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Brasil supera potências e fecha segundo dia do Grand Prix de Tibilisi em primeiro lugar

Seleção Brasileira atropela Rússia, França e até mesmo Geórgia, seleção anfitriã, conquistando 7 medalhas e ainda restam cinco chances de pódios na rodada deste domingo.

Com desempenho surpreendente e obtendo 70% de aproveitamento nos dois primeiros dias de disputa, a seleção brasileira de judô conquistou 7 medalhas sendo três ouros, duas pratas e dois bronzes. Neste domingo (02), cinco judocas brasileiros entrarão em ação e o Brasil poderá avançar ainda mais no quadro geral de medalhas.

Dos seis judocas brasileiros que competiram na sexta-feira (31) na Geórgia, cinco subiram ao pódio. Além da campeã Stefannie Koyama (-48kg), o país contou ainda com as pratas de Rafaela Silva (-57) e Érika Miranda (-52kg) e os bronzes de Phelipe Pelim (-60kg) e Charles Chibana (-66kg). O único atleta a passar em branco foi Daniel Cargnin (-66kg), que se despediu da disputa nas oitavas de final.

O destaque do primeiro dia foi Stefannie Koyama. Após vencer três lutas, na final a jovem judoca do Esporte Clube Pinheiros não se intimidou e jogou a experiente Maryna Cherniak (UKR) de wazari e assegurou a primeira colocação no peso-ligeiro (-48kg). Esta foi a segunda medalha de ouro de Koyama defendendo o Brasil no Circuito Mundial da Federação Internacional de Judô (FIJ). A brasileira já havia sido campeã do Grand Slam de Baku.

Para chegar à final, Koyama precisou fazer três lutas. Estreou com ippon sobre a britânica Kimberley Renicks. Depois passou pela francesa Melanie Clement por wazari e, na semifinal, conseguiu o ippon contra Taciana Cesar, brasileira que defende as cores da Guiné-Bissau.

“Estou muito feliz por ter conquistado minha segunda medalha de ouro já na terceira competição pela seleção brasileira. Obrigado a todos que torceram por mim”, disse Stefannie Koyama.

Eleita Melhor Atleta de 2016 no Prêmio Brasil Olímpico promovido pelo COB, Rafaela Silva compensou sua ausência na entrega da premiação realizada na última quarta-feira (29) com mais uma medalha para o Brasil.

Para chegar à final, Rafaela Silva venceu Khulan Tseregbaatar, da Mongólia, por dois wazaris, e Natalia Golomidova, da Rússia, na semifinal por uma punição da adversária no golden score. Na decisão, acabou sofrendo uma chave de braço da russa Irina Zabludina e terminou na segunda colocação.

Érika Miranda (-52kg) também caiu na final onde foi superada pela francesa Amandine Buchard, que conseguiu um wazari e garantiu o único ouro conquistado pela França na Geórgia.

Phelipe Pelim (-60kg) e Charles Chibana (-66kg) completaram a excelente rodada do Brasil faturando duas medalhas de bronze.

O primeiro bronze do dia veio com Phelipe Pelim (60kg), que se recuperou da derrota para Albert Oguzov, venceu Mehman Sadigov (AZE) na repescagem e Mukhriddin Tilovov (UZB) na disputa de bronze para chegar ao pódio.

O segundo bronze foi assegurado por Charles Chibana (66kg). Ele chegou até a semifinal depois de vencer Strahinja Bucic (SRB), Shalva Gazashvili (GEO) e Sergiu Oleinic (POR), mas acabou derrotado por Lasha Giunashvili (GEO). Na disputa de bronze, venceu Matej Poliak (SVK) por ippon.

Hoje, o Brasil conquistou mais dois ouros com Victor Penalber (81kg) e Maria Portela (70kg), os quais derrotaram o russo Alan Khubetsov e a venezuelana Elvismar Rodriguez respectivamente e foram campeões em suas categorias.

A peso-médio fez duas lutas para chegar à final: venceu Natascha Ausma, da Holanda, e Szabina Gercsak, da Hungria, depois das adversárias sofrerem três punições. Na final, Portela precisou de fôlego para derrotar Elvismar Rodriguez, da Venezuela, quarta colocada no ranking mundial. Foram três minutos e meio de Golden Score até que a venezuelana foi punida e a brasileira garantiu o lugar mais alto do pódio.

“Enfrentei adversárias que conheço bem. E haja coração nas minhas lutas! Fiz alguns golden scores, mas com vontade e determinação consegui vencer. Quero agradecer o apoio da Marinha, da CBJ, do meu clube, a Sogipa, de todos os colegas de treino. Essa medalha também é de vocês”, completou Portela.

Já Victor Penalber (81kg) teve um caminho um pouco mais longo. Iniciou vencendo o português João Martinho por ippon, o britânico Owen Livesey por um shidô no golden score e, na semifinal, o russo Denis Kalinin por ippon. Na decisão, o russo Alan Khubetsov, que já havia sido punido duas vezes, chegou a jogar Penalber mas pegou na perna do brasileiro para completar o golpe e foi eliminado da luta. É o segundo ouro de Victor Penalber no Circuito Mundial este ano. Em fevereiro, ele conquistou o Aberto Europeu de Odivelas.

“Comecei as primeiras lutas meio travado, mas consegui vitórias importantes. Na semifinal, consegui reverter um resultado adverso, saí perdendo e consegui jogar por ippon no final da luta. Na final, estava bem na luta, mas acabei tomando um ippon. Só que no videoreplay os árbitros viram que o meu adversário usou a mão na perna e acabou sendo computada a vitória para mim”, analisou Penalber que concluiu comemorando o bom início de temporada. “Estou muito feliz porque fiz uma boa competição. Conquistar um ouro logo no início do ciclo é bom para ganhar confiança”, disse Penalber.

Amanhã, Gustavo Assis (90kg), Rafael Buzacarini (100kg), Luciano Corrêa (100kg), David Moura (+100kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg) entrarão em ação e poderão projetar ainda mais o Brasil no quadro de classificação geral.

Medalhistas brasileiros em Tibilisi

Ouro

Stefannie Koyama (48kg/E.C. Pinheiros/SP)

Maria Portela (70kg/Sogipa/RS)

Victor Penalber (81kg/Instituto Reação/RJ)

Prata

Érika Miranda (52kg/Sogipa/RS)

Rafaela Silva (57kg/Instituto Reação/RJ)

Bronze

Phelipe Pelim (60kg/E.C. Pinheiros/SP)

Charles Chibana (66kg/E.C. Pinheiros/SP)

Equipe brasileira na Geórgia