20 de fevereiro de 2025

Após os quatro anos da gestão que promoveu o maior retrocesso da história do judô do Estado de Minas Gerais, o ex-presidente Nédio Henrique Mendes da Silva Pereira, continua a protagonizar tristes histórias que vão contra tudo aquilo que se espera de um faixa-preta de verdade.
Tentando descobrir qual havia sido o paradeiro da figura mais bizarra do judô contemporâneo, ficamos sabendo por intermédio de judocas mineiros que recentemente Nédio Henrique havia sido convidado a retirar-se da Associação de Judô Santo Agostinho, agremiação pela qual era federado. O pior, porém, é que nenhuma outra entidade de judô de Minas Gerais aceitou seu pedido de matrícula, tamanhas são as arbitrariedades cometidas pelo pior gestor da história do judô mineiro.
Zempo mostra promoção a yon-dan em 30 de maio de 2021 © Zempo
Procurando saber o que havia realmente ocorrido, descobrimos que o pseudojudoca havia sido expulso do dojô por questões éticas e diversas ilicitudes cometidas durante seu mandato à frente da FMJ. Detalhando os graves atos cometidos por Nédio Henrique, o faixa-preta, que exigiu anonimato, foi enfático:
“O Nédio nunca bateu bem da ideia e sempre tomou decisões de forma intempestiva. No limiar de seu mandato ele se autopromoveu de segundo para quarto dan, no mesmo dia. Esse foi aliás, o último ato dele na presidência da FMJ. O fato grave neste episódio é que isso ocorreu com a anuência de Sílvio Acácio Borges, presidente da CBJ, que assinou e assumiu a promoção do colega mineiro”.
Zempo registra que Sílvio Acácio promoveu Nédio Henrique a san-dan em 14 de abril de 2021, pouco mais de um mês antes de promovê-lo a yon-dan © Zempo
Ao praticar mais esta grave ilicitude, Nédio Henrique não comunicou sua maracutaia à agremiação à qual pertencia nem pediu autorização para se autopromover ao seu responsável técnico, ferindo gravemente os estatutos da sua associação, da FMJ e da CBJ. O outro motivo de sua expulsão foi ter perseguido implacavelmente membros da sua agremiação, durante o período em que presidiu a federação. Como todos sabem, Nédio Henrique Mendes assediou de forma desumana e insensível os professores Luizmar e Flávio, dois judocas que sempre atuaram na arbitragem e outros setores da gestão, engradecendo sempre o judô mineiro.
O ex-presidente da CBJ Paulo Wanderley Teixeira assinou certificado de promoção ao ni-dan (2º dan) em 5 de dezembro de 2015 © Zempo
Agindo em benefício próprio, numa única canetada, Nédio Henrique transgrediu os estatutos da sua escola, da Federação Mineira de Judô e da Confederação Brasileira de Judô, atropelando todas recomendações das comissões de grau da FMJ e da CBJ.
Dando sequência ao espetáculo do absurdo protagonizado por um gestor atormentado, nas cenas finais de seu malfadado mandato, no dia da assembleia de prestação de contas e eletiva, Nédio Henrique recusou o pedido de antecipação de posse dos novos gestores, que já previam o caos administrativo que iriam encontrar. Da mesma forma, o dirigente belo-horizontino negou-se a apresentar as contas de sua gestão, que deveriam ter sido analisadas e avaliadas. Infantilmente, Nédio Henrique alegou que não apresentaria as contas naquele momento porque ainda não estava preparado para expor os dados de sua infeliz gestão financeira. A Budô apurou que, geralmente, os gastos pessoais de Nédio Henrique eram maiores que as despesas ordinárias da federação.
Nédio foi promovido ao sho-dan pelo professor Geraldo Brandão em 14 de dezembro de 2002, responsável pelo Judô São Geraldo © Judô São Geraldo
Não bastasse isso, Nédio Henrique Mendes entregou a FMJ aos novos dirigentes sem sede. A Federação Mineira de Judô, por incompetência administrativa, havia sido despejada do espaço que utilizava há décadas e seu presidente simplesmente cruzara os braços, sem mover uma palha para dar um abrigo à entidade.
Segundo os novos dirigentes, a nova sede da FMJ será uma escola cedida pelo Estado, na qual será guardado todo o material da entidade. A sede social será uma sala cedida pela Federação Mineira de Vôlei, uma cortesia pessoal do seu dirigente.
A imaturidade e a falta de discernimento do ex-dirigente mineiro são tão graves, que ele teve de ser notificado por e-mail para devolver equipamentos da entidade dos quais se havia apossado.
