10 de dezembro de 2024
Coordenações técnica e de arbitragem encerram temporada com workshop de aprimoramento
Evento reuniu cerca de 120 professores e técnicos interessados em obter informações sobre regras e procedimentos da arbitragem
Por Paulo Pinto / FPJCOM
14 de dezembro de 2022 / São Paulo (SP)
Visando ao aprimoramento dos árbitros, professores, técnicos e atletas paulistas, os departamentos técnico e de arbitragem da Federação Paulista de Judô (FPJudô) realizaram em 26 de novembro um workshop para rever eventuais distorções ou falhas, além alinhar regras e diretrizes para técnicos e professores interessados em aprofundar conhecimento sobre a arbitragem.
O encontro reuniu no dojô do Centro de Excelência Esportiva da Arena Olímpica de São Bernardo do Campo cerca de 120 participantes, entre os quais delegados regionais, coordenadores de departamentos, dirigentes, técnicos, árbitros e atletas.
Joji Kimura, primeiro vice-presidente da FPJudô, lembrou que, quando era coordenador técnico, realizou por diversas vezes eventos semelhantes para corrigir distorções observadas durante a temporada. “Além disso, podíamos esclarecer dúvidas dos atletas e técnicos no encontro. Este ano foi muito intenso e, como conseguimos realizar numerosos eventos no período pós-pandemia, este workshop proporcionou uma harmonização de conceitos de arbitragem e esclareceu dúvidas dos técnicos, de forma que no próximo ano consigamos reduzir as falhas. Esta iniciativa foi muito importante porque construiu conceitos e definiu critérios que a médio e longo prazos, proporcionarão enorme benefício ao judô de São Paulo”, disse Kimura.
Os palestrantes do workshop de arbitragem foram os professores kodanshas Takeshi Yokoti, coordenador estadual de arbitragem; Marilaine Ferranti Antonialli, coordenadora estadual adjunta de arbitragem; e Hatiro Ogawa, ex-presidente da FPJudô e técnico do projeto do Centro de Excelência Esportiva de São Bernardo.
Marco Aurélio Uchida contou que a retomada desse evento ocorreu sob um olhar mais amplo e acessível a todos os setores envolvidos, ou seja, árbitros, técnicos e atletas.
“Anteriormente realizávamos este encontro com um formato bem menor e uma proposta diferente. Esta nova versão tenta revisar o desempenho da arbitragem na temporada, de forma acessível a todas as partes envolvidas no processo. Recebemos cerca de 120 árbitros, técnicos e atletas, e conseguimos aproximar ainda mais estas setores da modalidade, esclarecendo eventuais dúvidas que tivessem.”
Uchida reiterou que o workshop de arbitragem foi uma iniciativa dos departamentos técnico e de arbitragem e que a sinergia com os professores Takeshi e Marilaine foram determinantes para o sucesso do seminário. “O índice de aprovação foi altíssimo e vários professores solicitaram a realização desse vento no interior nas próximas temporadas.”
Marilaine Ferranti Antonialli acentuou que estes workshops têm de ocorrer mesmo no fim das temporadas. “Na verdade, estávamos coletando situações corriqueiras das competições, tanto em ne-waza como em tati-waza, que deixaram dúvidas entre técnicos e atletas. Estamos tendo muitas seletivas, e os técnicos estavam cobrando ações conjuntas com a arbitragem.”
A coordenadora adjunta de arbitragem atribui grande importância à iniciativa por aproximar as partes e dirimir as eventuais dúvidas. “Além de padronizar o trabalho em nível nacional e internacional, conseguimos manter um bom relacionamento entre árbitros, técnicos e atletas. É uma troca de informações muito importante. Temos de trabalhar juntos neste tipo de evento, criado pelo sensei Edison Minakawa quando assumiu a arbitragem da federação paulista”, concluiu.
De forma bastante objetiva, Takeshi Yokoti, coordenador estadual de arbitragem, ratificou que o principal objetivo do encontro foi promover a integração entre técnicos e árbitros.
“Muitas vezes somos questionados pelos técnicos e muitos deles reclamam da arbitragem, mas avaliamos que 90% dessas reclamações ocorrem por falta de conhecimento ou entendemento das regras. Os atletas que competem no circuito mundial na atualidade estão evoluindo muito, principalmente na área do ne-waza, na qual situações inéditas acabam acontecendo e todas elas são analisadas pela arbitragem da FIJ. Nesta última seletiva olímpica, o professor Edison Minakawa, coordenador nacional de arbitragem, transmitiu o mesmo conteúdo que utilizamos na clínica prática que antecedeu o evento.”
“Em geral a FIJ envia as novas recomendações de arbitragem para as confederações nacionais que, por sua vez, as repassam para as coordenações estaduais. Só que muitas vezes os técnicos não conseguem captar ou compreender estas mudanças ou inovações. Daí a necessidade de estarmos realizando este workshop.”
Sensei Takeshi disse que a avaliação do encontro foi muito boa e resultou na implantação difinitiva do encontro no calendário de eventos didáticos da FPJudô. “O feedback dos árbitros e técnicos participantes foi altamente positivo e mostrou alto grau de aprovação. Já em 2023 iremos realizar um workshop na capital e outro no interior, sem contar o seminário estadual de arbitragem que ocorre no início da temporada, mostrando tudo na prática.”
Para ele, foi um excelente evento e mais uma grande iniciativa que surtiu um resultado bastante positivo, aproximando ainda mais três importantes setores da entidade: árbitros, técnicos e atletas. “Sem dúvida alguma foi mais uma grande sacada das coordenações técnica e de arbitragem da Federação Paulista de Judô.”