Brasil encerra o IBSA Grand Prix de Giza com 12 medalhas (9 ouros, 2 pratas e 1 bronze) e conquista o título

Alana Maldonado mostra superioridade na final e conquista o ouro na categoria J2 -70kg © IBSA

Desempenho consagra a escola brasileira de judô paralímpico, que uniu regularidade no primeiro dia e perfeição no segundo para confirmar a supremacia mundial em Giza.

Por Paulo Pinto / Global Sports
Curitiba, 20 de agosto de 2025

O IBSA Grand Prix Giza 2025 chegou ao fim nesta terça-feira coroando o Brasil como campeão geral, em mais uma demonstração da força de sua escola de judô paralímpico. Reunindo judocas de 27 países, o evento teve organização exemplar conduzida pela EBSA, pela IBSA Judô e pelo apoio de uma equipe dedicada de voluntários, sendo marcado por lutas de altíssimo nível e por uma atmosfera inesquecível no coração do Egito.

Se o primeiro dia já havia sido promissor, o segundo foi arrebatador. A Seleção Brasileira de judô paralímpico encerrou sua participação com 100% de aproveitamento: todos os dez atletas que entraram nos tatamis conquistaram medalhas. O saldo foi de oito ouros e duas pratas, confirmando a supremacia verde-amarela e garantindo o terceiro título internacional da temporada.

Pódio da categoria J1 -95kg com Arthur Silva no lugar mais alto, celebrando o ouro para o Brasil © IBSA

Campanha impecável

Somados ao ouro e ao bronze conquistados na segunda-feira, o Brasil fechou a competição com 12 pódios: nove medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze. O resultado não apenas assegurou o primeiro lugar no quadro geral como também reafirmou o país como referência mundial no judô paralímpico.

Nas posições seguintes do top five estão: o Cazaquistão que terminou em segundo lugar, com seis medalhas (dois ouros, três pratas e um bronze), seguido pelo Uzbequistão, também com seis (um ouro, duas pratas e três bronzes). A Índia foi a quarta colocada (um ouro, uma prata e um bronze), enquanto a França completou o grupo com um ouro e uma prata.

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Medalhistas em Gizé

OURO:
Lúcia Araújo (J2, 60kg), Alana Maldonado (J2, 70kg), Arthur Silva (J1, 95kg), Brenda Freitas (J1, 70kg), Felipe Amorim (J2, +95kg), Larissa Silva (J1, 60kg), Millena Freitas (J1, +70kg), Rebeca Silva (J2, +70kg), Wilians Araújo (J1, +95kg)

PRATA:
Marcelo Casanova (J2, 95kg), Meg Emmerich (J2, +70kg)

BRONZE:
Maria Núbea dos Santos Lins (J2, 60kg)

Equipe brasileira celebra em Giza o desempenho histórico que consolidou o país no topo do quadro de medalhas © IBSA

Rumo a Los Angeles 2028

Cada etapa do circuito Grand Prix da IBSA — sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos — distribui pontos no ranking mundial, principal critério de qualificação para os Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028.

O desempenho no Egito foi o primeiro desafio internacional da equipe brasileira após a histórica campanha no Campeonato Mundial de Astana, em maio. Antes disso, em março, o país já havia faturado a Copa do Mundo de Tbilisi, na Geórgia.

A temporada, no entanto, ainda reserva fortes emoções: em dezembro, São Paulo será palco de mais uma etapa do Grand Prix da IBSA, e o Brasil terá a chance de fechar o ano reafirmando sua hegemonia nos tatamis paralímpicos.

O resultado em Giza reforça a consistência da escola brasileira de judô paralímpico, que alia técnica, planejamento e espírito coletivo. Mais do que um título, a campanha no Egito projeta confiança para os próximos desafios do circuito mundial e renova as expectativas rumo aos Jogos de Los Angeles 2028.

Clique AQUI e veja a classificação completa — feminina e masculina — do Grand Prix de Judô Giza 2025.

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