Presidente do COB participa da segunda assembleia consecutiva da Confederação Brasileira de Judô

O presidente do COB na assembleia da CBJ realizada em março

Após participar da primeira assembleia da CBJ da temporada, no dia 15 de março no auditório do Comitê Olímpico do Brasil, Paulo Wanderley Teixeira participou da assembleia extraordinária no Windsor Plaza Hotel

Gestão Esportiva
10/07/2018
Por PAULO PINTO I Fotos BUDÔPRESS E ARQUIVO
Rio de Janeiro – RJ

Promovido ao 8º dan durante o Encontro do Kodanshas e Lideranças do Judô Brasileiro, realizado em São Paulo em 18 de novembro, e nomeado presidente de honra da Confederação Brasileira de Judô em 19 de novembro, quando já havia assumido a presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB), o ex-presidente da CBJ mostra que ainda tem o grupo de dirigentes nas mãos e que continua dando as cartas no judô brasileiro.

Paulo Wanderley entre os dirigentes da CBJ

Seguindo os passos de Fernando Henrique Cardoso, o eterno comandante do PSDB, na assembleia geral extraordinária da CBJ, no dia 30 de junho, Paulo Wanderley lamentou não poder atender aos inúmeros convites feitos pelos dirigentes das demais modalidades olímpicas para participar de suas assembleias.

“Como presidente do Comitê Olímpico do Brasil, recebo muitos convites para participar das assembleias e dos principais encontros promovidos pelos dirigentes das demais entidades esportivas, mas sou obrigado a declinar em função do pouco tempo que possuo. Mas com o judô é diferente porque é uma modalidade que está no meu sangue e não posso deixar de prestigiar os eventos e rever os amigos”, disse o presidente do COB.

Alessandro Puglia, presidente da FPJudô

Mantendo a tradição e o mesmo modus operandi usado nos 16 anos em que esteve à frente da entidade, no dia 29 de junho Paulo Wanderley Teixeira se hospedou no Windsor Plaza Hotel, jantou com todos os presidentes que iriam participar da assembleia, e varou a noite atendendo aos inúmeros pedidos e demandas dos dirigentes estaduais. Essa prática, que lhe garantiu soberania absoluta no período em que esteve à frente da modalidade, aos poucos também está sendo implantada no COB, segundo ouvimos.

Mas, política à parte, os dirigentes estaduais enalteceram a presença do presidente do Comitê Olímpico do Brasil e grande gestor do judô na assembleia da CBJ.

José Caldeira Cardoso Neto, presidente da Federação Cearense de Judô com o colega espírito-santense

Em sua avaliação da AGE, Nédio Henrique Pereira, presidente da Federação Mineira de Judô, destacou a importância da participação do presidente do COB no evento.

“Em seu discurso, Paulo Wanderley enfatizou a necessidade da manutenção da unicidade do judô brasileiro e da predisposição da abertura ao diálogo para solução dos problemas porventura surgidos”, disse o dirigente mineiro.

César Augusto Progetti Paschoal, presidente da Federação de Judô de Mato Grosso do Sul, destacou a aproximação e o vínculo existentes entre o presidente do COB e os dirigentes do judô de todos os Estados.

“Contamos com a presença ilustre do professor Paulo Wanderley, que no resumo de sua fala destacou a importância de manter-se a unidade no judô brasileiro. E ele está certo. O momento é de união e diálogo franco e aberto na busca de soluções para os problemas que apareçam. Individualmente o professor Paulo pôde ouvir os presidentes que desejaram ter uma conversa informal com ele, o que demonstra a vontade do presidente do comitê olímpico de alimentar a amizade que o une aos presidentes de cada federação estadual. Isso é judô. Um esporte diferenciado por contar justamente com esta interação social, que Jigoro Kano denominou jita-kyo-ei”, disse o dirigente sul-mato-grossense.

Os presidentes do COB e da CBJ se cumprimentam na assembleia geral ordinária

Enfático, José Caldeira Cardoso Neto, presidente da Federação Cearense de Judô, destacou a importância do judô no cenário esportivo do País.

“A presença de Paulo Wanderley, presidente do COB, em nossa assembleia geral reforça a importância do judô no cenário esportivo brasileiro. Também serviu para termos uma visão geral da conjuntura do esporte nacional”, lembrou o presidente cearense.

