22 de dezembro de 2024
Brasileiro sênior será disputado em legado olímpico com transmissão ao vivo no SporTV
Campeonato Brasileiro Sênior De Judô 2017
07/11/2017
Por PAULO PINTO | Fotos BUDOPRESS/CBJ e MARCELO LOPES/FPJ
Curitiba – PR Atualizado às 19h
O Campeonato Brasileiro Sênior desta temporada realiza-se nos dias 11 e 12 de novembro no Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas (BA), um dos poucos legados dos Jogos Olímpicos Rio 2016 em plena atividade e que, além de ser servir como arena multiuso, cumpre importante papel social, abrigando projetos socioeducativos que atendem mais de mil crianças. As finais desta edição terão transmissão ao vivo inédita pelo canal SporTV.
Será a última competição do ano válida para o ranking nacional dos atletas: 120 pontos para o campeão de cada categoria. Para que todas as disputas por medalhas sejam transmitidas ao vivo, elas se realizarão no domingo (12). Assim, as fases eliminatórias dos 16 pesos (superligeiro, ligeiro, meio-leve, leve, meio-médio, médio, meio-pesado e pesado, feminino e masculino) ocorrerão no sábado (11).
Da mesma forma que a Confederação Brasileira de Judô inova e sai na frente das demais modalidades olímpicas, conseguindo firmar acordo com a SporTV para transmitir as finais do seu principal campeonato, a Revista Budô se antecipa e mostra o significado desse feito.
Para isso, entrevistou representantes de todos os setores da gestão do judô nacional, de dirigentes esportivos a diretores de clubes, presidentes de federações estaduais e técnicos, os quais avaliaram a importância da transmissão de TV para popularização da modalidade, aumento do interesse entre os próprios praticantes e conquista de novos patrocínios.
Os objetivos da CBJ
Sílvio Acácio Borges, presidente CBJ, ressaltou que a transmissão ao vivo das finais do campeonato brasileiro expõe nacionalmente a imagem dos atletas e dos campeões e amplia o interesse pela modalidade. “Todos nós ganhamos com isso: a CBJ, o esporte e, acima de tudo, judocas, clubes e patrocinadores”, afirmou. Ele destacou também a importância dos próximos cinco torneios que se realizarão no Brasil: os Grands Prix masculino e feminino, o Campeonato Brasileiro Sênior, o Desafio Internacional e a seletiva sub 21, todos com transmissão pela TV. “Acho que nunca aconteceu de termos essa sequência tão grande de eventos com transmissão ao vivo por emissoras de televisão.”
A maior importância da transmissão de TV, além da visibilidade, é dar condições para que se formem novos ídolos antes de eles se consagrarem internacionalmente, que é o que ocorre hoje, analisou o gestor executivo da CBJ, Robnelson Ferreira. “Os atletas de judô, assim como os de outras modalidades olímpicas, quando chegam a ser conhecidos, já trilharam um caminho de sucesso internacional. A exposição para todo o País deve dar a eles maiores possibilidades de patrocínio, por exemplo. Além disso, vai tornar o judô mais palatável e conhecido fora do período olímpico.”
“Já temos os Grands Prix Interclubes, feminino e masculino, transmitidos pela televisão, além dos Super Desafios BRA. Concretizar a transmissão no SporTV do Campeonato Brasileiro Sênior, a nossa competição mais nobre e que reúne os melhores atletas do País, sem dúvida é mais uma grande conquista para o judô brasileiro. Isso aumenta a nossa responsabilidade em tornar os eventos nacionais do calendário da CBJ cada vez melhores em termos de organização”, avaliou Matheus Theotônio, gestor nacional de eventos da CBJ.
Para Ney Wilson, gestor técnico da CBJ, a transmissão ao vivo do campeonato foi “um avanço sensacional”, dando exposição de mídia para os clubes, para as federações estaduais e para a CBJ e seus patrocinadores. “E, principalmente, projeta os atletas da modalidade no cenário esportivo nacional, criando ídolos.”
