Comitê Organizador de Tóquio afirma que Olimpíadas devem ter torcida em número limitado

Seiko Hashimoto acredita que as Olimpíadas de Tóquio devem permitir a presença de torcedores © Reuters

Presidente do Comitê, Seiko Hashimoto defende que os Jogos Olímpicos permitam a presença de torcedores nas arquibancadas com capacidade reduzida

Jogos de Tóquio
28 de fevereiro de 2021
Por Redação do GE
Tóquio – Japão

A menos de 150 dias para as Olimpíadas, a presença de torcedores nas arquibancadas ainda é uma incógnita por causa da pandemia do coronavírus. Neste domingo, a presidente do Comitê Organizador de Tóquio, Seiko Hashimoto, afirmou que os Jogos devem ter torcida em número limitado.

“Quando pensamos na possibilidade de realizar as Olimpíadas sem torcedores nas arquibancadas, os atletas definitivamente se perguntam por que não há torcedores apenas para as Olimpíadas e Paralimpíadas quando outras competições estão permitindo a presença de espectadores. Todo mundo quer uma decisão antecipada sobre a direção a ser tomada em relação aos fãs para preparar os ingressos e as acomodações nos hotéis”, disse Hashimoto, ao jornal Asahi Shimbun.

Uma reunião para discutir a questão da torcida está programada para a próxima semana, com a participação do Comitê Olímpico Internacional (COI) e das outras entidades envolvidas na organização das Olimpíadas. Segundo o jornal japonês “Kyodo News”, a decisão vai ser tomada em duas etapas: até o dia 25 de março vai ser definido se torcedores estrangeiros serão permitidos; e depois as partes vão indicar o número de pessoas permitidas nas arquibancadas. Nesta semana, o presidente do COI, Thomas Bach, afirmou que essa decisão deve ser tomada até abril ou maio.

Mais de 4,48 milhões de ingressos foram vendidos para as Olimpíadas antes da pandemia, e mais 970 mil foram comprados para as Paralimpíadas. Após o adiamento dos Jogos para 2021, os bilhetes ganharam nova validade e vão dar acesso às arquibancadas caso a torcida seja permitida. Apenas 810 mil pessoas pediram reembolso das entradas depois do adiamento das Olimpíadas.

O plano inicial do Comitê Organizador dos Jogos era arrecadar ¥ 90 bilhões (quase R$ 4,8 bilhões) com a venda dos ingressos.