11 de agosto de 2025

De 10 a 12 de agosto a seleção brasileira de judô construiu uma campanha impecável na segunda edição dos Jogos Pan-Americanos Júnior realizada em Assunção, Paraguai. Muito além da competição em si, o resultado avassalador expõe claramente dois aspectos: a consistência da escola brasileira de judô e a seriedade e o profissionalismo com que professores formadores, treinadores, atletas e a direção técnica da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) desenvolvem o judô, no país do futebol.
Andrey Coelho joga o peruano Valentino Valdívia © Alexandre Loureiro / CBJ
Conquistando 79% das 14 medalhas de ouro em disputa, o Brasil transformou os tatamis de Assunção em um palco de supremacia técnica e determinação. Entre os 21 países participantes, apenas Colômbia, Cuba e Equador alcançaram o topo uma única vez cada — nas outras 11 finais, foi a bandeira verde e amarela que se ergueu soberana no pódio.
Com um judô simples e eficaz, Dandara Camillo mantém presença constante nos pódios, reafirmando-se como uma das atletas mais consistentes de sua geração © Alexandre Loureiro / CBJ
De forma arrasadora, os 14 judocas que compõem a equipe subiram ao pódio em todas as categorias, totalizando 11 medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze. Foram vitórias expressivas sobre potências tradicionais do continente, como Colômbia, Equador, Estados Unidos e Cuba, e presença em 12 das 14 finais disputadas, com aproveitamento quase absoluto nas lutas pelo ouro. Essa supremacia não garantiu apenas a liderança isolada do Brasil, como também reafirmou a larga vantagem técnica e tática da escola brasileira em relação aos demais 20 países das Américas.
“Brasil conquista 79% das medalhas de ouro.”
De 10 a 12 de agosto, a seleção brasileira de judô brilhou na segunda edição dos Jogos Pan-Americanos Júnior, em Assunção, Paraguai. Muito além dos resultados, o desempenho evidencia dois pilares: a consistência da escola brasileira e a seriedade com que professores, treinadores e a direção técnica da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) desenvolvem a modalidade no país.
Com este verdadeiro ipponzaço, Jesse Barbosa garantiu mais um ouro para o Brasil © Alexandre Loureiro / CBJ
Conquistando 79% das 14 medalhas de ouro em disputa, o Brasil transformou os tatamis paraguaios em palco de supremacia técnica e determinação. Entre os 21 países participantes, apenas Colômbia, Cuba e Equador chegaram ao topo uma única vez cada — nas outras 11 finais, a bandeira verde e amarela foi erguida no ponto mais alto do pódio.
Gustavo Milano venceu o venezuelano Gustavo Canizalez no osae-komi © Alexandre Loureiro / CBJ
Todos os 14 judocas brasileiros subiram ao pódio: 11 ouros, uma prata e dois bronzes. Foram vitórias expressivas sobre potências tradicionais como Colômbia, Equador, Estados Unidos e Cuba, e presença em 12 das 14 finais, com aproveitamento quase absoluto nas disputas pelo ouro. Mais do que a liderança isolada, o resultado reafirma a larga vantagem técnica e tática do Brasil frente aos demais 20 países da América.
Ana Soares aplicou um ippon fulminante em dez segundos sobre a canadense Alisa Kofman © Alexandre Loureiro / CBJ
No domingo (10), primeiro dia de competição, todos os cinco representantes brasileiros conquistaram medalha: quatro ouros (Clarice Ribeiro, -48kg; Rafaela Cavalcanti, -52kg; Bruno Nóbrega, -66kg; e Bianca Reis, -57kg) e um bronze (Lucas Takaki, -60kg). Na segunda-feira, a história se repetiu: Matheus Nolasco (-73kg), Eduarda Bastos (-63kg) e Luan Almeida (-81kg) ficaram com o ouro, enquanto Maria Oliveira (-70kg) levou a prata. Ao fim do segundo dia, o Brasil já somava sete ouros, uma prata e um bronze.
O último dia confirmou a supremacia brasileira. Foram mais quatro ouros e um bronze para completar a campanha perfeita.
