22 de novembro de 2024
Bia Ferreira faz história como a maior pugilista amadora do Brasil de todos os tempos
Em Nova Déli, na Índia, a vice-campeã olímpica baiana vence a colombiana Angie Paola Valdez Pana e é bicampeã mundial de boxe
Paulo Pinto / Global Sports
6 de abril de 2023 / Curitiba (PR)
No mundo dos chamados esportes de combate, o mês de março foi marcado pela importante conquista da pugilista brasileira Beatriz Ferreira, que no dia 26 venceu a colombiana Angie Valdez na final dos 60kg do campeonato mundial de boxe feminino, realizado pela Associação Internacional de Boxe (Aiba) em Nova Déli, na Índia. Bia conquistou a medalha de ouro na categoria 60kg após campanha irretocável que culminou na vitória inquestionável ratificada por decisão unânime.
Líder do ranking mundial, Bia Ferreira foi arrasadora na competição e coroou seu belo desempenho com a segunda medalha de ouro, tornando-se a primeira brasileira a alcançar o feito na modalidade. Até chegar à final, ela precisou passar por três adversárias, vencendo todas com folga, por unanimidade. Já na decisão, Bia encarou a colombiana Angie Paola Valdez Pana, uma jovem atleta que vem em ascensão desde a última temporada e que passou por quatro combates até chegar à final.
Natural de Salvador, aos 30 anos Beatriz Iasmin Soares Ferreira escreve seu nome na história como a primeira boxeadora brasileira a sagrar-se bicampeã mundial.
Final eletrizante
As duas pugilistas já se haviam enfrentado uma vez, em julho do ano passado, no grand prix internacional de boxe, no Rio de Janeiro. E assim como aconteceu no dia 26 de março, a brasileira saiu vencedora. Pelo mundial, as duas fizeram uma luta muito bem disputada, mas com maior domínio da brasileira, que usou seu poderio e a experiência adquirida para vencer.
Bia foi para cima da adversária desde o primeiro instante e mostrou muita superioridade no primeiro round para vencer de forma unânime na visão dos cinco árbitros. No segundo round, a colombiana cresceu na luta e encaixou boa sequências de golpes logo no início. No entanto, Bia foi muito bem na defesa e nos contra-ataques e levou a vitória no julgamento de quatro juízes. Já com a vitória muito bem encaminhada, Bia fez um terceiro round mais solto e conquistou a vitória por decisão unânime.
Marcas
Assim como outros grandes nomes do esporte olímpico brasileiro, Bia Ferreira está predestinada a ser uma das principais referências esportivas do País no tocante a medalhas e títulos conquistados. Este foi o segundo título mundial de boxe de Bia, sendo o primeiro conquistado em 2019. Na temporada passada, ela também chegou à final da competição, mas perdeu para a norte-americana Rashida Ellis e ficou a medalha de prata.
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, a brasileira também perdeu na decisão e ficou com a medalha de prata, mas ela ainda tem muita estrada pela frente e estes números já consolidam Bia Ferreira como um dos maiores fenômenos do esporte olímpico brasileiro.
O mundial em Nova Déli fez com que a baiana atingisse algumas marcas históricas. Agora, a atleta soteropolitana é a primeira pugilista do Brasil a conquistar três medalhas mundiais e, além disso, a chegar em três finais da competição de forma consecutiva.
Clique AQUI e confira a pasta de fotos da final.