07 de outubro de 2024
Ajinomoto Open da Divisão Especial surpreende e atrai quase 700 atletas já na primeira edição
Somando pontos no ranking paulista, competição reúne jodocas das classes sub 15, sub 18 e sênior de 67 agremiações e promete tornar-se um dos principais eventos no calendário da FPJudô.
Por Paulo Pinto / fpjcom
16 de maio de 2023 / São Paulo (SP)
Com o apoio da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Esportes e Cultura de São Carlos, a 8ª Delegacia Regional Oeste da Federação Paulista de Judô (FPJudô) realizou no dia 7 de maio o Ajinomoto Open da Divisão Especial, reunindo 682 atletas de 67 agremiações no imponente Ginásio Poliesportivo Milton Olaio Filho, na Vila Lutfalla, em São Carlos (SP).
A competição, que antes havia sido realizada experimentalmente, foi retomada e já em sua primeira edição tornou-se sucesso absoluto, recebendo número expressivo de clubes e atletas das classes sub 15, sub 18 e sênior. Como destaque especial apontamos a enorme presença de competidores com passagem pela seleção brasileira principal.
Nomes como Eric Gomes Takabatake, Ketelyn Araújo Nascimento, Mariana dos Santos Silva e Vinícius Taranto Panini, do Esporte Clube Pinheiros, e Laura Louise Nunes Ferreira, do Club Athletico Paulistano, entre outros, mostraram seu talento no certame.
Outro fator preponderante foi a presença maciça da nova geração de técnicos em torno dos tatamis em São Carlos, vindos de todas as regiões do Estado e representando pequenas, médias e grandes agremiações. É verdadeiramente estimulante e encorajador ver a força e a qualidade do trabalho de uma nova geração que tem como principais fundamentos a velha e tradicional escola de judô paulista, associados ao conhecimento adquirido em universidades e em especializações e pós-graduações.
Marco Aurélio Uchida, coordenador técnico da FPJudô, lembrou que o Ajinomoto Open da Divisão Especial foi lançado em 2019, mas ficou interrompido em função da pandemia da covid-19.
“Podemos dizer que este foi um evento inédito porque mal começamos e já tivemos de interrompê-lo em funçãp da pandemia. Um dos principais objetivos da retomada é incluir o torneio no calendário estadual para aumentar a grade de competições para as equipes que disputam o campeonato paulista, uma vez que ele soma pontos no ranking estadual. Antes tínhamos três eventos valendo pontos, e com a inclusão do Open Ajinomoto passamos para quatro e isso é determinante para o aprimoramento técnico dos nossos atletas.”
O dirigente detalhou que uma das prioridades deste evento é elevar ainda mais o nível dos judocas que compõem a seleção paulista. “Buscamos sempre formar o melhor time para os campeonatos brasileiros. Então, maior número de competições valendo pontos no ranking estadual resultará numa equipe mais linear, ou seja, com atletas mais constantes durante o desenrolar da temporada.”
Marco Uchida cumprimentou os técnicos das 67 agremiações presentes que, segundo ele, realizaram excelente trabalho na preparação dos atletas das três classes disputadas em São Carlos.
“A qualidade técnica exibida nas classes sub 15, sub 18 e sênior foi muito boa. Vimos diversos atletas que estão brigando por vaga na seleção brasileira sênior, além de alguns que até já estiveram nela e agora querem retornar. Então, se pegarmos a classificação individual do open, vamos ver judocas da seleção com medalhas de ouro, prata e bronze, e até mesmo na quinta colocação, que brigam para permanecer na seleção brasileira ainda neste ciclo olímpico. Por si só, este indicador nos permite afirmar, sem medo de estar exagerando, que o nível técnico da primeira edição do Ajinomoto Open da Divisão Especial foi altíssimo.”
Projeção positiva
O coordenador técnico da Federação Paulista de Judô fez uma projeção objetiva e bastante otimista para o Ajinomoto Open da próxima temporada.
“Diante da resposta dos nossos filiados já nesta primeira edição, fazemos uma projeção muito positiva para o próximo ano. É comum que a cada ano mais atletas se inscrevam nas competições, mas o open da divisão especial já começou grande e imponente. Certamente teremos um evento muito maior em 2024”, disse Uchida, que finalizou falando sobre a estrutura da competição.