Jesse Barbosa (-90kg) abriu o dia com dois ippons rápidos e venceu o cubano Naysdel Cardoso por imobilização, conquistando o oitavo ouro.
Andrey Coelho (+100kg) encerrou a participação com três vitórias sólidas, somando dois yukos e um ippon na final contra o dominicano José Miguel Brache Jarquin, e garantindo vaga para o Pan de Lima 2027.
Gustavo Milano (-100kg) bateu o venezuelano Gustavo Canizalez, avançou por WO contra o cubano Zail Ramirez e dominou o estadunidense Daniel Liubimovski para a 10ª medalha dourada.
Dandara Camillo (-78kg) venceu equatoriana e cubana por ippon e superou a colombiana Tania Murillo por 3 a 0 nas punições, garantindo o 11º título.
Ana Soares (+78kg), após revés nas quartas, voltou com força na repescagem e, na disputa do bronze, aplicou um ippon fulminante em dez segundos sobre a canadense Alisa Kofman.
O desempenho do Brasil em Assunção não é fruto de um lampejo ou de uma geração isolada de talentos. É o resultado de um ecossistema técnico consolidado, em que a base e o alto rendimento trabalham de forma integrada, e onde cada atleta que sobe ao tatami carrega anos de lapidação técnica, carga competitiva qualificada e preparo psicológico refinado.
Andrey Coelho exibe a medalha de ouro © Alexandre Loureiro / CBJ
Ao conquistar 79% dos ouros em disputa e colocar todos os 14 convocados no pódio, o judô brasileiro reafirma sua posição como referência na América e amplia a distância para adversários tradicionais. Mais do que números, a campanha mostrou consistência tática, maturidade nas decisões e capacidade de adaptação diante de estilos variados, atributos indispensáveis no cenário mundial.
Dandara Camil exibe a medalha de ouro conquistada em Assunção © Alexandre Loureiro / CBJ
Se em 2003, em Santo Domingo, o Brasil encerrou a hegemonia cubana, em 2025, em Assunção, mostrou que não só manteve como aprofundou essa liderança. Este resultado indica que a estrutura de formação enraizada nos 27 estados, associada à gestão técnica e estratégica da CBJ, hoje sob nova liderança, tem potencial para converter o domínio continental em resultados ainda mais expressivos no palco global.
Jesse Barbosa morde o ouro dos Jogos Pan-Americanos © Alexandre Loureiro / CBJ
Com a base atual e a maturação esperada até Los Angeles 2028, essa geração reúne credenciais para não apenas participar, mas lutar por posições de protagonismo olímpico. Assunção foi mais que um campeonato vitorioso — foi a reafirmação de um projeto esportivo vencedor, construído com método, visão e compromisso de longo prazo.
Gustavo Milano exibe sua medalha de ouro © Alexandre Loureiro / CBJ
Ana Soares exibe o bronze que garantiu 100% de aproveitamento do Time Brasil nos tatamis de Assunção © Alexandre Loureiro / CBJ
OURO
Clarice Ribeiro (-48kg) – Minas Tênis Clube (MG)
Rafaela Rodrigues (-52kg) – Esporte Clube Pinheiros (SP)
Bianca Reis (-57kg) – Esporte Clube Pinheiros (SP)
Bruno Nóbrega (−66 kg) – Esporte Clube Pinheiros (SP)
Matheus Nolasco (−73 kg) – Sogipa (RS)
Eduarda Bastos (−63 kg) – Clube Paineiras do Morumby (SP)
Luan Almeida (-81kg) – SESI-SP (SP)
Jesse Barbosa (−90 kg) – Sogipa (RS)
Dandara Camillo (−78 kg) – Sociedade Esportiva Palmeiras (SP)
Gustavo Milano (−100 kg) – AABB Curitiba (PR)
Andrey Coelho (+100 kg) – Grêmio Náutico União (RS)
PRATA
Maria Oliveira (-70kg) – SESI-SP (SP)
BRONZE
Lucas Takaki (−60 kg) – Sogipa (RS)
Ana Soares (+78kg) – Instituto Reação (RJ)
Quadro de medalhas do judô nos Jogos Pan-Americanos Júnior 2025 © Panam Sports
11 de agosto de 2025
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