A transmissão do brasileiro sênior pela TV traduz a seriedade do trabalho realizado na CBJ hoje, concomitantemente aos excelentes resultados alcançados pelos atletas no cenário internacional, na avaliação de Nilson Gama, vice-presidente da CBJ. “O Brasil desponta hoje no ranking da Federação Internacional de Judô devido à excelente gestão da CBJ, respaldada pelo esforço dos dirigentes estaduais e pelo enorme empenho de professores que desenvolvem um grande trabalho nos Estados”, afirmou.
“A palavra chave é oportunidade. Os atletas que não apareciam na mídia agora poderão exibir seu patrocínio nacionalmente. A TV dará uma visibilidade que nunca tiveram”, destacou Danys Queiroz, vice-presidente da CBJ. Em outras palavras, o público ficará conhecendo uma quantidade gigantesca de atletas de qualidade, e não apenas aqueles da seleção. “Tenho brigado há anos pela valorização dos eventos nacionais, e a transmissão pela TV vem ao encontro disso.”
Seloí Totti, vice-presidente da CBJ, qualificou a transmissão ao vivo do brasileiro sênior como uma ação extraordinária, não apenas para a marca judô, mas principalmente para os atletas menos conhecidos, que terão mais visibilidade e poderão pleitear futuros patrocinadores. “Se quisermos seguir avançando, teremos cada vez mais de fomentar a prática de nossa modalidade em todos os rincões do País, e a transmissão deste campeonato certamente atende ao propósito de massificar o judô no Brasil.”
Maurício Carlos dos Santos, da MCSports e um dos responsáveis pela projeção do Centro Pan-Americano de Judô como arena multiuso, explica como foi pensada a reestruturação desse legado. “Depois dos Jogos Rio 2016, vimos a importância de valorizar os eventos nacionais, atletas, clubes e federações e colocar as finais dos principais torneios na televisão. Levamos essa proposta para o presidente Sílvio Acácio, que foi prontamente aceita, e as instalações da CBJ na Bahia estão prontas para receber as transmissões com custo mais baixo do que qualquer outro local no País.” Ele não tem dúvidas de que a exibição ao vivo dos próximos eventos do judô brasileiro vai abrilhantar ainda mais o futuro da modalidade.
Dirigentes estaduais mostram entusiasmo
“Sem recursos ninguém faz nada, e com a visibilidade da televisão o judô se projeta no cenário midiático nacional”, observou César de Castro Cação, presidente da Federação Gaúcha de Judô. Para ele, a transmissão repercute muito nos Estados e influencia clubes e as próprias federações, além de ajudar na captação de novos patrocinadores e apoiadores. E enfatizou: “Ninguém investe naquilo que não aparece e nem dá retorno”.
Na opinião do dirigente gaúcho, o departamento de marketing da CBJ, principalmente a equipe do Maurício Carlos dos Santos, merece reconhecimento pelo trabalho que desenvolve no setor midiático e pela divulgação que proporciona ao judô. “Gostaria de tê-los em meu clube, pois certamente teríamos muitos apoiadores e recursos para investir nas modalidades olímpicas.”
A popularidade de qualquer esporte aumenta muito com a cobertura televisiva, reconhece Nédio Henrique Mendes da Silva Pereira, presidente da Federação Mineira de Judô. Tendo acesso ao esporte, conhecendo as regras e a qualidade dos atletas, o interesse do público aumenta, e com mais visibilidade o apoio financeiro passa a funcionar cada vez melhor. “Por esse motivo, toda a comunidade do judô mineiro recebe com grande entusiasmo a notícia da transmissão ao vivo do brasileiro sênior”, garantiu.
Moisés Gonzaga Penso, presidente da Federação Catarinense de Judô, prometeu mobilizar todas as escolas de judô para alcançar na TV uma audiência expressiva e compatível com a importância da modalidade. “Com certeza esta novidade dará mais visibilidade para o judô de forma geral e aos atletas, técnicos e patrocinadores. “Vai possibilitar que o País todo acompanhe um evento que reúne os melhores atletas brasileiros.”
