05 de novembro de 2025
Emocionados, João Velloza (Judô Yanaguimori) e Silvio Tardelli (ICI) comemoram a conquista do ouro em Paris © Tamara Kulumbegashvili / FIJ
O quarto dia do Campeonato Mundial de Judô Veterano foi marcado por energia, experiência e emoção em Paris. Nesta quinta-feira (6), entraram em ação as categorias M7 (60-64 anos), M8 (65-69 anos) e M9 (70+ anos) — faixas etárias que traduzem, no tatami, a essência do judô enquanto prática vitalícia, em que técnica e espírito superam o tempo.
O dia foi reservado aos mais experientes, que lutaram com a mesma garra, orgulho e senso de pertencimento dos mais jovens. Entre projeções precisas e imobilizações firmes, o que mais se destacou não foi apenas o alto nível técnico, mas a atmosfera fraterna que dominou o ginásio.

João Velloza e Mekhtsiyeu Kurban, da Bielorrússia, disputam a final © Tamara Kulumbegashvili / FIJ
“As competições de veteranos não são apenas eventos esportivos. São encontros multigeracionais — negócios de família, de dojô e de tradição — que unem escolas e países em torno do legado de Jigoro Kano.”
A sexta-feira promete emoções intensas, com os holofotes voltados para o torneio feminino, que encerrará o evento em clima de celebração mundial do judô. E enquanto os tatamis parisienses se preparam para receber o último dia de combates, o Brasil segue inspirando com sua campanha exemplar.

Após o matte da final, Silvio Tardelli ajuda o português Eduardo Garcia a se levantar © Tamara Kulumbegashvili / FIJ
As disputas desta quinta-feira projetaram ainda mais o time brasileiro na liderança do quadro geral de medalhas, após a conquista de dois ouros e três bronzes.
Os novos campeões são Silvio Tardelli Uehara (-66kg) e João José da Silva Velloza (-73kg), ambos na categoria M7. Os bronzes vieram com David Almeida (-100kg, M7), José Fujiwara (-66kg, M8) e Bráulio Barboza (-90kg, M9).
Com esses resultados, o Brasil manteve a dianteira, mas vê a França crescer perigosamente na classificação geral.
Após quatro dias de confrontos, o equilíbrio entre tradição e força nacional mudou o panorama do torneio. A França, anfitriã e potência histórica, inscreveu 946 atletas, sendo 170 mulheres, que enfrentarão 230 judocas de todo o planeta — apenas 14 brasileiras entre elas.

Top five após o quarto dia de lutas e o encerramento das disputas masculinas © Tamara Kulumbegashvili / FIJ
O Brasil soma, até o momento, 12 ouros, 5 pratas e 9 bronzes, enquanto a França ocupa a vice-liderança com 8 ouros, 15 pratas e 35 bronzes. A Geórgia aparece em terceiro lugar, seguida por Alemanha e Bélgica.
Ouro
Prata
Bronze

João Velloza (Brasil) no topo do pódio da categoria M7 (-73kg), ao lado de Kurban Mekhtsiyeu (Bielorrússia), Murat Kairolda (Cazaquistão) e Antonio Cantalapiedra Cesteros (Espanha) © Tamara Kulumbegashvili / FIJ
As disputas seguem até esta sexta-feira, no Instituto Nacional de Judô, em Paris. Com o peso do contingente francês no naipe feminino, será um enorme desafio manter a liderança. No entanto, a trajetória recente das judocas brasileiras inspira confiança: nas últimas décadas, elas se firmaram como protagonistas do judô mundial, acumulando títulos, revelando talentos e projetando o país entre as maiores potências da modalidade.

Silvio Uehara (Brasil) celebra o ouro no pódio da categoria M7 (-66kg masculino), ao lado de Eduardo Garcia (Portugal), Alfredo Chinchilla (Noruega) e Alain Signoret (França) © Tamara Kulumbegashvili / FIJ
Independentemente do resultado final, o Brasil já consolidou em Paris uma imagem de excelência, paixão e longevidade esportiva, reafirmando o sentido mais puro do judô: crescer e evoluir — no tatami e na vida — com coragem, respeito e espírito indomável.
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