Ofício firmado por Sílvio Acácio Borges em 4 de junho de 2021que expõe claramente a desfaçatez, as transgressões e o mau-caratismo de Sílvio Acácio e Nédio Henrique Mendes © CBJ
Desde a sua posse, em 2017, o presidente da Confederação Brasileira de Judô faz a gestão da CBJ como se a entidade fosse dele. Vendo seu comparsa expulso da escola que o filiara à FMJ, tratou de registrá-lo no Zempo como avulso. Até onde sabemos, isso não existe. Como é que a CBJ pode registrar um judoca que não está inscrito em nenhuma entidade filiada à CBJ? Será que o presidente da confederação brasileira pretende varrer do mapa as federações estaduais, como acontece no judô de algumas republiquetas latino-americanas?
Provavelmente, Sílvio Acácio e Nédio Henrique sejam a dupla de dirigentes mais incompetentes do judô brasileiro. O primeiro deixou o Brasil sem o Centro Pan-Americano de Judô, um dos maiores legados do Brasil dos Jogos Olímpicos de 2016. O segundo deixou o judô mineiro sem sede, entregando a entidade ao seu sucessor, literalmente na calçada © Budopress
Desprovido de critério ou senso de pudor, no último dia da gestão de Nédio Henrique Mendes da Silva Pereira à frente da FMJ o presidente da CBJ tratou de promover seu apoiador de ni-dan para yon-dan, passando por cima de todo e qualquer princípio ético e desrespeitando a consagrada e imponente comissão de graus da Confederação Brasileira de Judô inventada por ele.
Ao mesmo tempo, Sílvio Acácio nega promoção aos judocas que a merecem, pelo simples prazer de mostrar que manda e desmanda no judô do Brasil. Mas, quando parte daqueles que o apoiam cegamente, toda e qualquer falcatrua é válida e muito bem-vinda.
Em documento produzido e assinado por Sílvio Acácio Borges em 4 de junho de 2021, o presidente da CBJ afirma que Nédio Henrique foi promovido de ni-dan para san-dan em 5 de dezembro de 2017. No mesmo ofício consta que Nédio foi promovido de san-dan para yon-dan em 30 de maio de 2021.
Como o presidente da CBJ se acha acima de tudo e de todos, ele esqueceu de combinar a falcatrua com os russos, pois no Zempo consta que Nédio Henrique fora promovido a san-dan em 14 de abril de 2021. Como podem constar, no documento firmado pelo presidente da entidade, data e promoções diferentes das registradas oficialmente no Zempo?
Judocas mineiros acreditam que a gestão de Nédio Henrique tenha sido pautada na vingança por tudo aquilo que sofreu psicologicamente com seu primeiro sensei © Budopress
Mais grave ainda é confrontarmos o certificado de promoção ao ni-dan, assinado pelo ex-presidente Paulo Wanderley Teixeira em 5 de dezembro de 2015? Como o presidente da CBJ poderia ter dado o san-dan após dois anos se a carência mínima estipulada pela CBJ são cinco anos? A verdade é que o ex-dirigente mineiro foi promovido de ni-dan para yon-dan no mesmo dia, ou seja, em 14 de abril de 2021. Dia em que o pseudojudoca belo-horizontino deixou a presidência da FMJ.
Todos os judocas mineiros sabiam que Nédio Henrique Mendes da Silva Pereira era faixa-preta ni-dan. Todos sabem que a sua sho-dan foi paga e presenteada pelo seu segundo professor, que entendia que ele a merecia pelo esforço despendido pelo judô, já que tecnicamente não era capaz nem de fazer o gokio. Depois de ter sido humilhado anos a fio por seu primeiro mentor, com o qual ele jamais passou da faixa verde, seu segundo sensei achou por bem premiá-lo pelo esforço e o promoveu a sho-dan em 14 de dezembro de 2002.
Com vultuosos salários, os três vice-presidentes de Sílvio Acácio Borges endossam e validam o desastre técnico e administrativo promovido pelo presidente da CBJ © Budopress
Sobre o presidente da CBJ já falamos tudo que deveria ser dito, no sentido expor seu caráter perverso, anômalo e doentio. Seu desrespeito a toda a comunidade do judô mineiro ficou patente em diversos episódio, mostrando claramente quem e o quê ele é. Não seria o fato de ter feito o que fez para seu colega mineiro que mudaria a ordem das coisas.
Parafraseando Jigoro Kano, lembramos ao digníssimo presidente da CBJ, professor Sílvio Acácio Borges, que: O judô é uma arte e uma ciência. Ele deve ser mantido acima de toda a escravidão artificial e deve ser livre de qualquer influência financeira, comercial e pessoal.
Se estivéssemos em um País sério, toda esta gente já teria sido banida do esporte há muito tempo © Budopress
Buscamos obter maiores informações junto a Federação Mineira de Judô, mas infelizmente à presidência do judô mineiro pediu para não se manifestar nesta oportunidade, ressaltando que os documentos são públicos e que através de ofício poderá dar ciência às atas.
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