03 de novembro de 2025
A cada ano, o nível técnico do judô veterano se eleva, e o Brasil reafirma seu protagonismo mundial © Kulumbegashvili Tamara / FIJ
Sob a chancela da Federação Internacional de Judô (FIJ), a Federação Francesa de Judô realiza em Paris o Campeonato Mundial de Veteranos 2025, competição que reúne 2.494 judocas de 66 países no Instituto Nacional de Judô (INJ), no coração da capital francesa. O evento teve início nesta segunda-feira (4) e segue até a próxima sexta-feira (7).
Campeão geral da edição de 2024, disputada em Las Vegas (EUA), o Brasil confirmou mais uma vez sua força nos tatamis e iniciou a campanha deste ano mantendo o protagonismo e a tradição de ser uma das principais potências mundiais do judô veterano.
Com uma delegação composta por 118 atletas — sendo 104 homens e 14 mulheres —, o Brasil levou à França a terceira maior equipe do Mundial.Ao fim do segundo dia de disputas, o país já assumia a liderança da classificação geral, com 15 medalhas conquistadas: sete de ouro, cinco de prata e três de bronze, além de seis quintos lugares e quatro sétimos lugares.
Em apenas dois dias de competição, os brasileiros já haviam disputado 12 finais, consolidando um desempenho notável.O Top 5 do segundo dia teve a Geórgia na segunda colocação, a França em terceiro, a Bélgica em quarto e a Itália em quinto lugar.

Lucas Godoy (BRA) conquista o ouro no M1 (-73kg), seguido por Aymric Gasteuil (FRA) e pelos medalhistas de bronze Laurens De Cabooter (BEL) e Alister Ward (FRA) © Kulumbegashvili Tamara / FIJ
Ouro
Prata
Bronze
O grande destaque da equipe é o peso ligeiro Cristian Cezário, eneacampeão mundial de judô veterano. Gestor nacional da classe veteranos da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e diretor do Instituto Camaradas Incansáveis (ICI), Cezário é um dos maiores recordistas de títulos do mundo, exemplo de longevidade e dedicação ao esporte.
O ICI São Paulo, principal força do judô máster brasileiro, também se destacou em Paris — repetindo o desempenho que o levou a ser a equipe com maior número de medalhas na campanha de 2024, quando o Brasil sagrou-se campeão geral em Las Vegas.
Ao comemorar o nono título mundial, Cris Cezário destacou a força e a identidade da equipe brasileira.
“O que nos move é a paixão pelo judô e o sentimento de pertencimento a uma tradição que não se rompe com o tempo. O judô veterano é o espaço onde a técnica encontra a maturidade, e o Brasil tem mostrado ao mundo que continua fiel às suas raízes japonesas, mas com um jeito próprio de lutar, de ensinar e de viver o judô. Cada medalha conquistada aqui representa o esforço coletivo de uma geração que aprendeu a respeitar o passado e a lutar pelo futuro.”

Cristian Cezário celebra o nono título mundial e destaca o legado da escola japonesa no judô brasileiro © Kulumbegashvili Tamara / FIJ
“Cada conquista no judô veterano é um tributo à disciplina e à amizade que o tatami ensina. Lutamos por nós, mas também por todos que mantêm viva a essência do judô brasileiro.”
Reconhecido por sua tradição técnica e disciplina, o judô veterano brasileiro é formado por gerações de atletas apaixonados e altamente qualificados, herdeiros diretos da escola japonesa que moldou a modalidade no país.
Mesmo após décadas de prática, esses judocas mantêm a precisão dos fundamentos, o respeito aos valores do budô e o espírito competitivo que fizeram do Brasil uma potência mundial.
Mais do que colecionar medalhas, o desempenho em Paris confirma que o país segue sendo um dos pilares técnicos e filosóficos do judô internacional, onde o amor pela arte marcial continua transcendendo o tempo e as gerações.
As disputas seguem até sexta-feira (7), no Instituto Nacional de Judô, em Paris.
Com o desempenho sólido apresentado nos dois primeiros dias e a força coletiva de uma delegação altamente técnica, o Brasil está a um passo de conquistar o bicampeonato mundial por equipes.
Se o ritmo for mantido, o país confirmará mais uma vez sua posição de referência global no judô veterano — uma modalidade que une gerações e reafirma o legado técnico e filosófico do judô brasileiro no cenário internacional.
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