“Procuramos trabalhar e fazer tudo sempre com total transparência e com o apoio da comunidade. Para tanto contamos com a colaboração de vários técnicos que sempre atuam conosco. Profissionais que são sempre consultados e ouvidos, dando sugestões e até mesmo tecendo críticas construtivas. Buscamos sempre oferecer o melhor evento possível aos nossos filiados, ou seja, entregar a melhor competição, e acredito que agora nós atingimos o nível de excelência. Se formos analisar o Open Ajinomoto da Divisão Especial estatisticamente, notaremos uma estrutura bem diferente do habitual. Utilizamos áreas oficiais e tatamis novos, e a escala de horários ficou mais perto do ideal. Foi um evento muito bem planejado e organizado, fruto da sinergia entre todos os setores da FPJudô, e não apenas de uma pessoa ou setor da administração. Estou certo de que todos os professores terão muitas coisas boas para falar sobre a organização e as inovações do Open.”
Sesi-SP mantém invencibilidade
A equipe comandada pelos professores Alexandre Lee e Victor Soares manteve a escrita da temporada sagrando-se campeã do Open Ajinomoto da Divisão Especial de 2023, após conquistar oito medalhas de ouro, quatro de prata e nove de bronze, que totalizaram 64 pontos. A consistência do trabalho realizado pela equipe de Botucatu é tão grande que os atletas do Sesi-SP ainda conquistaram dez quintos lugares.
O Clube Paineiras do Morumby, o vice-campeão, conquistou 15 medalhas, sendo sete de ouro, duas de prata e seis de bronze, que totalizaram 47 pontos. Comandada pelo professor Carlos Kira Yamazaki, a comissão técnica do clube conta com a participação ativa de três técnicos: o vice-campeão olímpico Carlos Eduardo Honorato, Ricardo Lara Julianetti e Mariana Barros. A escolinha de formação do Paineiras é comandada pelo sensei Bruno Henrique, que a cada temporada prepara novos atletas para a transição.
Pinheiros atropela no sênior
O terceiro colocado na classificação geral foi o Esporte Clube Pinheiros, que se garantiu entre os primeiros colocados conquistando 14 medalhas, sendo cinco de ouro, cinco de prata e quatro de bronze.
Contudo, é preciso pontuar que as cinco medalhas de ouro foram todas contabilizadas pelo Pinheiros na classe sênior, o que coloca o clube na liderança absoluta entre os adultos.
As medalhas de ouro do Pinheiros foram conquistadas por Fernanda Costa Rodrigues (meio-leve), Ketelyn Araújo Nascimento (meio-médio), Mariana dos Santos Silva (médio), Beatriz Furtado Petri de Freitas (meio-pesado) e Jonas Irwyng Castro Ribeiro (leve).
Comandada pelo renomado professor kodansha hachi-dan (8º dan) Sérgio Malhado Baldijão, supervisor-geral do departamento de judô, a comissão técnica pinheirense é composta por Leandro Marques Guilheiro, coordenador técnico de alto rendimento; Denilson Moraes Lourenço, o Zoio, e Maria Suellen Altman, técnicos do alto rendimento; Raphael Luiz Moura dos Santos Silva, o Juquita, coordenador técnico da base; Andréia Romanovsk, Rafael Bondezan e Jaqueline Souza, técnicos da iniciação e formação; Lorenzo Capelli e Cláudio, preparadores físicos; Hamilton Araújo Nascimento, fisioterapeuta; e Fernanda Bolzan Carneir, psicóloga.
A arbitragem do Ajinomoto Open da Divisão Especial de 2023 foi supervisionada pela professora kodansha e árbitra FIJ A Marilaine Ferranti Antonialli, que comandou brilhantemente os 34 árbitros que atuaram na competição.
A coordenação de oficiais técnicos ficou a cargo do professor Luís Fernando Carvalho Silva, da 8ª DR Oeste, que comandou os 54 oficiais que atuaram nas seis áreas de disputa. As professoras Glace Silva e Ana Paula Aquino comandaram o trabalho dos sete sumulistas que atuaram na competição.
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