Um dos depoimentos mais calorosos foi feito por Antônio Luiz Milhazes Filho, presidente da Federação Alagoana de Judô.

“A participação e a atuação do presidente Paulo Wanderley na AGE foram de fundamental importância. Ele comprovou que, independentemente do cargo que ocupa, é um grande judoca. Com todo o carisma e talento que lhe são peculiares, ele externou grande equilíbrio e comprovou que é um grande gestor esportivo unindo as pessoas envolvidas no processo”, disse Milhazes, lembrando que com a sua presença o gestor do COB estabeleceu a harmonia no encontro.

O presidente do Comitê Olímpico do Brasil recebendo a graduação de professor kodansha 8º dan de Nilson Gama, 1º vice-presidente da CBJ

“Com extrema habilidade ele enfatizou que todos que lá estavam buscam o crescimento do judô, mas enfrentamos um momento difícil em nível nacional e estadual, com perdas significativas de receitas, o que acaba gerando um clima de animosidade. Mas a presença do Paulo Wanderley, o nosso presidente de honra, impõe respeito e estabelece o equilíbrio em todos os níveis. Sua presença foi de fundamental importância para que a assembleia transcorresse em total normalidade. Independentemente do cargo que ocupa, ele mostrou que acima de tudo é um judoca de respeito. Reitero que graças a sua presença tivemos uma AGE harmônica e tranquila”, concluiu o dirigente alagoano.

César Augusto Progetti Paschoal, presidente da Federação de Judô de Mato Grosso do Sul

Alessandro Panitz Puglia, presidente da Federação Paulista de Judô (FPJudô), lembrou os laços que unem o presidente do COB ao cenário e à comunidade do judô nacional.

“A presença do Paulo Wanderley na AGE deveu-se aos fortes laços que unem nosso ex-presidente com a modalidade. Ele participou da primeira assembleia realizada este ano e mais uma vez compareceu à AGE para rever os amigos. No encontro externou sua alegria pelo fato de o COB ter cumprido todas as metas e exigências do Ministério do Esporte e elogiou a CBJ por também se estar adequando às novas exigências estatutárias em vigência no País”, disse o dirigente paulista, que concluiu falando sobre os desdobramentos da MP 841.

“O professor Paulo destacou que a Medida Provisória № 841/2018 (MP 841), publicada no dia 12 de junho, prevê que, a partir de 2019, 78% do valor destinado pelas loterias ao Ministério do Esporte passarão para o recém-criado Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), fortaleceu e uniu a classe esportiva e dificilmente será aprovada. O presidente do Comitê Olímpico do Brasil encerrou falando que lentamente está impondo seu estilo de gestão na entidade, que já começa a apresentar os primeiros sinais de recuperação”, concluiu o presidente da FPJudô.

Paulo Wanderley e Ton Pacheco, presidente da Federação de Judô do Tocantins

A última avaliação da participação do presidente do COB na assembleia da CBJ foi feita por Georgton Thomé Burjar Pacheco, presidente da Federação de Judô do Tocantins.

“O presidente de honra da CBJ e presidente do COB marcou presença na AGE e iniciou seu pronunciamento lembrando que, mesmo não podendo fazer parte dos eventos das quase 40 modalidades olímpicas que ele comanda, não abre mão de participar da AGE da CBJ porque o sangue dele é CBJ Positivo e a história dele se confunde com a história da CBJ. Apesar do momento difícil que o judô atravessa e das funções que acumula à frente do comitê olímpico, ele fez um depoimento bastante descontraído”, disse o dirigente tocantinense.

Nédio Henrique Pereira, presidente da Federação Mineira de Judô

Ton Pacheco finalizou lembrando que, quando Paulo Wanderley foi indicado para a presidência de honra da CBJ, o já então presidente do COB não foi aclamado.

“Na verdade, até hoje eu só conheci três presidentes de honra: Paulo Wanderley Teixeira, Francisco de Carvalho Filho e Fernando Henrique Cardoso. Todos são discretos, mas em suas respectivas áreas e entidades os três mandam bastante. Contudo, lembro que o Paulo Wanderley não foi eleito presidente de honra por aclamação, pois em função do cargo que ocupa no COB e por seu histórico político no judô, eu fui radicalmente contra esta nomeação”, cravou o professor kodansha e presidente da Fejet.

Antônio Luiz Milhazes Filho, presidente da Federação Alagoana de Judô