18 de novembro de 2024
Com karatê aparecendo pela primeira vez na lista, Bolsa Pódio contempla 127 atletas
Douglas Santos Brose, Valeria Kumizaki, Hernani Antônio Verissimo e Vinicius Rezende Figueira passam a figurar na lista de atletas atendidos no programa Bolsa Pódio publicada hoje, no Diário Oficial
Programa Bolsa Pódio
10 de agosto de 2018
Fonte ANA CLÁUDIA FELIZOLA – Rededoesporte I Fotos PAULO PINTO/BUDÔPRESS
Brasília – DF
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, o Brasil terá a chance de disputar medalhas em novas modalidades que agora fazem parte do programa do megaevento. Duas delas já figuram na nova lista da Bolsa Pódio, publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (10.08).
São 11 representantes do skate e quatro do karatê beneficiados pelo recurso, na relação que contempla, ao todo, 127 atletas. O investimento anual é de cerca de R$ 14,9 milhões.
Além das duas novas modalidades olímpicas, a primeira lista deste ano contempla ainda atletas de atletismo (13 nomes), boxe (2), ciclismo (2), canoagem (10), maratona aquática (5), nado artístico (2), natação (9), ginástica artística (6), judô (17), tênis (2), tiro esportivo (3), taekwondo (8), tênis de mesa (1), vôlei de praia (18), vela (9) e wrestling (5). A lista dos atletas paralímpicos está em fase final de avaliação e será publicada em breve. Além disso, outros 64 atletas ainda recebem recursos do edital anterior.
Entre os nomes estão medalhistas olímpicos como Mayra Aguiar, Rafaela Silva e Rafael Silva, o Baby, todos do judô. Na ginástica artística o campeão olímpico Arthur Zanetti e Flávia Saraiva estão entre os contemplados. Na canoagem, os destaques brasileiros na Rio 2016 Isaquias Queiroz e Erlon de Souza. Há espaço, também, para atletas que vêm em grande fase no cenário internacional, caso de Hugo Calderano, nono do mundo no tênis de mesa.
Confira aqui a lista completa dos contemplados pela Bolsa Pódio
Para Douglas Brose, bicampeão mundial de karatê, o benefício terá relevância especial diante da entrada da modalidade no programa olímpico.
“As etapas da Liga Mundial são, a maioria, na Europa e na Ásia, então isso demanda um custo alto. Temos uma média de 13 a 15 eventos por ano”, contabiliza. “Esse recurso vai nos permitir participar de todas as etapas. Em 2017, pude ir a apenas três. Agora é um problema a menos, vai ser mais fácil”, afirma o atleta de 32 anos, praticante da modalidade desde os sete
“O recurso da Bolsa Pódio vai ser essencial não só para participar de eventos, mas para me cercar dos melhores profissionais, para minha preparação física, médica, fisioterápica, nutricional e psicológica”
Douglas é bicampeão mundial (2010 e 2014), foi prata no Mundial de 2012 e bronze em 2008. O brasileiro, morador de Florianópolis (SC), foi ainda ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, e bronze nas edições de Guadalajara, em 2011, e do Rio de Janeiro, em 2007. Nos últimos anos, tem constantemente liderado o ranking mundial da categoria -60kg (kumitê).
Atualmente, Douglas figura em terceiro lugar no ranking da Federação Mundial de Karatê (WKF). Uma lesão no pé esquerdo durante a semifinal dos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba, na Bolívia, em maio, o deixou de fora do Pan-Americano do mês seguinte, que contaria pontos para a ranking.
“Agora estou em reabilitação. Ficarei pronto para voltar a competir nas próximas semanas”, avisa o atleta, que, em setembro, deve retomar as disputas de etapas da Liga Mundial, de olho em pontos para a classificação olímpica.
“Este é meu foco principal. Eu durmo e acordo pensando nisso. Estou fazendo de tudo para conseguir ir para lá. O recurso da Bolsa Pódio vai ser essencial não só para participar dos eventos, mas para me cercar dos melhores profissionais em minha preparação física, médica, fisioterápica, nutricional e psicológica”, comenta Douglas. “Agora é continuar com as melhores expectativas para não apenas participar, mas, sim, brigar pela medalha de ouro”, planeja.