Atletas do parataekwondo fazem preparação intensiva para a Paralimpíada de Tóquio 2020

Murilo Rosa, embaixador do taekwondo, Rodrigo Ferla e Alan Nascimento, coordenadores técnicos e atletas da seleção paralímpica © Divulgação CBTKD

Com o apoio da CBTKD, em conjunto com a comissão técnica, os três paratletas brasileiros que atuarão na estreia do taekwondo nos Jogos Paralímpicos recebem a melhor preparação possível

Fonte GIULLIA CICCARELLI / CBTKD
4 de agosto de 2021 / Curitiba (PR)

Com o fim da Olimpíada marcado para domingo (8), a preparação para os Jogos Paralímpicos ganha força total, já que a cerimônia de abertura realiza-se no dia 24 de agosto. A preparação dos atletas da Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) é feita de forma individualizada, buscando um atendimento personalizado para os instruir da melhor forma.

Esta é a primeira vez que o taekwondo integra as Paralimpíadas, portanto, o trabalho da confederação junto aos atletas compreende estudo dos adversários para que sejam desenvolvidas as melhores técnicas.

A paratleta Débora em ação no Ásia Open © Divulgação CBTKD

A CBTKD oferece um kit de colete eletrônico para que, mesmo em suas casas, os paratletas consigam treinar da melhor forma e do jeito mais seguro, com acompanhamento da comissão técnica. Débora Menezes, Silvana Fernandes e Nathan Torquato seguem o treinamento tático para que a performance na Paralimpíada seja a melhor possível.

“Estou feliz demais com o momento, é a realização de um sonho, estou me preparando muito bem, chegando para buscar o ouro; e as expectativas são altas. Não vejo a hora de entrar no tatami e trazer a medalha para o Brasil; o sentimento predominante é a felicidade, sem dúvidas”, diz Nathan.

Para Débora, que trabalha todos os dias com sua equipe para a realização do sonho da medalha paralímpica, as expectativas estão altas principalmente por causa de todo o preparo que está sendo realizado. Seu grande objetivo é deixar um legado para o esporte brasileiro.

“A preparação teve muitos desafios por conta da covid-19, mas com responsabilidade e foco nós mantivemos os treinamentos e hoje tenho certeza de que valeu a pena tudo que passamos e fizemos. Um ciclo que significou muito. Será lindo viver tudo aquilo pelo que batalhei com muitos profissionais envolvidos no processo”, declara Débora.

Atletas da seleção paralímpica com os coordenadores técnicos Alan Nascimento e Rodrigo Ferla, Alberto Maciel Júnior e Rivanaldo Ferreira de Freitas, presidente e vice da CBTKD e a fisioterapeuta Elisa Pilarski © Divulgação CBTKD

Para Silvana, a bateria de treinos é intensa, mas necessária para manter o foco nos jogos e montar estratégias capazes de levar os atletas ao ouro paralímpico. Ela, como Débora, fala sobre a expectativa alta graças à confiança no trabalho de toda a equipe para uma excelente preparação.

“A ansiedade é para que esse momento chegue logo, que a gente entre no tatami com coração e o corpo leve para fazer o nosso melhor, que é lutar, e, se Deus permitir, trazer uma medalha para o Brasil”, ressalta Silvana.

A partir do dia 18 de agosto os paratletas serão encaminhados para São Paulo, onde devem fazer um pré-treinamento com dois sparrings masculinos e dois femininos escolhidos minuciosamente pela semelhança do biotipo e estilo de luta dos adversários de Tóquio.

A aclimatação, momento de extrema importância para qualquer atleta que enfrentará uma mudança muito brusca no fuso horário, também será realizada a partir do dia 18, visando a minimizar os efeitos da viagem.

Rodrigo Ferla com os atletas paralímpicos, Natan, Silvana e Débora © Divulgação CBTKD

A fisioterapeuta Elisa Pilarski realiza um trabalho diário e preventivo com todos os taekwondistas, com o objetivo de evitar lesões, além de trabalhar de forma regenerativa em conjunto com os treinos. Esse trabalho busca avaliar quadros de dor, cansaço e fadiga, alinhando os dados com a comissão técnica.

“Isso é feito para alinharmos estratégias de fisioterapia, treino, e a aclimatação que iremos fazer. Tudo faz parte de uma estratégia especifica de treinos à noite para trabalharmos a questão do fuso horário, que interfere diretamente na questão hormonal, no rendimento e nas lesões”, explica Elisa.

As competições do parataekwondo começam no dia 2 de setembro em Tóquio e, para o técnico Rodrigo Ferla, a preparação planejada e individual dos atletas, baseada em dados e estatísticas, levanta as expectativas de que os três brasileiros tenham real chance de medalha.

“Eu vejo os três atletas com chances reais de medalhas na estreia da modalidade nos Jogos Paralímpicos. A Débora é a atual campeã mundial e número 2 do ranking internacional, enquanto o Nathan é o número 3 do ranking. Já a Silvana venceu nos dois últimos campeonatos aa número 1 do ranking, que era até então a única atleta invicta do parataekwondo. Esses resultados e o desempenho dos treinos me fazem ter a convicção de que temos tudo para sair de Tóquio com um resultado bastante positivo e estamos trabalhando para que isso aconteça”, destaca Ferla.

Para o técnico Alan, um dos precursores do parataekwondo, o encerramento deste ciclo de preparação já é uma grande vitória para os atletas e para a comissão técnica da CBTKD.

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