Alana Maldonado conquista o primeiro ouro do judô em Paris e torna-se bicampeã paralímpica

Bastante emocionada, Alana Maldonado acompanha e execução do Hino Nacional © Sport TV

A judoca do Time Ajinomoto conquistou a medalha de prata na Rio 2016, o primeiro ouro em Tóquio, e agora, na França, se consagra como a maior medalhista feminina do Brasil.

Por Paulo Pinto / Global Sports
6 de setembro de 2024 / Curitiba, PR

Com 29 anos e bicampeã mundial, a paulista Alana Maldonado agora também é bicampeã paralímpica. A judoca de Tupã alcançou essa façanha ao vencer a chinesa Yue Wang na final da categoria 70kg, da classe J2.

Por ser a número 2 do ranking mundial, Alana entrou direto na fase semifinal, assim como sua adversária na final. Antes, porém, a judoca do Time Ajinomoto derrotou a japonesa Kasuza Ogawa em uma luta que começou equilibrada, mas logo a brasileira assumiu o comando das ações. Quando faltavam 27 segundos para o final, ela encaixou um ippon, garantindo a vitória e uma vaga na final.

Alana Maldonado faz sinal de bicampeã paralímpica © Alexandre Schneider/CPB

Na disputa pelo ouro, a brasileira entrou com muita determinação, tomando a iniciativa e mal permitindo que a chinesa fizesse o kumi-kata e encaixasse golpes. Faltando 3min24s, a judoca de Tupã derrubou a adversária, e o wazari foi confirmado após a verificação por vídeo. Um minuto depois, ela conseguiu outro wazari e fechou a luta, assegurando o bicampeonato paralímpico e consolidando seu nome na história.

Após a cerimônia de outorga das medalhas, Alana relembrou que a chinesa nunca havia perdido uma luta para ela. “Lutei contra ela três vezes neste ano e perdi todas. Além disso, na primeira vez que nos enfrentamos, em 2023, sofri uma lesão muito séria que me deixou um ano fora dos tatamis”, lembrou a brasileira.

O pódio dos 70kg, da classe J2 © Sport TV

Ela admitiu que esperava muito por esta nova medalha de ouro. “Sonhei demais com este momento. Eu me via no pódio, ouvindo o Hino Nacional, e Deus me fez acreditar que eu era capaz de fazer história de novo. Agradeço a todos os envolvidos nesta conquista, depois de um ciclo muito complicado para mim. Esta medalha não é só minha, é de todos que me ajudaram nesta jornada. Se pudesse resumir esta medalha em poucas palavras seria ‘gratidão para todos’”, concluiu a judoca bicampeã paralímpica.

Ela admitiu que aguardava ansiosamente por essa nova medalha de ouro. “Sonhei demais com este momento. Eu me via no pódio, ouvindo o Hino Nacional, e Deus me fez acreditar que eu era capaz de fazer história novamente. Agradeço a todos os envolvidos nesta conquista, depois de um ciclo muito complicado para mim. Esta medalha não é só minha, é de todos que me ajudaram nesta jornada. Se pudesse resumir esta medalha em poucas palavras, seria ‘gratidão a todos’”, concluiu a bicampeã paralímpica.

Pela segunda vez consecutiva, Alana elevou a bandeira do Brasil ao lugar mais alto e fez tocar o Hino Nacional © Sport TV

Além dos títulos paralímpicos, Alana também é bicampeã mundial, com conquistas em Baku 2022 e Portugal 2018. Ela acumula ainda dois ouros nas Copas do Mundo do Uzbequistão, em 2017 e 2019.

Cair e levantar

Em recente entrevista ao jornalista Gustavo Longo, no portal do Comitê Olímpico Internacional (COI), Alana lembrou que no judô não importa quantas vezes o atleta é derrubado em um treinamento. “Ele precisa sempre se reerguer e buscar o próximo golpe.” Para Alana Maldonado, essa também é a metáfora de sua vida. Após romper o ligamento do joelho e ficar sem competir em 2023, ela focou seu objetivo disputou os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 e alcançou mais um importante feito em sua carreira.

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