“Nossa equipe de marketing está projetando e vendendo o judô como a coisa mais linda do mundo, e com esta iniciativa da transmissão ao vivo pela TV todos os Estados poderão ver seus representantes lutando. O Brasil inteiro vai poder acompanhar e todos se esforçarão para prestigiar amigos e parentes na disputa nacional”, declarou Georgton Thomé Burjar Moura Pacheco, presidente da Federação de Judô do Estado de Tocantins.
Depois de recordar os avanços da modalidade nos últimos anos, o dirigente destacou as inovações promovidas por Sílvio Acácio com apoio de toda a equipe de marketing da MCSports. “O judô é um produto, e como tal tem de ser visto para ser vendido. Temos de aproveitar esta maré boa, as medalhas que os atletas estão ganhando nas competições internacionais e projetando o Brasil no cenário mundial”, concluiu o dirigente tocantinense
Tibério Maribondo do Nascimento, presidente da Federação de Judô do Estado do Rio Grande do Norte, garantiu que a transmissão terá grande audiência em seu Estado. “Com certeza a presença na TV será muito importante. Atletas de todo o País terão a oportunidade de lutar com os melhores judocas do ranking nacional. Nós faremos nossa parte na divulgação da transmissão da SporTV.”
“Acredito que a transmissão ao vivo das finais do brasileiro sênior seja a maior notícia do ano no campo midiático”, comemorou Francisco de Carvalho Filho, presidente da Federação Paulista de Judô. “Não posso deixar de dar o mérito ao presidente Sílvio Acácio por sua visão e desprendimento, assim como ao Maurício Carlos. Se não fosse ele e sua equipe, talvez não tivéssemos metade dos resultados que conseguimos no judô brasileiro em todos estes anos.”
O dirigente paulista enfatizou que a transmissão pela TV advém das ações de marketing e será pautada pela gestão de eventos da CBJ. “Essa parceria ratifica o nível de profissionalismo que a CBJ e o judô atingiram em nosso País. Quem tem um marketing bom consegue resultados expressivos. Além de recursos financeiros e patrocínios, obtivemos resultados políticos extremamente importantes interna e externamente, entre os quais, com todos os méritos, a eleição do professor Paulo Wanderley Teixeira, nosso ex-presidente, para a presidência do Comitê Olímpico do Brasil.”
“Precisamos que o esporte ocupe um espaço cada vez maior na mídia nacional e mundial, substituindo tragédias por emoções da vitória, o espírito de competição sadio e a cultura de civismo que proporciona a todos”, proclamou César Augusto Progetti Paschoal, presidente da Federação de Judô do Mato Grosso do Sul.
O dirigente sul-mato-grossense considera a transmissão do campeonato pela TV uma iniciativa de grande felicidade, permitindo que milhares de técnicos, árbitros, atletas, pais e amigos assistam às lutas e torçam por seus judocas. Ele não tem dúvidas de que com a transmissão pelo SporTV a marca judô sairá mais fortalecida.
José Caldeira Cardoso Neto, presidente da Federação Cearense de Judô, fez questão de deixar registrados seus cumprimentos à equipe de marketing da CBJ, e ao presidente Sílvio Acácio pela visão e determinação de projetar cada vez mais a modalidade no cenário midiático. “Acredito que a transmissão do brasileiro sênior pelo SporTV será mais um marco para o judô brasileiro. Fica meu desejo de que esta seja a primeira de muitas transmissões.”
Luiz Hisashi Iwashita, presidente da Federação Paranaense de Judô, disse que a transmissão ao vivo pelo SporTV foi mais uma excelente notícia, fruto da iniciativa, da coragem e do desprendimento da nova gestão da CBJ. “Por meio desta transmissão aproximaremos toda uma nova geração de atletas ao público em geral e, midiaticamente falando, teremos a oportunidade de mostrar que o judô é um excelente produto. Parabenizo a nossa diretoria, a gestão nacional de eventos e a equipe de marketing por mais esta importante inovação.”
