22 de dezembro de 2024
Seleção Brasileira de Karatê tem cinco baianos na luta por vaga nos Jogos de Tóquio 2020
Atletas baianos integram o grupo de 95 karatecas convocados para atuar na equipe de brigará por vagas na Olimpíada
Karatê do Brasil
01/04/2018
Fonte AURÉLIO LIMA I Fotos BUDÔPRESS
Salvador – BA
A menos de dois anos para a definição dos karatecas que disputarão os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, cinco baianos estão confirmados na equipe olímpica 2018 pela Confederação Brasileira de Karatê (CBK). Williames Santos, Patrícia Carvalho, Lúcio Almeida e Milton Menezes, de Salvador, além de Hanna Lopes, de Itabuna, integram um grupo de 95 karatecas convocados para o time.
Inicialmente, o grupo vai competir em uma seletiva nacional. De acordo com a CBK, nesse primeiro desafio eles vão pontuar em um ranking especial que tem como objetivo uma vaga por categoria para o Campeonato Mundial Sênior, que será disputado de 5 a 11 de novembro, em Madri, na Espanha.
As edições dos Jogos Pan-Americanos e os campeonatos mundiais costumavam ser o evento de maior relevância para o karatê. Isso mudará a partir de dos Jogos de Tóquio, quando será feita a inserção da modalidade na Olimpíada.
“Eu estava em casa, acompanhando a votação em tempo real e ao mesmo tempo me comunicando com atletas em várias partes do mundo pelas redes sociais”, contou Williames, de 28 anos, lembrando a histórica votação de 3 de agosto de 2016, no Rio, que incluiu o esporte nos Jogos Olímpicos.
Atual líder do ranking nacional do kata individual sênior masculino, ele é o principal destaque baiano no Time Brasil. O kata é a luta imaginária demonstrada individualmente pelos atletas, enquanto o kumitê envolve troca de golpes e o contato físico.
No ranking olímpico, que começou a disputar este ano, Williames ocupa a 66ª colocação. Já Patrícia é a quinta no ranking feminino do kata individual sênior, estando em busca de pontos no ranking mundial, enquanto Lúcio é o terceiro melhor brasileiro na categoria kumitê 67kg.
O critério de classificação para a Olimpíada é a participação no Circuito Mundial da World Karatê Federation (WKF), e as competições em sua maioria acontecem na Europa. “Participando do circuito temos chance de classificar e, consequentemente, de brigar por medalhas em Tóquio”, disse Williames.
Concorrendo a uma vaga de técnico para os Jogos de Tóquio, o francês naturalizado brasileiro Fabrice Chiron teme que a vaga se torne impossível. “Cada categoria terá dez atletas e apenas um de cada país se classifica. Pelo critério do ranking mundial, só vão quatro atletas classificados por categoria”, explicou.
Se não passarem por esse funil, os brasileiros terão ainda outros dois eventos. “A Seletiva Classificatória em Paris, em maio de 2020, classifica mais três por categoria. Depois, tem o ranking continental, que classifica dois por categoria”, completou Fabrice, que é radicado na Bahia. “Custa muito dinheiro disputar essas competições internacionais, mas se não participarmos do circuito não vamos pontuar no ranking e nos distanciaremos das vagas para os Jogos”, concluiu Lúcio Almeida.
Apreensivos, os atletas baianos consideram que seria uma pena, logo na primeira participação do karatê em uma olimpíada, ficar fora. “Aqui na Bahia a gente tem a chance de disputar em quatro ou cinco categorias, das oito existentes. Chance real de medalha em todas as categorias. O que falta realmente são os recursos para disputar os eventos do calendário da WKF”, afirmou Williames.