22 de dezembro de 2024
Com 130 pódios, São Paulo é decacampeão do Campeonato Brasileiro da Região V
Com um ouro a mais que os anfitriões, Rio Grande do Sul é vice-campeão com 59 medalhas e Paraná fica em terceiro, com 65 pódios, seguido por Santa Catarina com 38.
Por Paulo Pinto / fpjcom
10 de abril de 2024 / São Paulo (SP)
Com apoio do governo do Paraná e da Prefeitura de Curitiba, a Federação Paranaense de Judô (FPrJudô) realizou nos dias 6 e 7 de abril o Campeonato Brasileiro Região V de 2024, evento do calendário esportivo da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).
O palco da prova foi o acolhedor Ginásio de Esportes Professor Almir Nelson de Almeida, no Complexo Esportivo do Tarumã, Curitiba (PR), que recebeu 614 judocas e cerca de 60 técnicos e membros das comissões técnicas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Paraná. Estavam em disputa 292 medalhas nas classes sub 13, sub 15, sub 18, sub 21 e sênior.
A cerimônia de abertura registrou a presença de autoridades políticas e esportivas, como Helder Marcos Faggion, presidente da Federação Paranaense de Judô; Clésio Prado, diretor de Desenvolvimento do Esporte do Paraná, representando o governador Ratinho Júnior, e Hélio Renato Wirbiski, secretário estadual do Esporte; Carlos Eduardo Pijak Júnior, secretário de Esporte, Lazer e Juventude de Curitiba que representou o prefeito Rafael Greca; Moisés Gonzaga Penso, presidente da Federação Catarinense de Judô; Ney de Lucca Mecking, professor kodansha hachi-dan (8º dan), presidente da Federação Universitária do Estado do Paraná; André Mariano, árbitro FIJ A; Douglas Vieira, vice-campeão olímpico em Los Angeles 1984; e os vereadores Mauro Bobato (PP) e João da 5 Irmãos (MDB).
Helder Marcos Faggion abriu os pronunciamentos destacando a importância deste evento para o judô de Curitiba e do Paraná. “A diretoria da FPrJudô sente-se honrada em realizar este importante evento que reúne atletas de todas as classes. É realmente uma grande responsabilidade e dá muito trabalho, mas na hora em que está tudo pronto ficamos orgulhosos por termos a certeza de estarmos realizando o melhor certame entre as cinco regionais que neste fim de semana movimentam o judô em todo o País”, disse o dirigente que, após agradecer o apoio recebido do governo do Estado e da prefeitura, desejou boa sorte a todos.
O secretário municipal de esportes de Curitiba, Carlos Pijak, transmitiu os cumprimentos do prefeito Rafael Greca e a seguir chamou para compor a mesa o professor Carlos André Kussumoto, renomado sensei curitibano e seu chefe de gabinete, que segundo Pijak, é o responsável por inúmeras ações em prol do judô municipal.
“É uma alegria enorme receber eventos deste porte em nossa cidade, pois representam grande movimentação econômica, geração de serviços e principalmente o desenvolvimento do esporte de Curitiba. É muito bom receber grandes atletas como vocês, que tiveram de passar por seletivas para chegar a esta competição. Desejo boa disputa a todos e reitero que são muito bem-vindos à nossa cidade e ao nosso Estado.”
O último pronunciamento foi realizado por Clésio Prado, ex-atleta da seleção brasileira de vôlei, que iniciou cumprimentando Helder Faggion e toda a equipe da FPrJudô pela qualidade do evento.
“Recentemente participei do Encontro de Kodanshas do Paraná, e para mim, que vivo desde a juventude no esporte, por paixão e por amor, foi revelador ter conhecido um pouco mais sobre uma modalidade esportiva que fomenta a formação integral dos seus praticantes”, pontuou o diretor de Desenvolvimento do Esporte do Estado do Paraná.
“Este evento vai ao encontro das políticas que desenvolvemos no Estado, pois acolhe a base e a inclusão das divisões de entrada no circuito oficial nacional, e isso é primordial. O judô é uma modalidade fundamentada em princípios éticos e morais que prega acima de tudo o respeito aos árbitros, ao professor, aos pais e ao próximo, e temos grande prazer em apoiar suas iniciativas e estar com vocês fomentando a modalidade.”
Conselheiro eleito do Conselho Regional de Educação Física do Estado do Paraná, Prado destacou que o judô é uma das modalidades esportivas com maior número de professores ativos inscritos no CREF9/PR. O que, segundo ele, contribui expressivamente para a qualidade dos Profissionais de Educação Física do Estado.
