Brasil fecha o Grand Slam de Budapeste com três bronzes e termina na 15ª colocação

Exibindo extrema determinação na Hungria, nas quartas-de-final Maria Suelen Altheman joga a Ucraniana Yelyzaveta Kalanina

Em nível continental perdemos para Venezuela e Argentina, sem falar no Canadá, que conquistou um ouro, uma prata e dois bronzes e chegou no quarto lugar, atrás de Rússia, França e Turquia

Grand Slam de Budapeste
26 de outubro de 2020
Por Paulo Pinto I Fotos Gabriela Sabau/IJF
Curitiba – PR

No terceiro e último dia do Grand Slam de Budapeste, o Brasil voltou a subir ao pódio com a dobradinha das judocas peso pesado Beatriz Souza e Maria Suelen Altheman, que conquistaram duas medalhas de bronze para a seleção brasileira e faturaram mais 500 pontos no ranking da FIJ. No primeiro dia de disputa o peso meio-leve Willian Lima já havia conquistado um bronze.

Na disputa do bronze Rochele Nunes e Maria Suelen Altheman fizeram um duelo de gigantes

Com os três bronzes conquistados pelos três valentes judocas do Esporte Clube Pinheiros, o Brasil fechou a sua primeira participação no World Tour da FIJ, no pós-retomada das competições, na 15ª colocação, atrás de países com menor poderio e tradição como Venezuela, Argentina e o surpreendente Canadá que, com uma medalha de ouro, uma de prata e duas de bronze, ficou em quarto lugar na classificação geral de uma competição que reuniu 405 atletas de 61 países.

Apesar do longo período de treinamento que a seleção brasileira realizou em Portugal e Pindamonhangaba, grande parte dos atletas brasileiros exibiu problemas no tocante ao preparo físico, parecendo arrastar-se nos tatamis.

Aos 22 anos, Beatriz Souza é uma das atletas da seleção brasileira com melhor retrospecto

Outro ponto importante foi o fato de o Brasil ter ido à Hungria com uma equipe formada por 18 atletas e uma comissão técnica de no mínimo 12 membros e, mesmo assim, não disputar nenhuma final. Obtivemos três pódios, um único quinto lugar e dois sétimos. Muito pouco para um País que se intitula potência mundial do esporte e para uma das seleções mundiais com um dos maiores orçamentos da modalidade.

Com exceção das medalhistas olímpicas Rafaela Silva e Mayra Aguiar, o time brasileiro foi à Hungria com força máxima e não convenceu. Nomes que no início deste ciclo olímpico representavam grande esperança de renovação para uma seleção que carece de sangue novo caíram na primeira luta, mostrando pouquíssima determinação e iniciativa.

Temos pouco mais de seis meses para rever o trabalho que está sendo feito e cobrar atitude e comprometimento dos que comandam o judô verde e amarelo e de seus comandados.

O pódio do peso pesado com Kayra Sayit (TUR) 1ª colocada, Nihel Cheikh Rouhou (TUN) 2ª colocada, Beatriz Souza (BRA) e Maria Suelen Altheman (BRA) 3ª colocadas

A Rússia, primeira colocada em Budapeste, disputou nove finais, conquistou cinco ouros, quatro pratas e um bronze, além de quatro quintos lugares e dois sétimos, mostrando um judô extremamente convincente e muito bem estruturado.

A França, segunda colocada, fez cinco finais e obteve duas medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze, além de três quintos lugares e um sétimo lugar.

A Turquia conquistou duas medalhas de ouro e um sétimo lugar e finalizou o certame na terceira colocação, seguida pelo Canadá, que além das medalhas citadas acima, ainda obteve um quinto lugar e exibiu excepcional desempenho.