17 de novembro de 2024
Com prata de Macedo e os bronzes de Mayra, Cargnin e Ketleyn, Brasil fica em 13º em Zagreb
Judocas da Sociedade de Ginástica Porto Alegre (Sogipa) conquistaram as quatro medalhas da seleção brasileiras na Croácia
Por Paulo Pinto / Global Sports
18 de julho de 2022 / Curitiba (PR)
De 15 a 17 de julho a Federação Internacional de Judô (FIJ) realizou o Grand Prix de Zagreb 2022, que reuniu 503 judocas de 69 países e cinco continentes na Arena Zagreb, na Croácia.
A equipe chefiada por Marcelo Theotônio, gestor técnico da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), foi à Croácia com 23 atletas e ficou no 13º lugar com a prata conquistada pelo peso médio Rafael Macedo e os bronzes da peso meio-pesado Mayra Aguiar, do peso leve Daniel Cargnin e da meio-médio Ketleyn Quadros – todos atletas da Sogipa.
Superação na nova categoria
Cargnin comemorou muito a primeira conquista na nova categoria de peso (leve, 73 kg). O gaúcho chegou ao bronze após vencer cinco das seis lutas. A única derrota foi na semifinal diante do italiano Manuel Lombardo. Na disputa do bronze, Cargnin superou o também brasileiro Pedro Medeiros, do Vasco/Umbra.
“Ainda estou em fase de adaptação no peso leve. Estou muito feliz pelo progresso, por estar lutando bem. Sei que tem muita coisa para melhorar ainda, mas é passo a passo. E sigo buscando Paris 2024, minha segunda medalha. Agradeço a todo mundo que torceu, que não desanimou nas derrotas. Nos vemos no mundial”, disse animado Daniel, em depoimento à Confederação Brasileira de Judô (CBJ).
Ketleyn mantém a determinação
Aos 34 anos e em seu quinto ciclo olímpico, Ketleyn Quadros continua lutando no mais alto nível e, em Zagreb, deu mais um passo rumo à sonhada primeira medalha em mundiais. Atual número 4 do mundo nos 63kg, Ketleyn venceu duas lutas nas preliminares e só caiu na semifinal para a canadense Catherine Beauchemin-Pinard, que ficou com o ouro após desistência da venezuelana Anriquelis Barrios, que sofreu lesão.
“Acho que este pódio mostra que estamos no caminho certo, de cada dia estar melhor e me superando. Espero que sirva de motivação e estímulo, já que essa é a última competição antes do mundial. O trabalho continuará forte. Agora, é voltar, corrigir os detalhes para que os próximos resultados sejam melhores e a nosso favor”, projetou Ketleyn.
Rafael Macedo é prata
No último dia de competição (domingo, 17), o peso médio Rafael Macedo foi vice-campeão ao perder a final por ippon para Beka Gviniashvili, da Geórgia. Na estreia, o paulista que defende a Sogipa venceu o turco Aydin Omer e, em seguida, o húngaro Nerpel Gergely e o italiano Madhzidov Dzhakhongir – ambos por ippon – e o alemão medalhista olímpico Eduard Trippel.
Bronze em Antalya, quinto em Budapeste e prata em Zagreb, Rafael Macedo vem crescendo no momento certo. “Primeiramente, agradeço a Deus e à torcida. Foi a última competição antes do campeonato mundial, uma boa preparação, uma bela competição para chegar bem na disputa mais importante da temporada”, disse o judoca.
Mayra fatura mais um bronze
Uma semana após subir ao pódio no Grand Slam de Budapeste (Hungria), a multimedalhista gaúcha amealhou mais um bronze em Zagreb e provou que vai com tudo para o campeonato mundial do Uzbequistão, de 6 a 12 de outubro em Tashkent.
Após faturar sua décima nona medalha em grand slans e grands prix, Mayra Aguiar assegurou a quarta medalha em cinco competições disputadas nesta temporada. Na Croácia, estreou com vitória por fusen-gachi, e avançou à semifinal com vitória sobre Petrunjela Pvic, da Croácia. Na penúltima luta, caiu para a britânica Nathalie Powell, mas não quis sair com as mãos vazias. Foi para cima de Karen Stevenson, da Holanda, anotou um wazari, mas, em seguida, passou um susto com o osae-komi aplicado por Karen. Mayra conseguiu sair, recuperou o foco e projetou a adversária de ippon para assegurar o bronze.
É importante ressaltar a consistência técnica do trabalho realizado pelo técnico Antônio Carlos Pereira, o Kiko, ex-técnico da Sogipa que hoje atua na seleção brasileira. Grande formador, por décadas Kiko capitaneou o trabalho que consolidou o Rio Grande do Sul como um dos principais polos do judô Brasileiro.