15 de novembro de 2024
Após a estreia em Tóquio, presidente da World Karate Federation defende permanência da modalidade
O karatê foi excluído de Paris 2024, mas Antonio Espinós, presidente da WKF, diz que a modalidade apresentou bom rendimento e precisa retornar ao Programa Olímpico
Fonte Philip Barker / Inside the games
9 de agosto de 2021 / Curitiba (PR)
O karatê fez sua estreia no Programa Olímpico nos Jogos de Tóquio 2020, mas foi cortado de Paris 2024, substituído pelo breakdance, que vai figurar ao lado dos outros três esportes recém-introduzidos, skate, surf e escalada esportiva.
Espinós disse aos membros do comitê executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) que, da mesma forma que o karatê precisa dos Jogos Olímpicos, os Jogos Olímpicos precisam do karatê.
“Mostramos ao mundo que o karatê é um esporte único. Cumprimos os méritos para integrar o Programa Olímpico como um esporte permanente. Demonstramos que o karatê é um esporte que requer preparação atlética muito especial e técnica apurada.”
Segundo o dirigente mundial do karatê, estes predicados são algo que a modalidade pode entregar ao movimento olímpico. Itens que correspondem e atendem aos valores olímpicos pregados pelo COI.
Vinte países conquistaram medalhas nos três dias de competição da modalidade que teve 36 países inscritos e contou com um membro da equipe olímpica de refugiados, Hamoon Derafshipour, que terminou em quinto lugar da disputa de kumitê -67kg.
“O karatê é um esporte com raízes japonesas, mas conquistamos a universalidade, mas não uma universalidade artificial”, acrescentou Espinós. “Alcançamos a universalidade de forma natural ao longo de décadas e isso tem sido um legado do Japão para o mundo”, ponderou Espinós.
“Dedicamos milhares de horas para fazer uma boa competição em Tóquio e, com base nesses valores, afirmamos que batemos à porta do COI e dizemos que estamos aqui.”
Espinós havia defendido o polêmico fim do kumitê masculino acima de 75kg na noite anterior, quando o iraniano Sajad Ganjzadeh venceu depois que Tareg Hamedi, da Arábia Saudita, foi desclassificado por usar força excessiva.
“O que aconteceu não foi o resultado que queríamos”, admitiu Espinós. “É um esporte de contato com regras muito claras, com proteção da segurança e da integridade física dos atletas. Mostramos que temos as ferramentas adequadas para controlar a situação.”