15 de novembro de 2024
Absoluto, São Paulo conquista 80% das medalhas de ouro no Campeonato Brasileiro de Kata
Judocas paulistas fecham a competição com quatro medalhas de ouro, quatro de prata e duas de bronze, ou seja, dez das 15 medalhas em disputa
Por FPJCOM
29 de novembro de 2021 / Curitiba (PR)
A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) promoveu nos dias 6 e 7 de novembro o Campeonato Brasileiro de Kata 2021, de forma remota. O certame envolveu 27 duplas em disputas de nage-no-kata, katame-no-kata, kime-no-kata, ju-no-kata e kodokan goshin jutsu, valendo 15 medalhas.
Mantendo a tradição das competições de kata, os judocas paulistas sobraram nos tatamis e arrebataram dez das 15 medalhas em disputa sendo, quatro ouros, quatro pratas e dois bronzes, o que garantiu ao time bandeirante a primeira colocação geral no certame.
Em segundo lugar ficou o Estado da Bahia, que conquistou um ouro no kime-no-kata, com a dupla formada por Rone Araújo e Victor Araújo. Em terceiro lugar ficou o Ceará, com a medalha de prata no kodokan goshin jutsu, conquistada pela dupla Alencar Natanael e Luciano Botelho.
Em quarto lugar ficaram Pernambuco, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, que obtiveram uma medalha de bronze. A dupla formada pelos gaúchos Roberson Passos e Ubiratan Fortes conquistou vaga no pódio do kime-no-kata. Os pernambucanos Eduardo Santos e Joucelio Santos subiram ao pódio do kata kodokan goshin jutsu, enquanto os capixabas Locimar dos Santos e Ponterclair Barbosa levaram o bronze no katame-no-kata.
Supremacia paulista
Os quatro ouros obtidos por São Paulo foram conquistados por Paulo Roberto Ferreira e Roger Uchida, no nage-no-kata; Carlos Bevilacqua e Renan Meneses, no katame-no-kata; Aline Sukino e Roger Uchida, no ju-no-kata; e Leonardo Pavani e Marcelo Fontes, no kodokan goshin jutsu.
As quatro medalhas de prata dos paulistas foram obtidas por Taluan Nogueira e Carlos Pereira, no nage-no-kata; Ygor Marson e Pedro Santos, no katame-no-kata; Nádia Hori e Roberto Pereira, no ju-no-kata; e Airam Cunha e Sidney Fukayama, no kime-no-kata.
As duplas formadas por Yann Prado e Fabiano Barros, no nage-no-kata, e Agenor Júnior e Murilo Garcia, no ju-no-kata, levaram as duas medalhas de bronze paulistas.
Bicampeão mundial de nage-no-kata formando dupla com Wagner Uchida, no campeonato brasileiro Paulo Roberto Ferreira assegurou o ouro formando dupla com Roger Uchida, em função de Wagner Uchida estar atuando presencialmente como árbitro na seletiva paulista sênior.
“Pela primeira vez participamos de um campeonato online, mas achei válido e bem interessante, completamente diferente daquilo que estamos acostumados a fazer nas participações nacionais e internacionais”, explicou o bicampeão mundial Paulo Roberto Ferreira. “Deve ser muito mais difícil de avaliar, mas para nós, atletas, não mudou muito. Foi mais uma apresentação das quais nós estamos sempre fazendo.”
Escola paulista e o Kodokan
O professor kodansha Luís Alberto dos Santos, coordenador de cursos da Federação Paulista de Judô e uma das principais referências do kata no continente americano, avaliou o formato do certame realizado pela Confederação Brasileira de Judô.
“A Federação Paulista de Judô alinha seu Módulo de Fundamentos Técnicos com o aquilo que é feito no Instituto Kodokan de Tóquio.”
“Ainda em momento de pandemia, a CBJ adotou o formato virtual para o Campeonato Brasileiro de Kata de duplas, realizado com total segurança e com todos os judocas se apresentando em seus ambientes de treino. Vimos competições de nage-no-kata, katame-no-kata, ju-no-kata, kime-no-kata e kodokan goshin jutsu. Nas cinco categorias em disputa São Paulo foi o destaque, apresentando nível técnico altíssimo. As duplas representaram a FPJudô com extrema competência, trazendo para nosso Estado dez expressivas medalhas”, pontuou Luís Alberto.
“A Federação Paulista de Judô alinha seu Módulo de Fundamentos Técnicos com o aquilo que é feito no Instituto Kodokan de Tóquio, apresentando e executando as técnicas como elas são reconhecidas pelo instituto. Este é um diferencial muito importante, pois não trabalhamos somente com as técnicas contidas no gokio, melhorando de forma significativa o kihon dos nossos filiados, ampliando suas habilidades e conhecimento acerca dos fundamentos do judô”, concluiu o dirigente.