Silva (57kg), Marcelo Contini (73kg), Maria Portela (70kg), Eduardo Bettoni (90kg), Maria Suelen Altheman (+70kg) e David Moura (+90kg).

A campeã olímpica abriu o duelo com vitória por waza-ari e Marcelo Contini (73kg) ampliou a vantagem com uma vitória por ippon. Maria Portela (70kg) imobilizou Karolina Talach por 20 segundos e marcou o terceiro ponto brasileiro. Eduardo Bettoni (90kg) jogou Piotr Kuczera por um waza-ari, marcou o quarto ponto e garantiu o Brasil nas quartas. Maria Suelen Altheman (+70kg) também imobilizou Anna Zaleczna até o ippon e aumentou o placar para 5 a 0. A Polônia conseguiu um ponto de honra no último combate com Maciej Sarnacki imobilizando David Moura por 20 segundos. Resultado final: Brasil 5 x 1 Polônia.

QUARTAS-DE-FINAL: BRASIL 5 X 1 CANADÁ

Novamente, Rafaela Silva abriu o confronto, mas caiu de waza-ari para Jessica Klimkait. Marcelo Contini levou um waza-ari de Antoine Bouchard, respondeu com outro e imobilizou o adversário no golden score para empatar a disputa. Maria Portela, também no golden score, superou Kelita Zupancic por um waza-ari, e Victor Penalber ampliou a vantagem para 3 a 1, com dois waza-aris sobre Louis Krieber Gagnon (90kg). Maria Suelen imobilizou Portuondo na quarta luta e garantiu o Brasil na semifinal com o quarto a um. Por fim, Rafael Silva jogou Kyle Reyes por waza-ari e fechou o placar.

SEMIFINAL: BRASIL 4 X 2 RÚSSIA

Rafaela Silva começou bem, com vitória por um waza-ari sobre Anastasiia Konkina. Na segunda luta, Eduardo Katsuhiro (73kg) forçou uma punição por passividade a Uali Kurzhev, no golden score, e fez o segundo ponto do Brasil. Em luta equilibrada no terceiro encontro, Maria Portela (70kg) foi paciente para finalizar Alena Prokopenko no quarto minuto do golden score, imobilizando a adversária por 20 segundos (ippon). A Rússia diminuiu, com Igor Igolnikov jogando Penalber de ippon, mas Maria Suelen Altheman, em grande forma, pontuou com um waza-ari e, na sequência, imobilizou Sokolova até o ippon para garantir o Brasil na final. Renat Saidov superou Rafael Silva na última luta, mas já era tarde. Brasil 4, Rússia 2.

Entenda como funciona a competição por equipes mistas

Neste tipo de prova, cada confronto entre países tem seis lutas. Vence o duelo o país que tiver o maior número de vitórias individuais. O primeiro critério de desempate é o número de vitórias por ippon e o segundo é o número de vitórias por waza-ari. Se ainda assim o empate permanecer, será sorteada uma categoria de peso para fazer a luta final de desempate no formate de golden score, ou seja, o atleta que obtiver a primeira vantagem, mesmo que seja apenas uma punição, vence.

É a primeira vez que Federação Internacional de Judô está testando esse modelo de disputa com equipes formadas por homens e mulheres. O evento já está confirmado no programa oficial dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, também de forma inédita.

Antes, as provas por equipes era separadas por gênero e não eram disputadas nas Olimpíadas. Nesse formato, o Brasil tem quatro pratas e dois bronzes, no masculino, além de um bronze e uma prata, no feminino.