Muita qualidade
Os combates foram realizados em quatro áreas, nas quais atuaram 40 árbitros comandados pelo renomado árbitro FIJ A André Mariano, do Distrito Federal, auxiliado pelo professor Reinaldo Francisco, coordenador de arbitragem da FPrJudô. A coordenação de arbitragem das quatro áreas ficou a cargo dos senseis Vitor Moreira (PR), Kamila Lemos (SC), Robson Prade (RS) e Edna Pioker (SP).
Da classe sub 13 ao sênior, subiram aos tatamis atletas determinados e com muita qualidade. As classes sub 13 e sub 15 tiveram cerca de 200 atletas inscritos em cada uma, ratificando o crescente e importante processo de renovação do judô nos quatro Estados. O sub 18 totalizou 78 atletas, enquanto o sub 21 e o sênior contaram com 71 judocas inscritos em cada classe.
São Paulo é decacampeão
Maior delegação do certame, a seleção paulista foi a Curitiba com 162 atletas e uma comissão técnica composta por 25 professores, aproximadamente. Com 130 pódios assegurados, o time paulista foi campeão geral conquistando 52 medalhas de ouro, 40 de prata e 38 de bronze. Com o resultado desta edição o Estado de São Paulo assegurou o décimo título consecutivo da competição.
O surgimento de novas gerações de judocas é a garantia da manutenção do padrão técnico que todo o País exibe na modalidade. Mas um fato extremamente marcante visto em Curitiba foi a qualidade da nova safra de técnicos que paulatinamente vêm galgando espaço no cenário nacional. Em São Paulo podemos citar os professores Ricardo Lara Julianetti, Cláudio Campelo Leitão, Marcelo Kenji Fuzita, Thiago Cachoni, Priscila Leite, Adriano Santos, o Cavalo, Raphael Moura, o Juquita, e Vitor Delgado, entre muitos outros.
Rio Grande do Sul, o vice-campeão
Com a terceira maior equipe do certame, a Federação Gaúcha de Judô levou 156 judocas ao Paraná e sua comissão técnica estava formada por aproximadamente 12 técnicos e treinadores. Os gaúchos tornaram-se vice-campeões após conquistar 59 medalhas – 14 de ouro, 14 de prata e 31 de bronze – e recuperam a segunda colocação que, nas duas últimas temporadas, foi ocupada pelo Paraná.
O destaque gaúcho nesta edição foi a presença do bicampeão mundial de judô João Derly, membro da comissão técnica, que participou ativamente da cerimônia de premiação no segundo dia da disputa.
Paraná, o terceiro colocado
Com a segunda maior equipe do certame, a Federação Paranaense de Judô inscreveu 161 judocas e sua comissão técnica estava formada por 18 técnicos e treinadores, aproximadamente. Os paranaenses conquistaram 65 medalhas – 13 de ouro, 14 de prata e 38 de bronze –, total superior às do Rio Grande do Sul, mas com um ouro a menos.
Após ocuparem a vice-liderança nas duas últimas edições, mesmo tendo conquistado seis pódios mais que o Rio Grande do Sul, os paranaenses ficaram em terceiro pelo detalhe de terem obtido um ouro a menos.
Santa Catarina, a quarta colocada
A Federação Catarinense de Judô inscreveu 135 judocas na competição e levou cerca de nove técnicos e treinadores. Com 38 medalhas, a equipe de Santa Catarina acumulou um ouro, 12 pratas e 25 bronzes. O presidente Moisés Penso foi o único dirigente de outro Estado presente no certame e participou ativamente da cerimônia de premiação do primeiro dia da competição.
Feito histórico
Os números obtidos por São Paulo nesta edição do Campeonato Brasileiro da Região V impressionam. Contudo, existe uma forma de analisá-los que realmente comprova a supremacia bandeirante: o número de medalhas de ouro conquistadas.
Antes, porém, vamos analisar o número de finais disputadas. Santa Catarina disputou 13 finais, o Paraná disputou 27 e os gaúchos 28, totalizando 68 finais. São Paulo fez 92.
Sobre as medalhas de ouro os resultados mostram uma disparidade ainda maior: Santa Catarina obteve um ouro, o Paraná conquistou 13 e o Rio Grande do Sul fez 14, totalizando 28 ouros, enquanto São Paulo obteve 52 medalhas de ouro, ou seja, 65% das disputadas, um feito histórico.
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