Lembrando que o judô já chamou atenção na TV este ano com o reality show Ippon, Antônio Jovenildo de Silva Viana, presidente da Federação Amapaense de Judô, classificou a transmissão ao vivo das finais do brasileiro sênior como um grande marco para a modalidade. “Todos ganham: clubes com o aumento de novos praticantes, atletas, pela motivação, e patrocinadores com a visibilidade do seu produto. Parabéns ao judô brasileiro!”
Mais incentivo para os clubes
Arnaldo Luiz Queiroz, diretor de Esportes Olímpicos e Formação do Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo, considera sensacional a transmissão do campeonato pela TV. “Todos nós da comunidade judoista – clubes, atletas, professores e dirigentes – estávamos bastante desconfortáveis porque víamos judô em canais da TV fechada, mas apenas eventos mundiais. Não tínhamos a oportunidade de conhecer o que acontece antes. Ou seja, os atletas que brilham mundialmente brilham primeiro nas competições realizadas no Brasil.”
Queiroz destaca que é preciso criar ídolos no Brasil e mostrá-los à juventude. E lembrou que o Pinheiros classificou 14 dos 18 judocas de São Paulo que participarão do brasileiro. “Estamos muito felizes por ter esta exposição não só para os nossos atletas, mas para os de todo o Brasil. Com isso trazemos mais interesse e, por consequência, patrocínios, tornando o negócio do esporte mais saudável e autossuficiente. Resumindo, a iniciativa do departamento de marketing da CBJ foi excepcional.”
Carlos Henrique Martins Teixeira, vice-presidente do Minas Tênis Clube, concorda que a transmissão ao vivo de um campeonato nacional atrai o telespectador e, logicamente, os patrocinadores. “Todos os atores partícipes do judô se beneficiam da maior exposição midiática, que proporciona as condições necessárias para que patrocinadores se interessem. A mídia digital e as chamadas que antecedem o evento são igualmente importantes. Estamos num mundo onde inovação e a tecnologia são ferramentas indispensáveis”, assegurou o dirigente mineiro.
Na opinião de Daniel Dell’Aquila, presidente do Clube Paineiras do Morumby, transmitir esse evento na TV e ao vivo é essencial para o crescimento contínuo do judô. Isso não só populariza as técnicas de judô entre os leigos, mas também proporciona o contato com a filosofia da modalidade, com valores como persistência, determinação e superação. “Por outro lado”, observou, “é uma excelente oportunidade para atrair novos patrocínios, que são fundamentais no esporte de alto rendimento. Como dirigente, parabenizo a CBJ e demais setores da entidade, que certamente batalharam bastante para que o evento se concretizasse neste novo formato.”
Antônio Carlos Pereira (Kiko), técnico da Sogipa e um dos treinadores mais laureados do País, lembrou que os clubes necessitam dar visibilidade para os seus atletas e patrocinadores. “Esperamos ter alguns atletas nas finais, e faremos uma mobilização e divulgação gigantescas por meio das redes sociais aqui no Sul.”
Elias Nunes Dourado, diretor geral da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), disse que recebeu com alegria a notícia de que o campeonato de judô terá transmissão ao vivo pela TV. “É sempre bom divulgarmos amplamente o esporte que mais medalhas olímpicas deu ao Brasil.”
Além disso, na visão de Dourado, a televisão é importante para dar visibilidade ao Centro Pan-Americano de Judô, oferecendo excelente oportunidade para o governo baiano mostrar que valeu a pena o investimento feito num moderno equipamento esportivo, voltado não só para o judô, mas também para outras modalidades. “O CPJ muito nos orgulha, por ser um legado olímpico importante não só para os atletas da Bahia, mas de todo o Brasil e da América Latina”, concluiu.