Após 13 anos, karatê do Brasil consolida supremacia continental nas categorias de base

Disputando 22 finais, a seleção brasileira de karatê da base obteve 12 medalhas de ouro, 10 de prata, 17 de bronze e superou os Estados Unidos, que somou 8 ouros, 10 pratas e 15 bronzes.

Neste sábado (26), último dia da competição, aconteceram as disputas do kumitê individual da classe júnior (16 e 17 anos) e o kumitê por equipe sub 21 masculino e feminino. A seleção brasileira conseguiu manter os excelentes resultados dos dias anteriores conquistando mais 10 medalhas. Este resultado fez com que a equipe brasileira disparasse no quadro geral de medalhas e garantisse mais uma grande conquista no cenário continental.

Totalizando 39 medalhas, sendo estas 12 ouros, 10 pratas e 17 bronzes, o Brasil conseguiu interromper a hegemonia Estadunidense e quebrar o tabu de 13 anos sem conquistar o pan-Americano da base.

Com o título da base assegurado, o Brasil consolida a supremacia total do karatê nas Américas, já que no mês de maio, a seleção brasileira sênior foi campeã geral do campeonato pan-americano realizado em Curaçao.

Comissão técnica brasileira em Buenos Aires

A recente evolução técnica do karatê brasileiro também ficou evidenciada nas categorias de base, e a conquista que não era alcançada desde 2004 foi muito comemorada por atletas e membros da comissão técnica.

A gestão atual foi iniciada em 2013, e para William Cardoso, diretor técnico da Confederação Brasileira de Karatê (CBK), a partir da mudança na gestão, o karatê brasileiro retomou o caminho das conquistas.

“Em números de medalhas, evoluímos 200% com relação à quantidade conquistada em 2012, ou seja, saímos de 13 medalhas conquistadas em 2013 para 39 em 2017. Salientamos que a gestão de Luiz Carlos Cardoso iniciou em 2013, e a partir deste ano retomamos nossa trajetória vencedora”, lembrou o dirigente.

Árbitros do Brasil em Buenos Aires

“Outro ponto importante foi a descentralização de eventos dentro do Brasil. Ao oportunizar eventos em diferentes estados, o nível técnico do Brasil se elevou rapidamente. Fato este é que nesse Pan-Americano consolidamos um resultado histórico, e em nossa equipe tivemos representantes das cinco regiões brasileiras conquistando medalhas”, frisou William Cardoso.
“Entre as ações, destacamos a adoção de um trabalho gradativo que buscou oportunizar atletas e técnicos com maior intercâmbio técnico interno – dentro do Brasil – por conta das etapas classificatórias do campeonato brasileiro. Outra ação importante foi a definição de critérios prévios para formar a seleção brasileira, no qual passamos a oportunizar todos os estados. Consequentemente, todos os atletas interessados passaram a disputar vaga na seleção brasileira, e o resultado foi altamente positivo”, disse o dirigente que finalizou pontuando sobre o karatê do Brasil construir um resultado histórico em Buenos Aires.

O Brasil foi à Argentina com uma comissão técnica composta por membros provenientes de cinco Estados, sendo estes Ulisses Santos, Diego Spigolon, Vanderlei Oliveira, Eurico Schopchaki, Marcelo Oguido, Filipe Hardy e Klemerson Chagas.

Classificação geral final

Resultado dos karatecas brasileiros